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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 31

CAPÍTULO 33

Laura Strondda

Como posso sentir emoções tão distintas e pensamentos tão conflitantes? Ao mesmo tempo que penso em matá-lo sem remorso, também penso que é apenas um homem que precisa de ajuda e ninguém o ajudou.

A minutos atrás girei a pistola algumas vezes pensando em qual ângulo deveria atirar. Porque aquela conversa com aquela mulher estava me dando náuseas, difícil me segurar. Até quando ele ficará cego pelo amor e encobrirá as artimanhas daquela falsa? Só “eu” vejo que ela mente o tempo todo?

— Estou esperando... a sua mente parece tão longe. Posso saber o que estava pensando? Ou me dará a resposta da minha pergunta? — Siciliano me colocou contra a parede com aquelas palavras. Seu semblante deveria estar carregado depois de tudo que viu e ouviu, mas não estava. Agora eu estava outra vez com dúvidas: pensando se não acreditou em nada, mesmo vendo que Anita o enganou? Ou então se estar aqui comigo o fez esquecer daquela lambisgóia branca, por alguns momentos?

— Significa que estou disposta a uma trégua! Se esquecer as minhas saídas noturnas à trabalho e parar de me julgar achando que estou com outro, posso tentar ser a esposa que deseja! — um sorriso no canto da sua boca não me passou despercebido.

Alex passou a mão naquele cabelo charmoso que como de costume estava caído sobre a testa, mantendo o seu charme. Olhá-lo agora, assim tão perto, me faz lembrar o nosso noivado e quantas vezes eu o olhei admirando a sua beleza e imaginando o que teria por baixo daquela roupa, e agora já o vi por inteiro e penso que em questão de beleza esse homem é estonteante.

— Isso é o que estou pensando? — perguntou sorrindo e eu gargalhei.

— Faço excelentes pratos culinários, perfeitos bordados e posso deixar as suas coisas como gosta, sem ter que implorar para empregados! — falei meio alto, rindo. Ele me deu um sorriso lindo, começou a fazer cócegas na minha barriga e em questão de segundos eu já estava em cima da mesa da copa. Senti quando a minha bunda empurrou algumas coisas, e Alex ergueu a minha blusinha com a boca.

— Acontece que não contratei uma governanta tão bela, assim. A minha esposa ficaria com ciúmes! — ele beijou a minha barriga e aquilo foi bom, mas o adverti:

— Não aperte tanto, não force tanto... por mais que me excite... — neguei com a cabeça, mas me perdi nas palavras, ele ficou me olhando, esperando que eu terminasse a frase, mas estranhamente eu não sabia como dizer que eu queria o seu carinho, o seu toque...

— O que foi? Como quer que eu faça? Te machuquei de novo? — neguei. Ele soltou as mãos de mim, confuso.

— Você me apertou muito, iria me morder... apenas beije, Alex.

— Quer que eu beije a sua barriga? Laura, eu não sei fazer amor assim, não sei se consigo. Pensei que tivesse gostado da forma que começamos aquele dia no carro. Você ficou molhada, muito molhada... — passou as mãos suavemente pela minha cintura, agora não apertou como antes, não tanto.

— E, por acaso naquela noite conseguimos terminar? Pense um pouco, Alex... eu me excito, fico a ponto de enlouquecer, mas me falta algo... — ele começou a colocar a cabeça por baixo na minha blusinha devagar, levantou um pouco e depois beijou.

Ele foi devagar, encheu de beijos, ignorando o que falei, o que me fez relaxar um pouco.

Estranhamente, me sinto melhor com ele me lançando facas do que me pressionando como agora pouco. Embora ontem eu teria cedido a ele, com o alto nível de excitação que me deixou, sei que ficaria frustrada depois, por não ter sido como imaginei. Sei lá... não sei como realmente é feito, mas pelos beijos e toques que recebi durante o noivado, eu esperava por algo que superasse aqueles desejos, aquelas sensações, não precisaria ser sempre, pois também gosto quando ele me joga contra a parede e é agressivo, mas...

Talvez eu queira demais, pensando que se ele me amasse, “pelo menos um pouco do que ama Anita”, seria diferente comigo na cama.

Logo depois eu senti o Alex mordendo o bico do meu seio por cima da roupa, então olhei para os lados e fiquei incomodada que ali tinha acesso à tantas pessoas.

— Sim, vou ajudar o Enzo com um trabalho solicitado pelo Don. Rebeca não foi autorizada a ir essa semana, está de repouso! — sorri.

— Aposto que ela ainda não sabe!

— Bom, daí não é problema meu. O Enzo que se resolva!

— Entendi... — fiquei pensando que talvez eu devesse ajudá-la, mas me calei.

O momento do café terminou tranquilo, ele se despediu com um beijo suave, acho que levou em conta alguma coisa que eu falei.

Fiquei andando pela casa, arrumando coisas que não gostei do local que deixaram, e depois apareceram alguns empregados e comecei a pedir ajuda com algumas coisas. Até que ouvi o som de um celular tocando em cima do sofá, era o celular novo do Alex, havia esquecido.

Quando olhei na tela, não acreditei que nome vi... “ANITA”

Respirei fundo, segurei o aparelho com vontade de moer, mas me concentrei e decidi atender, nem que fosse para enviar a mente daquela mulher para o inferno:

— Amor... eu te achei tão estranho, então estou ligando para dizer que estou indo para Roma! Você pode me buscar no aeroporto? — apertei meu queixo estralando para responder a altura daquela cachorra...

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