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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 289

Era sábado e eu tinha prometido buscar o Lucas cedo pra gente sair com a Alice. Ela queria comprar as coisas pro Natal, e o moleque estava empolgado desde a hora que acordou, falando sem parar sobre montar a árvore, decorar a sala e deixar tudo “igual filme de Natal”.

Quando chegamos à loja, o brilho nos olhos dele era impagável. Lucas corria de um lado pro outro, puxando a Alice pela mão, apontando pras árvores, pros enfeites, pra tudo.

— Pai! Olha essa! — ele gritou, apontando pra uma árvore enorme, deveria ter uns 3 metros..

Eu ri, cruzando os braços e observando.

— É… gigante mesmo, filho.

Mas então ele se aproximou do preço e congelou.

— Alice, olha isso! — Lucas arregalou os olhos.

Alice se aproximou e soltou um suspiro.

— Meu Jesus amado! — exclamou, tapando a boca.

Cheguei mais perto, rindo.

— Ei, não olha pro preço. Escolham o que gostarem, tá?

Ela olhou pra mim, com aquele sorrisinho leve.

— Você não pode dar carta branca assim… ou eu vou te falir, Diogo Montenegro.

— Eu duvido — respondi rindo.

Lucas então soltou, todo sério:

— O pai tem muito dinheiro, né?.

Olhei pra ele e confirmei, piscando.

— Tenho sim. E esse dinheiro é pra gastar com vocês. Escolham o que quiserem, tá?

Alice balançou a cabeça, meio desacreditada, mas não conseguiu esconder o sorriso.

— Você é impossível — murmurou.

Me virei pra funcionária que observava de longe.

— Pode reservar essa árvore pra gente — pedi. — Eu vou levar.

Ela sorriu e anotou algo num bloquinho, enquanto a gente seguia pelos corredores da loja. Lucas pegava tudo o que via pela frente, papais noéis, meias vermelhas, bonecos de biscoito… cada descoberta parecia um tesouro.

Até que ele parou, encantado, em frente a uma peça grande e linda de um presépio do nascimento de Jesus.

— Posso levar esse? — perguntou, com o olhar cheio de curiosidade.

Alice se aproximou, tocando delicadamente a peça.

— É linda… — murmurou.

Lucas olhou pra ela.

— A professora disse que esse é o verdadeiro sentido do Natal. É o nascimento de Jesus, né? Mas eu nunca entendi direito.

Alice sorriu, passando a mão pelos cabelos dele.

— É sim, meu amor. E a partir de hoje, toda noite, eu vou te contar sobre as bênçãos de Deus e tudo o que aconteceu com os discípulos Dele. Que tal?

— Sério? — ele perguntou, empolgado.

— Sério. Você quer saber?

— Quero! — respondeu de imediato, sorrindo largo.

Fiquei observando os dois, completamente tomado por aquela cena simples. Me aproximei, sem esconder o orgulho.

— Eu não sabia que você tinha esse conhecimento todo — comentei, curioso.

Alice virou pra mim, sorrindo de leve.

— Sempre gostei. Meus pais são evangélicos, e… mesmo com tudo o que aconteceu, eu nunca deixei de falar com Deus. Era a única coisa que me acalmava. — Ela respirou fundo. — Por isso comecei a estudar a Bíblia. Não sigo como deveria, mas o que aprendi, quero passar pro Lucas.

Me inclinei e beijei o topo da cabeça dela, com o coração cheio.

— Você é incrível, sabia?

Ela sorriu, encostando o rosto no meu peito.

— Só tento fazer o meu melhor.

— E faz — murmurei, apertando os dois num abraço.

***

Eu estava sentado ao lado de Alice na clínica, observando enquanto ela se acomodava na maca. Lucas não parava quieto, mexendo nas mãos e olhando em volta como se estivesse explorando um mundo novo. A doutora Heloisa estava sentada à sua mesa, analisando os exames com cuidado.

Ela suspirou e sorriu para nós.

— Alice… está tudo bem. Sua diabetes está controlada, e o bebê está crescendo saudável.

O alívio tomou conta de mim, e eu senti um sorriso escapar antes mesmo de perceber. Alice soltou um riso nervoso e feliz, encostando a mão na barriga já levemente arredondada.

— Sério? Que maravilha! — disse ela, com os olhos brilhando.

Lucas, ansioso, pulou um pouco na cadeira e olhou para mim, depois para Alice.

— Pai, agora a gente vai ver o irmãozinho?

Olhei para Alice e ela sorriu.

— Sim, campeão. Agora nós vamos ver — confirmei, apertando sua mão.

A doutora Heloisa olhou para Lucas e sorriu.

— Pode ficar tranquilo, querido. Vamos ver o bebê.

Alice se deitou, ajeitando a blusa e mostrando a barriga que começava a aparecer. Eu segurei sua mão, sentindo o calor da sua pele. A doutora começou os procedimentos para o ultrassom, passando o gel frio na barriga dela.

— Estamos entrando no quarto mês… ainda é cedo para saber o sexo — explicou ela.

— Mas dá para ver o bebê, né? — perguntou Lucas, franzindo o cenho, curioso.

— Sim, dá para ver direitinho — disse a doutora, ajustando o aparelho.

Na tela, a imagem tremeu por alguns segundos antes de se firmar. Lucas olhou fixamente, com os olhos arregalados. Depois, abriu um sorriso largo, franzindo o cenho de concentração.

— Olha… tá mexendo! Pai, tá mexendo!

Olhei para ele sorrindo e depois para Alice, que encarava a tela com atenção e acariciava a barriga, emocionada.

— Ele é tão pequenininho… — disse ela, com a voz embargada.

A doutora Heloisa colocou o aparelho para ouvir o coraçãozinho. O som rápido e firme encheu a sala. Lucas gargalhou, divertido.

— Pai, que barulhinho engraçado! Parece um cavalinho!

Eu ri baixinho, apertando a mão de Alice.

Capítulo 0128 - Alice 1

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