CAPÍTULO 40
Laura Strondda
Quando os nossos olhares se encontraram durante o show... eu sabia que não havia volta. Tentei me esconder, ficar de costas, mas ele se atreveu a me encurralar.
Ele me envergonhou perante clientes e funcionários, inclusive do Luigi que admiro.
Era hora da verdade.
Se ele está disposto a me matar, eu também estou, afinal... não fui treinada para apanhar ou morrer por marido.
Bastou um movimento dele e ficou claro que era guerra. Antes que ele puxasse a pistola eu acertei a sua cabeça com uma barra de ferro que havia ali, era fina, mas serviu para deixá-lo atordoado.
Ele foi rápido dessa vez, pulou em cima de mim, me fazendo ir até a parede e me arrancou a barra, segurando o meu pescoço.
— Há quanto tempo me engana? Desde sempre, não é? — igualmente agarrei no seu colarinho e exercendo uma força enorme eu consegui empurrá-lo e o grudar na outra parede. Sorri de deboche quando tinha novamente o controle.
— Eu não enganei ninguém, só não confiei o suficiente para te contar! Deveria tentar ganhar a minha confiança, antes de me acusar! — ele me tirou dele e me empurrou novamente, me fazendo cair em cima das roupas, então pulei um pouco ao lado dele, me jogando no chão e puxei a minha pistola metendo um tiro.
Ele usou as roupas para se jogar do outro lado, achei divertido vê-lo se virando como pode.
De trás de um armário de ferro eu ouvi quando engatilhou a sua arma.
— Eu te avisei que não permitiria traição! Prefiro vê-la morta, do que saber que esteve com outros homens! — franziu a testa, sentindo vontade de explodir aqueles miolos tolos que ele tem.
— Eu jamais estive com outro homem, eu nunca estive com ninguém! — me escondi atrás de um sofá.
— MENTIROSA! VOCÊ SE EXIBE QUASE NUA PARA HOMENS, TODOS OS DIAS! DEIXA AQUELES VELHOS E TAMBÉM OS SAFADOS, NOJENTOS, LOUCOS PARA COMER VOCÊ! AGORA ME ACHA ESTÚPIDO O SUFICIENTE PARA ACREDITAR QUE É PURA? ESTOU FARTO, LAURA! FARTO DE ESPERAR QUE ME DEIXE PELO MENOS TE ENCOSTAR, ENQUANTO VOCÊ FICA MOSTRANDO O RABO E DANÇANDO PARA PROVOCAR OUTROS! — me enchi de raiva, aquilo não era verdade, a dança me deixa feliz, me faz viver melhor, mas quando vi ele meteu tiro no sofá e precisei rolar para a parte do banheiro. Quando parei, revidei, como tinha silenciador ninguém nos ouviria ou encontraria e nos mataríamos ali.
— EU NÃO MOSTRO RABO NENHUM, SEU ESTÚPIDO! VOCÊ SÓ NÃO ME TEVE, E NÃO DESCOBRIU QUE É VERDADE, PORQUÊ É IDIOTA DEMAIS PARA ISSO! EU TE QUIS DESDE QUE TE CONHECI, E VOCÊ ATÉ AGORA SÓ FEZ PAPEL DE IDIOTA! — ficou um silêncio.
Levantei com a arma na mão, tentando identificar qualquer movimento. De repente ele apareceu por trás de mim, me prendeu num mata leão.
— Mentirosa! Que raiva estou de você, agora! Eu vi muito bem como se exibe, como sensualiza o corpo, aqueles homens todos te olhando... Você acha que sou feito de ferro, Laura? — me soltei dele, mas derrubei a arma, e ali precisei atacá-lo com pancadas.
— Eu não faço nada disso, você que é um pervertido, veio procurar puttanas na boate, daí viu com esses olhos sujos! — senti ele me apertar daquele jeito forte, e com força ergueu o meu corpo, jogando em cima do balcão.
— Preciso de uma mulher, estou ficando louco— tentou arrancar a minha roupa, e meti um chute no pau dele, que se afastou rapidamente.
— Então aproveite o lugar e coma quantas quiser, porque eu vou embora! — o empurrei, puxei a minha bolsa e saí correndo pelo caminho secreto.
Não tive tempo de pegar a arma, mas tenho outras no carro. Corri muito, pulei para dentro do carro e arranquei.
No caminho pra casa vi que o carro dele estava na minha cola. Pisei fundo no acelerador, porém o maledetto estava me alcançando.
Abri o porta-luvas e peguei uma 635 escondida, olhando pelo retrovisor atirei de costas, acertando um dos pneus daquele Siciliano safado, que se perdeu na estrada, mas não parou, foi mais devagar, mas continuou me perseguindo, só estranhei que não atirou.
Consegui chegar antes que ele em casa, peguei uma mala, comecei a jogar algumas coisas dentro, até ouvi:
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