CAPÍTULO 96
Laura Strondda
Logo que cheguei, percebi que havia algo errado. Vi um pé masculino encostado no batente de uma porta, caído, provavelmente ferido ou morto.
Me aproximei devagar, vi que era um dos nossos soldados, que droga!
Haviam câmeras, e assim que entrei no local, a porta que passei se fechou atrás de mim, então corri, me escondi e meti bala com silenciador em dois maledettos que caíram mortos no chão.
Eu não iria voltar, Alex estava ali. Continuei o percurso e fiquei mais tranquila quando vi Anita morta e seus membros no chão, Alex havia feito aquilo, era ordem do Don.
Mas de repente, apareceu um homem grande e mal encarado, com uma metralhadora apontada pra mim.
— Vire-se bonequinha, vou te levar até o chefe! — eu poderia fazê-lo lamber o chão em três segundos, mas queria o Alex e queria o chefe, que seja quem fosse, iria morrer.
Me virei e deixei que me levasse. Ele pegou a minha arma e segurou as minhas mãos, pensando que eu estava presa, apenas segui o fluxo.
Me enchi de raiva quando vi o Alex preso, o estavam torturando, eu precisava ajudá-lo.
Quando ameacei, todos vieram pra cima de mim. Em segundos me desprendi, roubei a minha arma novamente, mas um deles chutou a minha mão.
— Ninguém encosta nela, ou morrerá! Levem para o chefe, o idiota aqui já viu que a mulherzinha dele vai ser comida, vamos terminar logo com ele para aproveitar os restos da puttana! — me enchi de ódio, comecei a bater nos maledettos.
Estranhamente os homens me seguraram, vários deles. Nenhum me bateu, apenas me seguraram, e nem eu nem o Alex pudemos fazer nada. Nossos olhares se encontraram e ele gritou:
— LAURAAAA!
Não adiantou eu tentar escapar, então poupei esforços, os usaria quando a oportunidade fosse boa, deixei que me levassem.
Entrei num escritório imenso, logo corri os olhos por tudo e vi uma grande mesa com um homem virado de costas sentado na última cadeira, a que ficava na ponta.
Ele usava um chapéu e estava fumando um charuto, nem se deu ao trabalho de virar para me olhar ou dizer alguma coisa.
Dois homens me colocaram em uma cadeira que estava bem longe do homem, e eu ouvi vagamente o que ele disse para um dos homens que me prendiam.
— Verifiquem! — soltou a fumaça, trazendo um cheiro insuportável de charuto no ambiente.
Me prensaram na cadeira, tiraram uma foto minha de perfil com um notebook, enquanto dois homens seguravam o meu rosto. Esses idiotas planejavam me vender, por acaso?
— Ele negou, chefe! — um dos idiotas acessou o notebook e falou isso.
— Tente novamente! — ouvi a voz de longe, então tiraram outra foto.
— Voltou a negar!
— DE NOVO FILHO DA PUTA! — outra foto foi tirada e nada, o cara colocou o notebook e levantou. Então o homem de chapéu virou rapidamente e atirou no que estava com o notebook. Antes que eu visse seu rosto, ele atacou um charuto em mim, ficou de costas e disse:
— Tirem a roupa dela e algemem! Eu volto logo! — de repente, três homens vieram pra cima de mim, me puxaram da cadeira, e começaram a puxar a minha roupa, mas me abaixei e puxei as minhas duas facas menores na bainha. Uma delas acertei a testa de um, a outra rasguei parte do braço e peitoral do outro, mas o terceiro me derrubou com um chute.
Ele voltou para me chutar, virei uma estrela, pulando para o outro lado, e fui parar em cima da mesa.
— Malledetta! — atirei a minha única faca que sobrou no que me chutou, ele caiu no chão.
O homem cheio de sangue veio pra cima de mim, ergui uma daquelas cadeiras pesadas de rodinhas, e o derrubei com a pancada.
Desci da mesa, peguei a faca da testa do primeiro que mandei para o diavolo, e fui pra cima do outro. Ouvi barulho de tiros, parei por alguns segundos pensando no Alex, se os tiros não poderiam ser nele, e o figlio de puttana, cortou o meu braço com a minha própria faca.
Vi o reflexo do homem de terno e chapéu no vidro caminhando, ele não entrou no grande escritório foi para outro lado, certamente também ouviu o alvoroço.
Fui jogada em cima da mesa, então o homem me puxou pelas pernas e tentou encostar na minha área íntima, mas o peguei desprevenido, enfiando uma caneta solta no olho dele. O chutei ergui uma cadeira e o acertei diversas vezes, até que os barulhos de fora me chamaram a atenção, então peguei uma das facas e corri.
Parei no corredor, precisava ouvir com cautela, precisaria ter o mínimo de noção onde ele estava ou o que eu iria fazer, fechei os olhos, identifiquei, mas alguém me apunhalou pelas costas.
CAPÍTULO 97
Alexander Caruso
Quando ela foi levada, me desesperei. Enquanto recuperava o meu corpo do choque, continuei afrouxando as mãos nas cordas.
Tentei ignorar o que eles diziam, Laura é uma mulher forte, preferi acreditar que ela estava segurando as pontas.
Senti muitas dores nos tornozelos e nas mãos. Depois de tentar muito, por um milagre consegui soltar as mãos, mas como ainda estava preso, esperei a hora certa de atacar. Um deles pegou um martelo e veio na minha direção.
Quando chegou bem perto, num movimento rápido eu tomei a sua arma que estava na sua cintura, efetuei alguns disparos, o matando e matando os outros que estavam naquele lugar.
Fui rápido ao soltar as cordas do meu pé. Outro homem apareceu e apontou a arma pra mim, mas fui mais rápido e o matei com um tiro na testa.
Vi um homem de chapéu passando, mas não consegui identificar, provavelmente seja o mesmo que estivesse no carro lá naquele chiqueiro, sempre escondendo seu rosto.


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