CAPÍTULO 34
Laura Strondda
— Escuta bem, sua vadia de quinta! Se aparecer aqui, eu te dou uma surra, e será tão bem dada, que você mesma vai gostar de mentir para o meu marido de novo, já que adora mentir pra ele o tempo todo. Vai dizer: oh, fui assaltada, vou voltar para Tivoli! Porquê aqui na minha casa você não pisa, se quiser arriscar pode vir, eu mesma te busco no aeroporto, vou quebrar suas pernas antes de descer!
— Meu Deus, você está com o celular dele?
— Tudo que é dele é meu, idiota! Cada passo que ele dá eu sei, então estou avisando para que fique bem informada, depois não adianta chorar! — a chamada ficou muda, então vi que ela desligou, deve ter entendido.
De repente chegou uma notificação do meu pai, que dizia: urgente. Decidi abrir, o Alex não poderia ver agora, só a noite.
—”O local de encontro mudou. Descobri que era uma armadilha, se encontrem no saguão quatro, não no dois! Tem homens inimigos no dois.“ — imediatamente corri para o quarto. Vesti uma das minhas roupas de ataque. Vesti um macacão grudado no corpo, e uma toca estilo de ninja, peguei as minhas armas e coloquei na bolsa que mandei fazer e se adaptar no corpo. Então decidi extrapolar e também peguei a metralhadora e coloquei no porta-malas.
Em saltos de estrela, finalizando com a ponte, entrei no meu Mustang, o endereço estava na mensagem anterior, eu me arriscaria, mas ajudaria o Siciliano e entregaria o seu celular como desculpa, pois faço isso mais pela adrenalina.
Quando cheguei parecia vazio, mas não me deixei levar pelas aparências, peguei a metralhadora, entrei escondida e procurei por Alex e Enzo.
Vi os dois tranquilamente, encostados num balcão, e antes de me arriscar, observei à minha volta. Vi um sapato com apenas a ponta aparecendo num canto, mas o pior foi um outro homem que saiu completamente de trás de pilhas de pneus e sacando a arma apontou para os dois.
Antes que ele atirasse eu saí de onde estava e atirei antes, fazendo com que Alex e Enzo pulassem para trás do balcão e então começou o tiroteio.
Usei a metralhadora, e enquanto eles atiravam nos que apareceram do meu lado, eu os cobri, metendo balas nos que vieram por trás deles, fazendo um estrago, cuidando para não acertar ambos, e também observei que era Alex quem atirou no lado que eu estava, Enzo cuidou mais da porta.
Quando acabou, vi a arma do Enzo apontada pra mim, Alex de repente segurou no seu pulso.
— NÃO ATIRA! — Siciliano gritou e aproveitei... acertei um tiro na arma do Enzo, fazendo voar e então corri.
Antes de chegar no Mustang, Alex me alcançou e me jogou contra o carro, fazendo meu corpo bater na lataria.
— O que está fazendo aqui? — puxou parcialmente a minha máscara, vendo meu rosto, mas eu sabia que ele tinha certeza quem era.
— Como sabia que era eu?
— Vi essa roupa ontem nas suas coisas, e é a única mulher que conheço, capaz de usar uma metralhadora como usou hoje! Agora me diga... o que veio fazer aqui? — tirei o celular da bolsa.
— Você esqueceu o celular, marido... vim trazer e também vi a notificação que o lugar de encontro mudou, então vim ajudar, já que estava sem nada de importante pra fazer! — ele ficou me olhando diferente, parecia sem palavras.
— Estava bisbilhotando seu marido, amore mio?
— Não, só vi essa notificação, não se sinta tão confiante! — ele sorriu, tinha uma mão prendendo a minha cintura, e o restante do corpo se afastou para o lado que segurava minha cintura.
— Alguém ligou? — pegou o celular com a mão solta. Ele iria saber que Anita ligou, então escolhi não mentir, já vi que não gosta disso.
— Anita queria bater um papo e dizer que viria pra cá, mas eu avisei que delicadamente a faria voltar para casa, caso viesse! Não sei porquê desistiu tão rápido, pois desligou... — zombei e ele gargalhou, colocando a outra mão sobre o meu ombro. Voltou a me olhar intensamente, e não reclamou do que falei, pareceu que achou divertido.
— Eu já disse alguma vez como você é incrível?
— Não... — estreitei as sobrancelhas.
— Fui um idiota, então! Você em ação é maravilhosa! Tenho vontade de te roubar agora, e te levar pra casa e não deixar que El Chapo te veja com uma arma nunca mais! Te quero pra mim, ragazza! — seu semblante era de admiração, seus olhos brilhavam e seu sorriso discreto me chamaram a atenção, cheguei a encostar melhor no Mustang.
— Está exagerando... — falei baixo.
— Não estou não... acho que não tenho o direito de te tirar do seu trabalho, vou te apoiar como me pediu. Seria um desperdício você longe disso tudo... Como faço para te convencer a trabalhar comigo? El Chapo pode ter suas qualidades, mas também tenho as minhas... — Alex me beijou suavemente, foi rápido, então abaixou a minha máscara. — É melhor você ir, Enzo já deve estar vindo, precisamos manter a sua identidade! Depois eu te convenço a trabalhar comigo, aposto que consigo...
— Obrigada! — falei o encarando, agora vestida com a máscara.
— Agradeça hoje a noite. — sorriu quando estava se virando. Ainda me olhando ele completou: — Se quiser me esperar com essa roupa, morrerei de tesão, estando com uma mulher como você, não preciso de mais nada... aliás, esse macacão está um arraso, jogue fora!
Mostrei o dedo do meio pra ele.
— Vá se ferrar, Siciliano de merda! — gritei e ele sorriu ao me ver entrar no carro.
CAPÍTULO 35
Alexander Caruso
Laura realmente é um espetáculo de mulher. Com aquela arma grande em suas mãos, aquela postura perfeita, que nem parecia que se esforçava para segurar aquela metralhadora imensa para uma mulher, me fizeram parar para observá-la por tempo demais.
Acho que fiz um bom negócio me casando com ela, não é entediante, me faz enlouquecer e voltar a cada vez que estamos juntos, e até longe ela consegue me levar à loucura.
Aquela roupa colada mostrava o seu corpo todo, vou precisar verificar as roupas que usa para trabalhar, senão vou ficar louco imaginando como outros homens a olham quando não estou por perto.
Eu gosto do jeito simples e discreto de Anita, mas devo confessar que a loucura da Laura é contagiante, estou ficando louco para estar com ela.


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