CAPÍTULO 103
Alexander Caruso
Deixei a Laura dormindo, levantei da cama e liguei para Edoardo.
— Meu querido! — sorriu ao me cumprimentar.
— Ainda está na cidade? — o cortei.
— Sim, num hotel aqui no centro. Aconteceu alguma coisa? Se for por eu ter saído sem avisar, é que eu não estava muito bem.
— Não, eu só queria te ver, conversar direito, queria te perguntar uma coisa.
— Tem uma boate aqui, você deve frequentar direto, parece que é do Don, mas quem é responsável é o outro Capo-regime.
— Estou indo.
Me vesti adequadamente, encontrei com Peter do lado de fora, ele carregava o corpo da Ilda.
— Fica de olho em tudo, vou falar com Edoardo, porquê vi nas câmeras que tirou fotos de Laura.
— Eu não confio nesse homem. Temos bons soldados aqui, eu prefiro ir com você! — soltou o corpo e gritou para Gregório vir terminar, repassou a ordem para vigiar a casa e lavou o rosto na pia que tinha do lado externo.
— Está evitando tanto, a Katy assim? Nem vai tomar banho ou trocar de roupa?
— Não é isso, deixemos para nos preocupar e resolver as coisas depois do casamento! E, realmente prefiro ouvir com você o que ele vai dizer, agora me conta tudo o que viu, para ver se entendo...
Sorri e comecei a contar detalhes, enquanto dirigi até a boate onde El Chapo comanda.
No local, Edoardo apareceu sorridente, colocou a mão no meu ombro, fiquei observando.
— Perdão querido, é que você não estava, então achei chato ficar sozinho com a sua esposa dormindo na sala. — passei a mão na barba, ele cumprimentou Peter, que como sempre manteve o semblante fechado. — Hoje a bebida é por minha conta!
— De jeito nenhum, deixa que o Peter busca, agora senta aqui! — me sentei, ele ficou na frente.
— Você está diferente, aconteceu alguma coisa?
— Eu odeio rodeios. Será que pode me explicar porquê tirou fotos da minha esposa dormindo e depois disse que não era ela? — ele arregalou os olhos, se arrumou na cadeira, parecia pensar.
— Bom... me desculpe por isso. A minha cunhada, irmã da Geórgia, está procurando por uma moça e ela é muito parecida com a Laura. Quando ela mostrou a foto lá em Tivoli, a gente logo imaginou que pudesse ser ela.
— Que história é essa?
— Eu não queria te dizer nada, é porquê a minha cunhada disse que essa mulher era uma dançarina de boate, usava uma máscara dourada e... tem certeza que quer ouvir?
— Termine.
— Ela tomou o amor da vida dela, um tal de... Luigi! — levantei da mesa, grudei Edoardo pelo colarinho.
— E daí se achou no direito de pensar mal da minha esposa? Laura é uma mulher íntegra, tenho a prova da sua pureza, e pode avisar a sua “cunhada”... que se eu voltar a ouvir esse assunto, cortarei a língua dela, nem que seja no inferno!
— Calma, meu filho! Pelo amor de Deus, eu também não acreditei. É que ouvi um boatos que recentemente ela perdeu um cargo porque descobriram que dançava na boate, que também nem sei se é verdade, então acabei enviando a foto para a irmã Zelinda, ela disse que não era ela, fique tranquilo! — soltei ele aos poucos, mas aquela história não me desceu. “Como ele soube disso?“
— Se voltar a ouvir isso, ignore. Não quero ouvir o nome da Laura por aí, e apague imediatamente as fotos dela! Boatos mentirosos.


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