CAPÍTULO 107
Alexander Caruso
Dormi muito bem, acordei e Laura não estava na cama. Fui até a sala e a encontrei com a Katy arrumando a mesa, pareciam animadas, nunca imaginei ver uma cena dessas, e agora vejo de vez em quando a Laura na cozinha, embora ainda não tenha tudo o que precisa lá, precisamos terminar de arrumar.
Vi o Peter do lado de fora, com óculos escuros, apoiado na janela, era óbvio que encarava a Katy, mas hoje era ela quem não o olhava, preferi não perguntar sobre isso.
— Peter, venha até o escritório! — me aproximei das duas mulheres que amo e as cumprimentei. — Eu já volto!
Entramos no escritório e perguntei:
— Conseguiu alguma informação importante com El Chapo sobre a irmã da Geórgia?
— Sim, ele comentou que já esteve com aquela mulher, porém nunca sexualmente. Ela o perseguiu por um tempo tentando algo, mas ele nunca a quis.
— Claro, queria a Laura! — cortei, e pela primeira vez, me irritei vendo um sorriso do Peter, já que vivo esperando ele sorrir.
— Depois fala de mim, que sou o ciumento!
— Cale a boca, fale de uma vez!
— Agora não pode mais me ameaçar me mandar para a minha mulher, ou quer que eu vá?
— Quer ir? Me Ameace e eu faço vocês casarem hoje mesmo, quero ver a tua cara de espanto, com a cerimônia antecipada! — ameacei.
— Esquece, vamos falar de El Chapo! Ele disse que essa mulher nunca foi uma ameaça, mas ontem mesmo falou que iria atrás dela, vai trazer pelos cabelos e interrogar.
— Essa mulher deveria estar investigando ele e a Laura, então. Deve ter ciúmes da Laura, pode estar tramando algo.
— Pode ser. Eu também gostaria de dizer que precisei levar a Maria para o hospital, ela não melhorou, deixei um soldado com ela.
— Então está explicado o mau humor da Katy...
— Porquê?
— Maria não é velha, ela deve ter ficado com ciúmes.
— Não, claro que não. Maria deve ter uns quarenta, nunca me interessei, e nem é pela idade, é uma mulher fechada, sempre foi.
— Sei... depois do café irei no hospital.
— Certo.
(...)
Assim como planejado, eu iria para o reduto, mas ainda faltava duas horas para a punição de Salvatore, e Laura decidiu ir comigo, como minha esposa, não teria problema.
Passamos no hospital, Maria estava sozinha, o soldado do lado de fora da porta.
Quando entrei, ela parecia dormindo, mas estava muito pálida, quando nos aproximamos ela acordou.
— Senhor... — falou fraca.
— O que aconteceu? Você parecia melhor, mas agora piorou bastante.
— Não tenho a saúde da sua senhora, temo meu corpo não aguentar o pouco café que tomei.
— Mas, ontem não estava em pé, Maria?
— Sim, mas essa noite tomei um chá e então fiquei assim.
— Quem fez o chá? — perguntei.
— Fui eu mesma. Usei uma erva que a Ilda colocou num pote essa semana — virou para o lado, parecia querer vomitar — Um dia depois que colocaram os móveis novos, falou que era muito bom para enjoo...
Peguei meu celular e liguei imediatamente para um dos soldados. Avisei que jogassem todos os chás e cafés da cozinha, que depois eu iria lá verificar.
— Fica tranquila, esse hospital é bom. Logo você ficará boa. — Laura falou pra ela.



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