Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 175

— Bom dia. Faz tempo que não te vejo por aqui — disse ela, com um tom educado e neutro. Mas os olhos dela… não eram tão neutros assim.

— É. Eu andei ocupado ultimamente — respondi, tentando soar casual.

Ela assentiu e deu um meio sorriso.

— E o que vai querer hoje?

— Não sei… o que você sugere?

— Lasanha da casa. É a melhor da região, prometo.

— Então vai essa.

Ela ia se virar quando eu a chamei, meio sem pensar.

— Alice.

Ela parou e virou o rosto pra mim de novo.

Eu puxei a carteira do paletó, abri devagar e tirei o brinco. Aquele pequeno círculo dourado, com uma pedrinha que brilhava discretamente.

Ela arregalou um pouco os olhos, surpresa.

— Achei que tinha perdido isso.

— Tava no quarto, no canto da cama. — Sorri, meio sem jeito e estendi discretamente a mão pra ela pegar. — Confesso que foi estranho acordar e encontrar a cama vazia. Nunca aconteceu comigo antes.

Ela pegou o brinco com cuidado, os dedos roçando de leve na minha mão.

— Ah, bilionário… pra tudo tem uma primeira vez — disse, sorrindo de canto e então piscou pra mim. Descarada e linda.

Virou as costas e foi em direção à cozinha, com aquele andar provocante. Quadris balançando como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo. E talvez soubesse mesmo.

Me peguei olhando demais para aquele corpo delicioso, as imagens vindo com força mais uma vez a minha mente. A bunda redonda e perfeita sob o jeans apertado e quase involuntariamente, senti a calça apertar. Droga.

Só de lembrar daquela noite, do jeito que ela se encaixava em mim, da forma como gemia no meu ouvido, eu já tava ficando duro de novo. No meio do maldito restaurante.

Desviei o olhar, pigarreei e tentei pensar em qualquer outra coisa. Mas a verdade era uma só: eu precisava de mais dela. Daquele corpo, daquela entrega, dessa mulher que me tirava do controle.

Só não sabia se ela sentia o mesmo, a necessidade de querer mais, puro desejo carnal, como ela mesma disse.

Demorei mais do que devia naquele restaurante.

Alice vinha e voltava, sempre com o jeito leve, sorriso sutil nos lábios, mas com os olhos me dizendo coisas que palavras nenhuma seriam capazes de explicar. A gente trocava olhares o tempo todo. Eu me pegava encarando demais, ela desviava, mas voltava a me encarar também. Tinha fogo ali, algo que não tinha acabado.

Quando ela veio trazer meu pedido, nossos dedos se tocaram por um instante. Rápido, mas suficiente pra acender tudo de novo. O mesmo arrepio na espinha e a vontade absurda de puxar ela ali mesmo.

Comi devagar, lento até demais e depois pedi um café. Nem era porque eu queria café, era apenas pra ter mais tempo, mais desculpa pra ficar ali. E ela continuava... indo, voltando, lançando aqueles olhares. Um jogo mudo que a gente fingia não jogar.

Paguei a conta e fiquei a observando, conseguindo ouvir o que ela estava conversando com Antônio.

— Vou tirar meu tempo de almoço agora.

Ela tirou o avental sem nem me olhar e saiu porta afora como se nada tivesse rolado aqui. Respirei fundo porque aquilo me deixou inquieto. Fiquei ali alguns segundos, parado, sem saber se saía ou se esperava e decidi ir embora. Talvez, para ela não foi o mesmo que pra mim.

Mas quando passei pela lateral do restaurante, um beco meio escondido, senti uma mão puxando a minha.

Me virei no susto e era ela.

Com aquele sorriso safado no rosto, levou o dedo aos lábios me pedindo silêncio e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me puxou mais pra dentro do beco e me beijou.

Com ferocidade.

Fome.

Desejo.

Agarrei a sua cintura com força, devolvendo o beijo com a mesma intensidade. Prendi ela contra a parede, seu corpo colado no meu, nossa respiração acelerada.. As línguas se encontram, entrelaçadas e um arrepio me tomou quando ela gemeu baixinho contra minha boca.

Ergui ela com facilidade, fazendo com que ela entrelaçasse as pernas em volta da minha cintura. Ela arfou quando interrompi o beijo só pra buscar ar e beijar o seu pescoço com vontade.

— Eu tô suada — ela sussurrou.

— Você tá deliciosa — respondi entre beijos, sentindo meu pau pulsar dentro da calça.

Voltamos a nos beijar, mais intenso, mais urgente, até que uma buzina irritante cortou tudo.

Ela soltou um riso abafado.

— Merda... — resmungou.

— Que foi? — perguntei, ainda ofegante, com ela colada em mim.

— É meu amigo. Veio me buscar.

— Manda ele ir embora, depois eu te levo — falei sem pensar, querendo manter ela ali, nem que fosse por mais alguns minutos.

Ela me beijou de novo, mais uma vez, antes de sussurrar…

— A gente vai se encontrar com outras pessoas. Eu tenho que ir...

Ela se mexeu e eu a coloquei de volta no chão, devagar, sem querer soltar.

Mais uma vez ficou na ponta dos pés e me beijou, mordendo meu lábio inferior antes de me olhar nos olhos.

— Mas eu espero receber uma ligação tua hoje à noite. Porque, sinceramente... eu também sinto que aquela noite não acabou.

Soltei um sorriso torto, puxando ela de novo pra um último beijo intenso e quase desesperado. Mas eu me irritei com o som irritante de buzina outra vez.

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