CAPÍTULO 66
Laura Strondda
A expressão do rosto dele, suavizou. Deitou do meu lado, então acabamos deitando de frente, um olhando no outro, demorou um pouco até que alguém falasse.
— O que foi? — perguntei baixo.
— É uma pena a gente ter começado da forma que começou... — segurou na ponta dos meus cabelos, olhando.
— Não. Apenas tinha que ser, e foi assim que aconteceu, não me arrependo de ter tentado te matar e ao mesmo tempo escapar de você, faria de novo, foi divertido. — ele sorriu olhando para o outro lado.
— É por isso que eu gosto de você, tenho Laura para todas as ocasiões, ao mesmo tempo que é firme, também é suave, e ao mesmo tempo que é brava é um doce! — se aproximou me beijando.
— Vai nessa, só dei uma trégua porque me pegou desprevenida, mas comigo você precisa andar miudinho!
— Se queria qualquer coisa miudinha, casou com o cara errado, e o problema é seu, porquê eu não devolvo! — veio por cima de mim e mordeu o meu queixo, prendendo meu corpo na cama com seus braços, enquanto me encarava.
— Não devolve?
— Não. Agora vamos tomar um banho, que estou morrendo de fome! — ele falou sorrindo, mas seu olhar parecia que havia falado algo com duplo sentido, porém ignorei.
Ele levantou e eu também o segui, senti um certo desconforto no corpo, ele percebeu.
— Está tudo bem? Posso comprar um remédio pra você... — olhou para as minhas pernas, e a minha mão no baixo ventre.
— Está tudo bem, eu vou mais tarde se precisar, você precisa repousar. Lembre-se que de manhã, meu pai vai estar lá para me investigar!
— Está certo! Agora vem... — me puxou para o banheiro.
Era meio constrangedor olhar para ele agora que ficamos tão íntimos. Alex nunca sorriu tanto, e pensar que antes disso estivesse tão desanimado, é loucura.
No banho as coisas também estavam diferentes, ele fez questão de me ajudar a lavar o meu corpo, e percebi que começamos a conversar bastante.
— Pare de olhar um pouco, seu olhar é malicioso, e não aguento outra! — coloquei um dedo no seu peitoral, como se dissesse que iria empurrar, e ele sorriu.
— Engraçado... aguenta uma metralhadora por horas e não aguenta fazer sexo duas vezes? — zombou e o encarei brava — É brincadeira... é que eu sempre olhei pra você, a diferença é que na maioria estava de roupa, ou não percebeu!
— Ah, você olha com malícia, nunca reparou nos detalhes. Aposto que nem sabe qual a cor que pintei as unhas! — coloquei as mãos para trás e ele gargalhou.
— Minha doçura, eu sei de todas as cores que pintou as unhas desde que nos casamos. — estreitei os olhos. — Casou com elas claras, logo pintou de vermelho e agora estão todas azuis! — balancei a cabeça, confirmando.
— Pois bem... por essa eu não esperava!
— Certamente, não! — me virou de costas, me abraçando por trás.
Demoramos, foi um momento divertido, gostoso. Comecei a me sentir satisfeita de ter casado com ele, se antes eu já odiava aquela bigato de goiaba, agora que não vou tolerar mais nenhuma gracinha com meu marido.
Quando saímos do quarto, encontramos com Peter na varanda, olhando as montanhas e completamente distraído. Eu iria voltar pra dentro, mas Alex segurou a minha mão.


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