CAPÍTULO 91
Laura Strondda
O meu coração bateu disparado no peito, eram emoções demais para que eu suportasse. Eu ouvi errado ou ele disse que se apaixonou por mim? Não estou conseguindo acreditar.
Precisei me controlar muito para suportar prendê-lo ali, e muito mais para deixá-lo, parar de beijá-lo e sair daquele quarto frio.
Não era justo com ele, prendê-lo com algemas, justamente quando ele estava com a faca e o queijo na mão, prestes a descobrir tudo o que queria, mas eu não poderia arriscar, se ele matasse Salvatore sem autorização, seria morto.
Ele viu que eu chorei, quando nos beijamos, senti que as minhas lágrimas molharam o seu rosto, e fiquei maravilhada pela sua confiança em mim. Ele era um homem digno do meu respeito.
— Eu preciso ir..., mas logo volto, e não voltarei com as mãos vazias! — falei um pouco baixo, não consegui ser firme, mas tudo bem... eu estava com ele e ele confiava em mim.
— Estarei ansioso! — seu olhar era triste, embora suas palavras parecessem entusiasmadas. Eu precisava sair dali, Alex me tirava a concentração, eu precisaria da estratégia perfeita para descobrir a verdade.
Me desprendi daquele abraço e saí pela porta sem olhar para trás.
Fui diretamente até a sala do Tony, meu pai estava lá.
— O interrogou? — Antony apontou para o meu pai, que confirmou.
— Sim. Ele disse a verdade, eu vi nos olhos dele. O deixamos preso por consideração ao Alex, aliás... onde ele está?
— No quarto. Vim me adiantar, não quero que ele sofra tanto, se eu puder evitar, evitarei! Mas agora eu quero provas, onde estão?
— Ele não quer falar quem é a mulher, disse que está viva, mas não disse quem é. Ela é testemunha, seria muito importante. — meu pai disse.
— Posso falar com ele?
— Pode, está lá para dentro! Mas, eu vou com você! — Antony falou, mas neguei.
— Não. Eu quero que tragam ele até o quarto, quero que o Alex o ouça.
— Eles quase se mataram antes! Ambos estão certos, pois Salvatore explicou seu lado. Aquele homem era sujo! Se eu soubesse, jamais teria aceitado esse acordo. — meu pai falou, se levantando.
— Acho que a Laura está certa. Se a conheço bem, a essa altura o Alex está preso, e ele tem o direito de ouvir. Vamos buscá-lo, eu cuido disso! — sorri para o Antony.
— Está bem! — meu pai cedeu.
Foi rápido, Salvatore estava calado, e como não falei nada, ele também não.
Quando entramos no quarto, Alex ficou mais sério, vi quando seus pulsos forçaram para sair.
— O que ele está fazendo aqui? — Alex logo se pronunciou.
— Ele vai nos contar quem é a mulher que viu com o seu pai, não é tio? — respondi e tio Salvatore me olhou.
— A mulher já passou por muita coisa, não acho justo expor a coitada dessa maneira. — Salvatore disse, também estava algemado.
— Mas você disse que ela tirou a câmera, então pode ter as provas, não acha? — meu pai apareceu atrás da porta.
— Eu não tenho coragem de pedir isso, nem que custe a minha vida. Uma mulher merece respeito. — balancei a cabeça, ninguém faria isso com a mulher.
— Me conta em detalhes, Salvatore! Vamos, me diga o que você viu! — Alex me surpreendeu, e então tio Salvatore começou a dar detalhes de tudo, e então o Alex abaixou a cabeça e continuou ouvindo calado.
Foi triste, ver o Alexander assim, ouvir como aquela mulher foi tratada, que mesmo vindo da boca de um homem, eu senti que era verdade, Alex ficaria arrasado, e a única coisa que me veio na cabeça foi a Maria, talvez esse foi o motivo dela ter gravado a Anita. A peça que estava faltando encaixar. Será que eu estava ficando louca?
Alex não falou mais nada, não perguntou, não respondeu, apenas ficou calado ouvindo.
— Você entendeu, Alex? Ouviu tudo? — meu pai perguntou, mas então Alex gritou:
— SAIAM TODOS! EU QUERO FALAR COM A LAURA! — todos se entre olharam. Tio Salvatore foi o primeiro a sair, os soldados o acompanharam. — Por favor, Don... — então meu irmão e meu pai também saíram, assim que encostei a porta ele falou: — Vamos pra casa? Tenho quase certeza que a resposta está lá! Se não foi a Maria, ela sabe quem foi... isso se a resposta não estiver no último pen-drive que guardamos na gaveta!
— Então, acreditou no que ele disse? — me aproximei, ele me olhou nos olhos.
— Você acreditou? — tive receio da resposta, mas respondi com sinceridade, assim como ele gosta.
— Sim.
— Então, vamos lá. Aposto que você pensou o mesmo que eu.
— E, se... meu tio tiver dito a verdade? O que vai fazer? — perguntei com receio.
— Hoje, nada! Só te peço que escolha uma boa garrafa de vinho e que fique comigo, de qualquer forma, vou precisar de você! Se quiser, pode me prender amanhã, mas hoje não precisa, prometi confiar em você, estou certo que confiará em mim.
— Está bem! Se mentiu, não pensarei duas vezes para te atacar uma das minhas facas! — ele sorriu de leve, já conhece a mulher que tem, sabe que não estou brincando... “ou estou?“ — pensei, enquanto abria aquelas algemas.
CAPÍTULO 92
Alexander Caruso

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