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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 30

CAPÍTULO 31

Alexander Caruso

Ficamos parados, ela pensou antes de falar, haviam emoções no rosto dela que desconheci, mas esperei para ouvir.

— Pela forma como me tratava... pensei que não precisasse de muito mais que aquilo, ou talvez não encontrasse em outro o que tínhamos ali... é uma pena que tenha sido uma mentira! — ela falou e entrou no banheiro, trancando a porta.

Fiquei do lado de fora, me aproximei e cheguei a colocar a mão para bater, mas me contive. Pensei bastante enquanto ela ficou lá, e não consegui entender o que aquelas palavras significavam, de qualquer forma, ela disse que existiu algum sentimento, mas talvez seja apenas de carinho, ou será que ela... não, ela não gosta de mim!

Quando ela saiu, parou na frente da cama e ficou olhando.

— Alguém limpou, aqui?

— Sim. Pedi para os soldados que vieram trazer as coisas para limparem. Pode ficar tranquila! — ela soltou a toalha e pendurou, estava sem roupa nenhuma, e parecia não se importar com isso, indo até o closet.

— Onde você foi, que o caminhão dos soldados do meu irmão foi rastreado?

— Eu preciso mesmo dizer? Você não me contou onde foi... — falei de forma descontraída, mas ela se fechou, começou a se vestir. — É brincadeira, fui atrás de você! Rodei por tudo, fiquei quase louco, e por último entrei naquela boate do seu pai, que eles falaram... — ela arregalou os olhos e moveu a cabeça.

— Resolveu ser sincero, agora?

— Como sabe que estou sendo? — sentei na cama ao lado dela, que havia acabado de vestir a camisola e sentar, envolvida na coberta.

— Já gravei o seu semblante, vai ser difícil eu me confundir, agora. Sei quando as tuas expressões são sinceras, você fala mais calmo, é diferente.

— Sabe... havia um show, lá! E, a mulher se parecia bastante com você, cheguei a pensar que...

— Você pensa demais e sabe de menos! Agora vou dormir que já está bem tarde! — ela simplesmente virou o corpo e puxou a coberta tentando fugir de mim, e aí eu percebi algo estranho, ficaria de olho.

Segundos depois eu vi a sua mão próxima ao rosto, segurava a coberta com força. Coloquei a minha mão em cima da dela, a abraçando de conchinha.

— Nem tudo foi mentira. Tiveram momentos que realmente gostei de estar contigo... — sussurrei no seu ouvido.

— Momentos? E, nos outros eram mentiras? — ela respondeu baixinho.

— Me desculpe, Laura! Prometo ser melhor com você, vou me esforçar. Só não se aproxime de El Chapo, não posso com isso...

— Vou apenas trabalhar, eu já disse! — fiquei em silêncio alguns segundos.

— Está bem. Está com fome? Comprei comida! — acaricei o seu pulso, agora sentindo raiva de ter feito aquilo com ela, perdi o controle, deixei vermelho.

— Obrigada, não estou com fome... — fui para o outro lado da cama e numa gaveta comecei a procurar um remédio, até que vi um massageador que tira a dor, então tirei a minha roupa e deitei de frente com ela.

— Me dê as suas mãos, vou cuidar disso! — ela ficou me olhando, mas me esticou o braço. Passei o produto e então fui devagar, massageando enquanto olhava pra ela, que fixou os olhos em mim.

— Não seja falso, nem me engane outra vez, Alex! Vou não perdoar que me faça de idiota novamente! — continuei massageando.

— Posso não ser o cara que criei para te convencer, mas não estou com outras intenções agora, estou sendo sincero, quero cuidar do seu pulso, fui eu quem machucou.

Ambos não dissemos mais nada. Fui massageando e aos poucos vi que ela fechou os olhos, então ergui a coberta e peguei o outro pulso. Vi que ela havia dormido, mas terminei de passar o massageador.

Olhei por um tempo pra ela, ali tão bonita, tem uma expressão serena, dormindo. Como eu gostaria de ter sido seu primeiro homem, talvez as coisas estivessem diferentes... ou se eu não tivesse me enganado em relação a quem matou meu pai... droga! Só de lembrar disso, fico revoltado, amanhã terei algumas respostas que o Peter irá trazer.

No outro dia, Peter chegou logo cedo com o Mustang, me entregou um celular já organizado, e as imagens das câmeras de segurança do meu casamento. Por mais que eu não tenha acreditado nas palavras da Magnólia, preciso investigar o Albert, porquê ele faria algo com a mãe da Laura?

Sentei no sofá e liguei o notebook, colocando o pen-drive em seguida. Comecei a olhar as imagens, já organizadas que o Peter cortou das outras câmeras.

Vi quando a Camila se afastou da cerimônia, logo depois apareceu a imagem da Magnólia com uma faca... “figlia de puttana, traidora! Fez sem a minha autorização!“

Então me surpreendi com a capacidade da mãe da Laura, ela atacou a Magnólia com facilidade, e agora sorri lembrando que a Laura tem muito a quem puxar... pai e mãe com garra, não poderia ser diferente.

Logo depois as imagens mudaram, fixando para a área externa, e vi um carro que a esperava para fuga. Era o mesmo que estava na minha casa em Tivoli, então vi quem dirigia e...

— Conseguiu antes que eu... marido? — me virei quando ouvi a voz da Laura logo atrás de mim. — Vejo que já confirmou quem foi que deu fuga... o que diz à respeito disso? — voltei imediatamente a olhar as imagens e meus olhos se arregalaram...

CAPÍTULO 32

Alexander Caruso

Havia um homem que dirigia o carro, mas eu não acreditei quando vi quem estava no banco da frente com ele.

— Anita? Porquê Anita está ali? — incrédulo encostei as costas no sofá enquanto continuava assistindo ela acelerando o homem que dirigia, e eu tentando entender o que significava aquilo.

— Deu um convite a ela, não deu? — Laura me fez lembrar que além do Peter e alguns homens, ela foi a única da família que recebeu um convite, então foi por isso que conseguiram entrar sem problemas na cerimônia, provavelmente veio junto por isso, mas porque?

— Sim. — respondi apenas, enquanto sentia o meu corpo estranho, algo ruim queimando no meu peito.

— Sabe os motivos dela ter feito isso? A Magnólia disse que Anita e seu primo queriam acabar com o casamento, por isso ela e Albert a contrataram e chantagearam.

— Anita não precisava disso, eu já havia conversado com ela, isso é coisa do Albert, que deve ter induzido ou até forçado ela. — Laura gargalhou.

— Quer mesmo acreditar nessa mentira? Seu Lírio branco é uma impostora! Planejou isso para que você desistisse, deve ter feito outras coisas que você nem imagina! — engoli seco. Eu deveria levantar daqui e fazer Laura engolir essas palavras, mas devido às evidências eu já não pude defender mais a Anita.

Quando o vídeo terminou, eu me levantei. Usando o celular que o Peter trouxe, eu comecei a ligar.

— Faça o favor de não explodir outro celular, porquê preciso falar com a Anita, e vou pegar o seu se eu ficar sem! — exigi e continuei a ligação, enquanto a Laura ficou de cara feia.

Ligação em vídeo:

Capítulo 30 CAPÍTULO 31 e 32 1

Capítulo 30 CAPÍTULO 31 e 32 2

Capítulo 30 CAPÍTULO 31 e 32 3

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