CAPÍTULO 44
Laura Strondda
(Noite anterior)
Fazia muito tempo que eu não chorava e ficou difícil de distinguir o motivo, mas deve ser de raiva.
Peguei o meu carro e saí feito louca daquele lugar sem olhar para trás.
Tenho algumas rotas de fuga, e cinco esconderijos secretos por segurança, um deles nem a minha sombra sabe onde fica, eu só precisava ficar sozinha então fui pra lá.
Quando entrei e fechei a porta, desabei. Escorreguei encostada na porta e sentei no chão, não entendo porque tantas lágrimas insistiam em me entregar assim, aquele idiota não vale a pena.
Com raiva arranquei o vestido, eu precisava tomar um banho e tirar qualquer vestígio dele de mim. Mas ao olhar para as minhas pernas, haviam marcas já secas de sangue misturadas com o líquido que ele jorrou em mim...
— Eu sou dele! — bati com raiva na parede, sem conseguir entender meus sentimentos. As coisas estavam confusas demais, mas isso eu jamais poderia negar e jamais esqueceria... Alex foi o único homem a me tocar, e morro de raiva de ter deixado, de ter gostado e ter entregado a minha alma para ele.
Passei as mãos pelas minhas coxas, agora sentada na cama. Fleshes do que aconteceu enquanto eu me entreguei a ele não saíam da minha cabeça, e mesmo longe do maledetto, eu ainda sentia os seus toques no meu corpo, e parte dele dentro de mim.
Um desconforto estava entre as minhas pernas, de certa forma, senti prazer, mas também senti dor com a sua invasão. Caminhei devagar até a banheira, e me sentei deixando que aquela água quente fizesse o seu trabalho direito, e limpasse a dor que eu estava sentindo.
Com a água no meu rosto e no meu corpo, eu fiquei até que me sentisse melhor, me enrolei molhada num roupão e puxei uma garrafa de vinho, ela me ajudou a dormir, depois de ter acabado com ela.
Hoje de manhã:
Levantei bem cedo e a primeira coisa que fiz, foi pensar naquele maledetto do diavolo.
— Será que ele conseguiu retirar a bala? Porquê a perna poderia infeccionar. — comecei a mexer no celular, então vi que ligou e mandou mensagens “falsas” de preocupação, então estava ótimo.
Passei o dia trancada, pensando e pensando, só saí quando tive fome e fui almoçar, depois iria resolver algumas coisas.
Fui pessoalmente conversar com o Luigi, ele me buscou num ponto longe do meu endereço atual, e como de costume, conversamos no seu carro.
— Imagino que esteja bem, deu uma lição naquele idiota? — perguntou me olhando, parecia procurar por cortes, lembrei de um na minha sobrancelha.
— Não se preocupe... — sorri. — Ele ficou bem pior do que eu!
— Não tenho dúvidas.
— Me desculpe pelo escândalo na boate!
— Bom, se chegar nos ouvidos do seu pai, direi que era um marido ciumento de uma das dançarinas! — falou sorridente.
— Então pode dizer que era uma ex-dançarina! — ele assentiu, provavelmente sabia o que aquilo significava.
— Decidiu parar? — virei melhor pra ele.
— Você sabe que na verdade, já havia parado quando me casei. Como fiquei decepcionada com a traição contra a nossa família e a máfia, voltei para me sentir melhor, mas não dá mais.
— Sabe que eu poderia dar um jeito, não sabe? Você não faz nada demais lá.
— E agradeço, meu amigo! Mas, já aviso que não vou mais. Sou a filha do Don, agora sou também uma mulher casada, não posso correr o risco de ser descoberta, envergonharia a minha família, não dá!
— Ainda tem como anular o casamento, vocês não... — antes que ele terminasse o impedi. Coloquei a mão a frente do corpo.
— Esqueça essa possibilidade! — ao me olhar ele entendeu, fugiu do meu olhar.
— Entendo. Então como seu amigo, acho que está fazendo a coisa certa. Um marido nunca aceitaria que a sua esposa permanecesse naquele palco, não, um que realmente gostasse dela, e ainda mais se o casamento já foi consumado, você deve honrar com o acordo de casamento.
— Eu não esperava menos de você! Vou ver um dia e farei uma última apresentação me despedindo, então queimarei aquelas fotos, as originais das que te enviei? Aliás... conseguiu descobrir quem foi?
— O maledetto faltou ontem, mas vou pegá-lo, sei onde mora!
— Só me chama para a diversão, por favor!
— Claro. — Fui abrir o trinco da porta, quando ele me segurou. — Toma cuidado, tá? Sei que estão juntos agora, mas não fique de olhos fechados, Alexander pode tramar alguma coisa.
— Não se preocupe, tenho tudo sob controle!
Atualmente:


Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A prometida do Capo italiano