CAPÍTULO 75
Laura Strondda
— Você não vai! — Alex me falou sério, convicto.
— Não tenho opção. Eu sempre soube dos riscos, ainda sim insisti. Eu quis dançar lá, estar lá, me vestir com roupas mais justas, e sempre fui a filha do Don, sempre soube o meu lugar... isso não mudou nada, agora preciso arcar com os danos. — coloquei a mão sobre o peito dele.
— Eu não posso permitir que algo assim aconteça com você. Eu já vi algumas punições, Laura... não são simples, poderiam te machucar muito! Eles cortam partes do corpo, dão chicotadas, tem o brasão da máfia que poderiam colocar em você, aquilo é uma chapa quente que praticamente arrancaria a pele!
— Também fui treinada para aguentar torturas! — ele ficou de costas, simplesmente desligou o celular, nem sei com quem falava, mas ficou falando sozinho.
— Casamos a algumas semanas, não foi? — assenti. — Vou alegar que está grávida, então só poderão levar a júri depois que o bebê nascer...
— Isso é uma mentira, poderíamos os dois arcar com mais punições depois. Ou eu teria que engravidar só para adiar algo que mereço pagar! — ele estava visivelmente nervoso, passava as mãos no cabelo o tempo todo.
— Tem razão... tem certeza de que não engravidou? Poderíamos fazer um exame. — colocou a mão no meu braço, cuidadosamente.
— Não engravidei, tomo medicação pra isso.
Alexander começou a andar pelo corredor, pensativo.
— Eu não acredito que Anita fez isso. Ela vai pagar, Laura!
— Disso não tenha dúvida!
— Quem te ligou? A conversa de hoje seria com quem?
— Foi a Rebeca. Preciso ir de manhã, não hoje. Provavelmente estará o meu irmão, alguns membros do conselho, o irmão da Rebeca, que agora é consigliere, talvez esteja meu pai, até o tio Hélio, talvez Salvatore e... merda! El Chapo também receberá punições! — falei de forma espontânea, mas Alex mudou a expressão.
— Se preocupa com aquele homem? — senti que segurou mais forte no meu braço.
— Ele me ajudou muito, Alex! — ele bufou, me soltou, ficando de costas. Então não disse mais nada. Andou até o final do corredor, e então parou lá.
— Venha! Meus homens cuidarão para que esse maledetto não morra até amanhã! — caminhei até ele, o seguindo até o quarto.
Avistei Katy na cozinha, seu olhar era distante, parecia interessada nos pratos que a cozinheira preparava.
Entramos no quarto e Alex começou a tirar a roupa. Fiquei parada, olhando pra ele, a minha cabeça estava uma bagunça, a dele não estaria diferente, com tantas coisas acontecendo.
Ele veio nu até a mim, e me olhando começou a me despir. Abaixou as alças da minha blusinha, e depois o deixei que puxasse e que continuasse tirando, eu havia ficado suja de encostar naquele primo dele.
— Vem tomar um banho comigo! Deixemos para pensar em tudo depois, preciso de você!
— Está bem! — fui até o banheiro com ele, em silêncio.
Ele ligou o chuveiro e também colocou a banheira para encher por baixo, depois me puxou para ficar sentada na frente dele, me abraçou, e beijou a minha cabeça.


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