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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 229

(Diogo)

Levei alguns segundos abraçado a ela, sentindo seu cheiro e tentando fazer minha respiração se acalmar. Alice, como sempre, quebrou a tensão do jeito mais inesperado.

— Tá respirando fundo por quê? — ela falou com aquele tom provocativo. — Tá com medo de eu ir atrás da ruivinha de novo?

Soltei um riso pelo nariz, sem conseguir evitar.

— Medo nenhum, pequena. Só tô tentando me convencer de que você não vai arrumar mais confusão essa noite.

Ela virou o rosto pra me olhar por cima do ombro, com aquele sorrisinho atrevido.

— Ih, então desiste logo. Eu sou uma confusão ambulante, Montenegro.

Balancei a cabeça, rindo baixo, e dei um beijo na lateral do seu pescoço. A ousadia dela sempre me desmontava.

Olhei para Thais e Joaquim, que ainda estavam por perto, e decidi encerrar aquilo de vez.

— Acho melhor a gente ir. Já foi emoção demais por hoje.

Joaquim coçou a nuca, visivelmente sem graça.

— Me desculpa por todo esse rolo, Diogo.

Assenti de imediato.

— Você não tem culpa nenhuma, cara.

Ele se aproximou de Alice e a abraçou de leve, com aquele jeito descontraído dele.

— Foi bom te conhecer, viu? Já percebi que você é uma mulher arretada.

Alice abriu um sorriso genuíno.

— Prazer foi meu, Joaquim.

Thais veio logo em seguida. Primeiro me abraçou com aquele jeito calmo dela, depois se voltou para Alice e a abraçou, demorou um pouco mais, e eu fiquei quieto, observando.

— Eu tô feliz por ele ter encontrado você, Alice. — Thais falou baixinho, mas deu pra ouvir. — Alguém com pulso firme, tão gentil… e linda. Vocês nasceram um pro outro, isso é nítido.

Vi Alice sorrir, meio sem jeito, mas agradecendo. — Obrigada, Thais.

Peguei Alice pela mão e a levei até o carro. Antes de abrir a porta, reparei no braço dela: um arranhão feio, além das marcas discretas no rosto. Senti um aperto no peito e passei os dedos devagar pelo machucado, como se pudesse apagar.

— Não gosto de te ver assim, machucada… — minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.

Alice pegou minha mão e a levou até a bochecha dela, apertando de leve contra a pele quente.

— Ei, olha pra mim. — Ela sorriu daquele jeito que misturava desafio com ternura. — Tá tudo bem, Diogo. Essa não foi a primeira briga da minha vida… e pode apostar que não vai ser a última.

Respirei fundo, sem saber se brigava com ela por falar aquilo com tanta naturalidade ou se ria da sua coragem. No fim, só balancei a cabeça e abri a porta pra ela entrar.

Liguei o carro e seguimos direto pra minha cobertura. E, mesmo tentando me concentrar na estrada, não parava de pensar em como aquela mulher conseguia ser ao mesmo tempo meu maior caos e a minha paz.

***

Acordei com uma sensação diferente. Um arrepio quente percorria minha pele, fazendo-me suspirar ainda de olhos fechados. Quando abri, encontrei Alice deitada de lado, o rosto apoiado na mão e o cotovelo no colchão. O dedo dela passeava lentamente pelo meu peito, descendo até a barriga, como se estivesse desenhando caminhos invisíveis.

Sorri de canto e segurei a mão dela, puxando-a de repente para cima de mim.

— Bom dia, ousada — murmurei, vendo o sorriso lindo que ela me deu antes de colar os lábios nos meus.

— Bom dia — ela respondeu baixinho, e em seguida se esfregou contra mim de propósito.

Um gemido escapou da minha garganta antes que eu pudesse controlar. Suspirei e arqueei uma sobrancelha.

— Ontem à noite não foi intensa o suficiente? Eu jurava que você ia amanhecer… hm… digamos… assada hoje.

Alice sorriu maliciosamente e assentiu.

— Eu estou, acredite. Mal consegui levantar para ir ao banheiro… mas isso não muda o fato de que esfregar em você é deliciosamente irresistível.

Ri, apertando o quadril dela com firmeza e a pressionando contra minha ereção dura feito pedra.

— Então não brinca com isso, Alice… ou eu te tomo aqui e agora, sem piedade.

Ela parou de repente, rindo e soltando o corpo de lado na cama.

— Melhor não… uma pausa é necessária pra eu me recuperar, bilionário.

— Hm, justo. — puxei-a para meus braços, aninhando-a contra mim e beijando o topo de sua cabeça. Fiquei ali, sentindo seu cheiro misturado ao perfume dos lençóis. — Você está com um olhar meio distante… o que foi?

Alice suspirou.

— Tive um pesadelo.

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