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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 110

Logo depois que Bruce saiu, Pamela entrou pela porta com sua presença impactante, perfumada, roupas perfeitamente ajustadas ao corpo, cabelo impecável e batom vermelho vibrante, não podia negar que estava linda e desta vez não quis disfarçar suas intenções com um tailleur mais discreto.

Pamela caminhou até ele, o salto fino estalando no piso, cada passo estudado para chamar atenção.

— John! Por que não me atende? Desde a última vez que estive aqui tentei entrar em contato para desfazer a imagem ruim que deixei... — disse ela, num tom meloso que poderia comover qualquer homem. Mas não a ele.

John permaneceu sentado, fitando-a com um olhar indecifrável. Pamela, sentindo-se encorajada pelo olhar diferente de John, se aproximou e deixou o decote à mostra, revelando boa parte dos seios..

Por um instante, John considerou ceder. Afogar-se naquele corpo, tentar esquecer o vazio. Mas então levantou-se de repente, fazendo Pamela se sobressaltar. Ele a encarou de cima, um sorriso enigmático nos lábios.

— Gostaria de me acompanhar no jantar beneficente desta noite?

Ela arregalou os olhos, surpresa e feliz. Finalmente.

Na cabeça dela, aquilo era uma vitória. Mas na de John, era apenas parte de um novo plano. Se Adam estivesse jogando, ele jogaria melhor.

— Mas é claro. Esperei tanto por um convite seu.

— Ótimo, então se me der licença, tenho muito trabalho. - A voz de John mudou drasticamente, estava gentil e suave.

— Claro, entendo perfeitamente. - Disse ela pegando sua bolsa e antes de sair, eu a volta à mesa e tocou com um dedo no peito de John. — Até a noite.

Enquanto Pamela se afastava com seu andar sensual, John sorriu de lado.

Ele pegou o telefone exclusivo novamente.

— Carlson, hoje à noite irei a um jantar e vou deixar claro para Adam que desisti de procurar por Elizabeth. Mude a estratégia de vigilância.

— Sim, senhor, irei pedir que os homens de campo deixem seus postos por hoje e colocarei outros disfarçados para que ele não perceba que continuamos a segui-lo.

— Ótimo.

John desligou, respirou fundo. Uma onda de esperança de que logo encontraria Elizabeth o invadiu.

Elizabeth

Elizabeth gostava de passear de bicicleta no finalzinho da tarde pelas ruas da cidade serrana até um mirante para contemplar o pôr do sol.

Como ela estava com sua bicicleta, estava usando um conjunto esportivo leve claro com um chapéu de palha amarrado ao queixo. Até assim ela mantinha seu ar gracioso

Porém, naquele dia, desviou seu caminho costumeiro e parou diante de uma pequena livraria de fachada antiga, charmosa, com vitrines repletas de capas coloridas dos mais variados tipos de livros. Estava em busca de novos livros, especialmente algo no setor religioso. Encostou sua bicicleta na parede.

Entrou com passos leves, o sininho da porta tilintando suavemente, lembrando as livrarias de antigamente, o ambiente era nostálgico e acolhedor.

Enquanto se concentrava em escolher alguns livros das prateleiras, não percebeu a presença de um homem que acabara de entrar. Ele caminhava entre os corredores sem real interesse nas estantes, seus olhos estavam mais voltados para ela do que para qualquer publicação.

Elizabeth ignorava completamente que era observada, escolheu dois livros e seguiu até o balcão. Trocou algumas palavras breves com a vendedora, e pagou em dinheiro, agradeceu e saiu com a mesma serenidade com que havia entrado.

Caminhava em direção à sua bicicleta, encostada na parede lateral da loja, quando um grupo de crianças passou correndo e, entre risos e gritinhos, acabou esbarrando na bicicleta, que tombou no chão.

Elizabeth apenas sorriu, observando a alegria descomplicada das crianças.

Quando ia abaixar para pegar a bicicleta, uma voz masculina a abordou com cortesia:

— Permita-me ajudá-la.

O homem da livraria, inclinou-se rapidamente, levantou a bicicleta com cuidado e entregou a ela, mantendo um sorriso educado.

— Obrigada — respondeu Elizabeth, pegando o guidão com naturalidade.

Não o encarou diretamente; lançou apenas um breve olhar, o suficiente para reconhecer seus traços sem demonstrar interesse.

— A culpa foi minha por deixá-la assim, mal encostada.

Colocou os livros na cestinha e sentou-se no selim, preparando-se para partir, sem dar margem para prolongar a conversa.

O homem hesitou por um segundo, como se estivesse prestes a dizer algo mais, mas diante da reserva evidente dela, apenas inclinou levemente a cabeça, mantendo o sorriso.

— Tenha uma boa tarde, senhorita — disse ele, com a voz baixa.

Elizabeth assentiu educadamente.

— Igualmente.

E então, com um leve impulso no pedal, afastou-se pela rua, sem olhar para trás.

Enquanto ela se afastava, o homem a acompanhou com os olhos até que a figura dela se perdesse ao longe, recortada contra o céu dourado. Deu um leve sorriso e seguiu tranquilamente, já tinha conseguido seu objetivo.

— Claro… Mas mande lembranças minhas e de Sara. Afinal, desde que vocês se casaram, ela desapareceu. — Ele pausou, olhando para Pamela com falsa curiosidade. — Não é mesmo, senhorita White?

John percebeu a provocação e apenas sorriu enquanto Pamela não se abalou e apertou o braço de John com falsa intimidade.

— Não se preocupe, senhor Saints. Eu e John somos apenas amigos, não é mesmo, John?

Ele assentiu, sem tirar os olhos de Adam.

— A gente se vê. — disse, afastando-se com Pamela em direção a outra ala do salão para cumprimentar os pais de Adam

Enquanto John se distanciava, Adam permaneceu imóvel, mas seus olhos acompanhavam cada passo dele.

— Ele está me testando. — murmurou para Sara, aproximando-se dela.

— Será que ele sabe? — ela perguntou, preocupada.

Adam soltou um pequeno riso, balançando a cabeça.

— Ainda não. Mas John Walker não se deixa enganar facilmente. Ele está aqui para ter certeza.

— Vamos nos divertir. E ignorá-lo.

Sara sorriu e ergueu a taça para brindar com ele.

Durante o jantar, John manteve o controle absoluto. Falou pouco, bebia moderadamente, mas seus olhos não paravam. Pamela sempre ao seu lado, ele suportou as frivolidades da mulher, mas no fundo desejava que ela sumisse.

Muitos dos presentes querendo manter bom relacionamento com John vinham cumprimentá-lo. Falavam sobre negócios e até Pamela também participava da conversa. Apesar das intenções de John era que Adam pensasse que ele estava com Pamela para os outros a apresentava como representante do Grupo White em negócios em comum.

Ao final da noite, quando a maior parte dos convidados já havia se despedido, John voltou a se aproximar de Adam.

— Senhor Saints. — disse John, com um meio sorriso frio. — Um belo evento.

Adam sorriu de volta, mas com os olhos divertidos, sabia que ele o estava provocando.

— Fico feliz que tenha apreciado, senhor Walker. — Ele inclinou a cabeça, mas seus olhos brilhavam com diversão. — Espero vê-lo em breve… Quem sabe, acompanhado de sua esposa da próxima vez.

John sustentou o olhar com um brilho desafiador. Apenas assentiu e se virou para ir embora acompanhado de Pamela

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