CAPÍTULO 63
Alexander Caruso
Eu não sabia como contar a Katy o que eu fiz por ela. Segurei a primeira carta na mão e fiquei preocupado com a reação que ela teria, ainda mais agora, que está tão carinhosa comigo, certamente ao ouvir vai querer me matar, e duas mulheres querendo isso na minha vida é demais.
— Katy... como você sabe, eu recebi uma carta quando o nosso pai morreu, e a sua morte acabou me fazendo aceitar a sua sentença. — falei de uma vez.
— Está me assustando, Alex. O que você fez? — ela perguntou apreensiva, Peter ficava o tempo todo olhando pra ela, nem disfarçou o maledetto.
— Você pode ler, agora. O tempo de guardar segredo acabou. — eu empurrei a carta sobre a mesa, todos olharam curiosos, mas Katy não pegou.
— Me conta você, Alex! — ela pediu e engoli seco.
— Ele ficou preocupado depois que a sua mãe ficou com diabetes, escreveu isso na carta, pode ler depois... então aconteceu a nossa discussão, onde ele quis exigir que eu me casasse com a Laura e me neguei contando a verdade. Foi aí que o advogado foi chamado e ele mudou as cláusulas da herança...
— E, como é isso? Porquê eu só assinei o pedido de herança que você me deu e então você disse que a regra dele era que eu não me casasse, e que você casasse o consumasse o seu casamento com a Laura, e assim aconteceu. Mas, pelo visto não foi só isso, não é? — neguei.
— Haviam dois tipos de contratos pelos quais você assinou...
— Do que está falando?
— Eu não precisava apenas me casar, mas garantir que você casasse, garantiria a sua parte na herança e a sua segurança! Eu vivo muito bem com o que ganho, tenho soldados a disposição, mas você não, Katy! — ela levantou, começou a balançar a cabeça.
— Mas... você me disse exatamente o contrário. Me falou que eu não poderia me casar antes de você, o que está acontecendo, Alex? — veio perto de mim, segurei seus cotovelos e tentei acalmá-la.
— Respira, Katy...
— Alex?
— Você assinou um contrato de casamento e precisei manter sigilo até que eu me casasse! — ela ficou em choque, paralisou na minha frente.
— Contrato? Que merda você fez? — ela começou a me empurrar. — Me diz que não me casou com ninguém! Diga Alex, diga que não me casou! — Katy começou a chorar, estava eufórica. Vi que todos nos olhavam, e Peter principalmente, acho que ele começou a encaixar as coisas.
— Eu sinto muito, Katy! Pensei na sua segurança e no seu futuro, mas agora você precisa assumir o seu casamento, com certeza terá isso na segunda carta e mais alguma surpresa! — ela começou a chorar e passar as mãos no rosto.
Laura estava em completo silêncio e o advogado abriu uma pasta e pediu a nossa assinatura.
— Eu não quero, você trate de rasgar qualquer merda que eu tenha assinado! Confiei em você, Alex! — ela falava alto, e o pior era que estava certa, eu não tinha o direito de dizer nada. — Onde está? Onde está o contrato? Pelo menos conheço com quem eu casei? — começou a revirar os papéis do advogado que quis resmungar, mas o Peter apontou a arma e ele parou.
— Não está aí! Mas sugiro você se acalmar, vamos abrir a segunda carta e... — tentei consolá-la, mas me cortou.
— NÃO QUERO ME CASAR! NÃO QUERO DINHEIRO! POSSO TRABALHAR! — Peter passou a mão na barba, parecia estar suando.
— Katy, querida... se acalme. — Voltei a tentar.
— A traição é uma coisa difícil se superar... — Laura falou meio baixo, me provocando, tive vontade de matá-la.

Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A prometida do Capo italiano