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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 290

Fiquei estática com os olhos arregalados, sem acreditar no que ele acabou de me dizer. As palavras não saíram na hora, só senti meus olhos se encherem de lágrimas. Lentamente, acenei concordando e puxei Lucas para um abraço apertado.

— Sim, meu amor… você pode me chamar de mãe — sussurrei, sentindo meu coração explodir de amor.

Ele sorriu, me abraçando de volta e depois falou, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— E você vai casar com o meu pai, né? Você é tão boa… por isso é a mãe do meu coração.

Senti uma emoção profunda e acariciei seus cabelos macios, lutando para segurar as lágrimas.

— Sim, Lucas… eu sou a mãe do seu coração. Vou cuidar de você com todo amor do mundo, te mimar, dar broncas quando precisar… mas sempre amar muito.

Me afastei um pouco e olhei para ele, sorrindo.

— Boa noite, meu filho.

Ele sorriu de volta, deitando e se cobrindo.

— Boa noite, mãe — disse, e eu senti meu peito quase explodir de amor.

Fiquei ali só o observando por um instante, limpando as lágrimas e respirando fundo. Fechei a porta com cuidado, deixando-o descansar.

(Diogo)

Estava sentado na cama mexendo no celular, esperando Alice chegar. O quarto estava silencioso, quando de repente, a porta se abriu e ela entrou correndo, chorando aos prantos. Soluçando ao ponto de mal conseguir controlar sua fala e seu corpo balançava com os impulsos.

Meu coração acelerou.

— Alice! — me levantei rapidamente, jogando o celular no colchão, assustado. — O que aconteceu? Foi o Lucas? O bebê? O que houve?

Ela nem conseguia falar, só soluçava com as mãos cobrindo o rosto. Corri até ela e a segurei com cuidado, guiando-a até a cama.

— Vem, senta aqui comigo — disse, tentando acalmá-la. Peguei o copo de água da mesa de cabeceira e dei a ela.

Ela segurou o copo com mãos trêmulas e tomou alguns goles, limpando as lágrimas e tentou controlar os soluços. Esperei pacientemente, só a observando respirar fundo.

— Agora me diz, Alice… o que foi? — perguntei, com a voz suave, segurando suas mãos.

Ela respirou fundo e, entrecortando as palavras, finalmente conseguiu falar.

— Foi… foi o Lucas… — disse, chorando ainda mais.

Olhei para ela, preocupado, sentindo o coração apertar.

— O que aconteceu com ele?

Ela começou a soluçar de novo e as palavras saíram rápidas, entre lágrimas.

— Ele… ele me perguntou se podia me chamar… de mãe… — disse, engolindo o choro.

Senti uma mistura de alívio e emoção. Sorri suavemente e a puxei para um abraço apertado, envolvendo-a completamente.

— Calma, amor… está tudo bem. Você merece isso, sabia? — murmurei, balançando-a devagar nos meus braços.

Ela se aconchegou mais, ainda soluçando baixinho e comecei a acariciar suas costas, sentindo se acalmar aos poucos.

— Ele me chamou de mãe… foi tão lindo — disse, quase sussurrando, ainda com os olhos marejados.

Segurei o seu rosto com cuidado, limpando as lágrimas com meus polegares, olhando profundamente em seus olhos.

— Alice… você é a mãe dele. Você vai criá-lo, educá-lo, dar amor. Ele sabe disso, e eu também. — Pausei, sentindo meu peito encher de orgulho. — Eu estou tão orgulhoso por ter escolhido a mulher perfeita para ser a mãe do Lucas… e agora do nosso bebê também.

Ela se encolheu em mim, chorando baixinho, e eu a beijei na testa, envolvendo-a de novo no abraço.

— Eu te amo, amor. — disse, sentindo cada batida do coração dela contra o meu.

Ela respirou fundo, ainda com lágrimas escorrendo, mas finalmente parecia mais calma. Eu só fiquei ali, segurando-a firme, beijando sua cabeça, sentindo que tudo estava exatamente onde devia estar.

***

O clima na casa estava uma loucura boa. Alice não parava quieta, andando de um lado para o outro, nervosa e animada ao mesmo tempo. Eu fiquei encarregado de preparar alguns pratos com minha mãe, enquanto Caleb se divertia com Lucas e Bia, e Fernanda ajudava Alice a decorar a varanda e preparar a mesa maior.

Olhei para Alice por um instante e vi como ela brilhava. As luzes piscando na piscina, a decoração no pequeno jardim… tudo estava lindo.

— Olha, Fernanda… ficou incrível! — disse ela, sorrindo.

— Você é muito criativa. — respondeu Fernanda, animada.

A árvore de Natal que montamos com Lucas estava perfeita. A pedido dele, havia presentes embaixo para todo mundo, e minha mãe trouxe mais presentes para as crianças. Alice olhou para o celular por um instante e suspirou.

— Eu vou tomar banho, Fernanda. Você pode se arrumar no quarto de hóspedes, ao lado do de Lucas, tá? — disse ela.

— Pode deixar! — respondeu Fernanda, assentindo. Ela chamou Bia para se arrumar também e saiu.

Alice se aproximou de mim, ainda com o brilho de ansiedade nos olhos.

— Vou tomar um banho, já está quase na hora…

Minha mãe nos observava, sorrindo.

— Você pode ir, filho. Fico olhando aqui.

— Pode ir se arrumar, eu assumo de agora.

Ela assentiu e saiu, indo para o quarto que Fernanda estava.

Nesse momento, ouvimos o som do elevador se abrindo.

— Chegaram! — disse Alice, animada.

Larissa entrou com a família. Gabriel não perdeu tempo e correu até mim.

— Tio Diogo! — ele gritou. — Cadê o Lucas?

Nesse instante, Lucas apareceu correndo do corredor, e Gabriel saiu disparado até ele, empolgado.

— Lucas! Tenho presente pra você! — disse, segurando uma caixa nas mãos.

— Espera, Gabriel — disse Larissa, sorrindo. — Vamos colocar os presentes debaixo da árvore primeiro. Depois a gente abre.

Gabriel fez uma careta de impaciência, mas acabou colocando o presente sob a árvore, sorrindo.

Alice se aproximou de Maria Eduarda, que estava dormindo no bebê conforto, com Alessandro segurando-a com cuidado.

— Olá, você está tão lindinha — ela disse baixinho, olhando para a bebê sorrindo.

— Pode se sentir à vontade e se servirem — disse eu, olhando para todos. — Alice não contratou garçons, ela queria que fosse um evento em família mesmo.

— Gostei da ideia — disse Larissa, sorrindo. — Super descontraído.

Todos começaram a se enturmar, conversando, rindo e o clima estava perfeito. Peguei dois copos e servi um pouco de whisky para mim e Alessandro.

— Aqui, pra gente brindar — disse, erguendo o copo.

— Obrigado, Diogo — disse Alessandro, sorrindo. — Esse clima de família é diferente.

— Então vamos aproveitar — respondi, batendo levemente a minha taça na dele.

Olhei ao redor e vi Alice conversando com Lucas e Bia, rindo com eles. Senti o peito se encher de orgulho e felicidade. Nossa família, misturada, toda reunida… e aquela noite de Natal ainda estava só começando.

O som das portas do elevador se abrindo trouxe a energia de sempre. Julio entrou primeiro, acompanhado de Leandro, e logo vieram me cumprimentar.

— Alice, que saudade! — disse Julio, a abraçando com carinho.

— Julio! Leandro! Quanto tempo! — ela respondeu, sorrindo.

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