(Diogo)
Levei alguns segundos abraçado a ela, sentindo seu cheiro e tentando fazer minha respiração se acalmar. Alice, como sempre, quebrou a tensão do jeito mais inesperado.
— Tá respirando fundo por quê? — ela falou com aquele tom provocativo. — Tá com medo de eu ir atrás da ruivinha de novo?
Soltei um riso pelo nariz, sem conseguir evitar.
— Medo nenhum, pequena. Só tô tentando me convencer de que você não vai arrumar mais confusão essa noite.
Ela virou o rosto pra me olhar por cima do ombro, com aquele sorrisinho atrevido.
— Ih, então desiste logo. Eu sou uma confusão ambulante, Montenegro.
Balancei a cabeça, rindo baixo, e dei um beijo na lateral do seu pescoço. A ousadia dela sempre me desmontava.
Olhei para Thais e Joaquim, que ainda estavam por perto, e decidi encerrar aquilo de vez.
— Acho melhor a gente ir. Já foi emoção demais por hoje.
Joaquim coçou a nuca, visivelmente sem graça.
— Me desculpa por todo esse rolo, Diogo.
Assenti de imediato.
— Você não tem culpa nenhuma, cara.
Ele se aproximou de Alice e a abraçou de leve, com aquele jeito descontraído dele.
— Foi bom te conhecer, viu? Já percebi que você é uma mulher arretada.
Alice abriu um sorriso genuíno.
— Prazer foi meu, Joaquim.
Thais veio logo em seguida. Primeiro me abraçou com aquele jeito calmo dela, depois se voltou para Alice e a abraçou, demorou um pouco mais, e eu fiquei quieto, observando.
— Eu tô feliz por ele ter encontrado você, Alice. — Thais falou baixinho, mas deu pra ouvir. — Alguém com pulso firme, tão gentil… e linda. Vocês nasceram um pro outro, isso é nítido.
Vi Alice sorrir, meio sem jeito, mas agradecendo. — Obrigada, Thais.
Peguei Alice pela mão e a levei até o carro. Antes de abrir a porta, reparei no braço dela: um arranhão feio, além das marcas discretas no rosto. Senti um aperto no peito e passei os dedos devagar pelo machucado, como se pudesse apagar.
— Não gosto de te ver assim, machucada… — minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.
Alice pegou minha mão e a levou até a bochecha dela, apertando de leve contra a pele quente.
— Ei, olha pra mim. — Ela sorriu daquele jeito que misturava desafio com ternura. — Tá tudo bem, Diogo. Essa não foi a primeira briga da minha vida… e pode apostar que não vai ser a última.
Respirei fundo, sem saber se brigava com ela por falar aquilo com tanta naturalidade ou se ria da sua coragem. No fim, só balancei a cabeça e abri a porta pra ela entrar.
Liguei o carro e seguimos direto pra minha cobertura. E, mesmo tentando me concentrar na estrada, não parava de pensar em como aquela mulher conseguia ser ao mesmo tempo meu maior caos e a minha paz.
***
Acordei com uma sensação diferente. Um arrepio quente percorria minha pele, fazendo-me suspirar ainda de olhos fechados. Quando abri, encontrei Alice deitada de lado, o rosto apoiado na mão e o cotovelo no colchão. O dedo dela passeava lentamente pelo meu peito, descendo até a barriga, como se estivesse desenhando caminhos invisíveis.
Sorri de canto e segurei a mão dela, puxando-a de repente para cima de mim.
— Bom dia, ousada — murmurei, vendo o sorriso lindo que ela me deu antes de colar os lábios nos meus.
— Bom dia — ela respondeu baixinho, e em seguida se esfregou contra mim de propósito.
Um gemido escapou da minha garganta antes que eu pudesse controlar. Suspirei e arqueei uma sobrancelha.
— Ontem à noite não foi intensa o suficiente? Eu jurava que você ia amanhecer… hm… digamos… assada hoje.
Alice sorriu maliciosamente e assentiu.
— Eu estou, acredite. Mal consegui levantar para ir ao banheiro… mas isso não muda o fato de que esfregar em você é deliciosamente irresistível.
Ri, apertando o quadril dela com firmeza e a pressionando contra minha ereção dura feito pedra.
— Então não brinca com isso, Alice… ou eu te tomo aqui e agora, sem piedade.
Ela parou de repente, rindo e soltando o corpo de lado na cama.
— Melhor não… uma pausa é necessária pra eu me recuperar, bilionário.
— Hm, justo. — puxei-a para meus braços, aninhando-a contra mim e beijando o topo de sua cabeça. Fiquei ali, sentindo seu cheiro misturado ao perfume dos lençóis. — Você está com um olhar meio distante… o que foi?
Alice suspirou.
— Tive um pesadelo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...
Gostaria de dizer que plágio é crime. Essa história é minha e não está autorizada a ser respostada aqui. Irei entrar com uma ação, tanto para quem está lançando a história como quem está lendo....
Linda história. Adorando ler...
Muito linda a história Estou gostando muito de ler Só estou esperando desbloquear e liberar os outros que estão faltando pra mim terminar de ler...
Muito boa a história, mas tem alguns capítulos que enrolam o desfecho. Ela já tá ficando repetitiva com o motivo da mágoa...
História maravilhosa. Qual o nome da história do Diogo?...
Não consigo parar de ler, cada capítulo uma emoção....