CAPÍTULO 47
Alexander Caruso
Ligação:
— Alô!
— Peter! Esquece o que eu falei, me encontre na cidade, vamos atrás da Laura!
— Certo, chefe!
Saí feito louco, procurando aquela mulher. Fui pelas ruas e também cheguei a entrar em bares e alguns estabelecimentos. Encontrei com o Peter no outro carro, mas fiz sinal para que prosseguisse. Enquanto ele ia para um lado eu fui para o outro. Meu corpo estava trêmulo de nervoso, mal sentia a dor na perna, apenas as vibrações negativas.
O pior é que não podíamos perguntar a ninguém, seria ridículo um Capo procurando pela esposa recém-casada com ele, ou então, isso chegar nos ouvidos da família dela.
Arrisquei ligar pra ela, liguei muitas vezes, mas não adiantou. Enviei mensagem:
“Porquê não veio falar comigo? Você sabe que precisamos conversar!“ — não tive respostas.
As coisas se repetiram muitas vezes, então parei o carro, comecei a verificar com soldados que trabalham pra mim, enviando um para cada ponto da cidade, os deixando de sobreaviso, não havia muito que eu pudesse fazer por hoje, então fui embora.
Em casa comecei a usar o computador, o telefone fixo, procurei por pontos onde ela poderia ter se escondido.
Conversei com um contato que começou a investigar se havia algum imóvel no nome dela ou da família Strondda, deu um num endereço do centro, fui imediatamente com Peter, mas estava trancado, arrombamos a porta, e ela não estava lá.
— Conserte as portas, Peter! Eu vou pra casa, tomar um banho.
— Certo. Tome o remédio, amanhã eu continuarei e não desistirei até encontrá-la.
De volta naquela casa, só me deixava pior. A cozinheira insistiu, mal consegui comer um pedaço de pão fresco que ela havia feito.
Quando fui tomar um banho observei que a minha perna estava bem vermelha no local do tiro, troquei o curativo e tomei um remédio para dor e um para prevenir infecção.
Ao me deitar o meu corpo não conseguia descansar, sentia os meus nervos doerem, a minha cabeça parecia querer explodir, e o pior... o meu estômago rejeitou aquele pão, e acabei colocando tudo para fora.
Passei a noite acordado, com dores e pensando onde ela poderia ter ido e se iria voltar. Lembrei desde o dia em que nos conhecemos, a minha sede de vingança, e percebi como aos poucos ela me fez esquecer os motivos de eu querer me casar. Se não fosse o Don ter falado no nome do Luigi e algumas conversas com Anita, eu não teria voltado a querer vingança contra ela.
A minha cabeça está maluca, pensei que amasse a Anita, mas agora penso que não... não tenho certeza se estava ou não com aquele homem, mas as suas atitudes me deixaram decepcionado, quando eu a admirava tanto por sua pureza, e agora não consigo mais vê-la assim.
O pior de tudo é que penso que fiquei muito mais irritado com o sumiço da Laura e com ciúmes dela na boate, do que fiquei ao ver Anita beijar aquele velho e sair com ele... a vida é tão estranha!


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