Elizabeth
Elizabeth saiu cedo para ir à igreja. Na volta, passou pelo restaurante, onde havia marcado uma reunião com o arquiteto, George Brown, sobre os detalhes finais do restaurante.
Após acertarem os últimos detalhes, Elizabeth sorriu satisfeita.
— Acredito que ficará incrível.
Após se despedir do arquiteto, e dar orientações para Bryan, Elizabeth seguiu até o mercado. Queria comprar alguns ingredientes, tinha em mente testar uma nova receita que vinha elaborando há dias.
Comprou ingredientes frescos que provavelmente acrescentariam mais sabor à sua nova receita. Saiu do mercado com a sacola cheia e foi caminhando até em casa.
Ao chegar no pequeno e bem cuidado jardim de onde morava, a senhora Philips estava cuidando de umas flores quando a viu.
— Bom dia, Elizabeth.
— Bom dia, senhora Philips. Como via a senhora?
— Muito bem querida. Você está diferente hoje, parece mais radiante.
A senhora Philips lembrava dos primeiros dias que Elizabeth mudou para o apartamento de cima. Ela quase não falava e não saia de casa, a jovem parecia triste e trazia sofrimento no semblante e vê-la agora.
— Acabei de passar pelo restaurante e está ficando incrível, faltando só os detalhes finais e a entrega de alguns utensílios.
— Que bom querida. Fico feliz por você. Receita nova? — Perguntou ao ver a sacola que ela trazia.
— Sim. Estou testando uma receita e ainda não consegui o sabor e textura certo.
— Tenho certeza que ficará maravilhoso como sempre.
Elizabeth sorriu e após se despedir da senhora Philips subiu as escadas de seu apartamento.
John
As reuniões de diretoria, antes temidas por todos os executivos devido à pressão e cobranças constantes, haviam se transformado em encontros rápidos e objetivos, focados apenas na apresentação de resultados.
John Walker, o presidente exigente que nunca parecia satisfeito e sempre demandava mais, agora apenas ouvia em silêncio, aprovava relatórios com um aceno e encerrava a reunião.
Quando Bruce entrou na sala de reunião com um semblante ansioso, John encerrou a reunião imediatamente.
- Acabamos por hora. - Disse ele e levantando, saiu apressado.
O grupo de diretores ficaram surpresos, eles estavam no meio de uma discussão sobre a nova estratégia para ganhar mais mercado amplificado.
John irrompeu seu escritório visivelmente apreensivo.
— Nós o pegamos! — anunciou Bruce, com um sorriso de triunfo. — O senhor Saints finalmente nos deu uma boa pista.
— O que aconteceu? — perguntou John, os olhos tomados pela ansiedade.
— O senhor Saints assinou um contrato de locação de um restaurante numa pequena cidade turística nas montanhas — revelou Bruce, quase eufórico, coisa rara em seu comportamento contido.
— Um restaurante...? — John franziu o cenho, lembrando-se de uma conversa antiga com Elizabeth, quando ela confidenciou que queria ter o próprio restaurante.
— Por que um médico investiria em um restaurante numa cidade pequena? — questionou Bruce, insinuando a óbvia ligação com Elizabeth.
— Aquele desgraçado... — John murmurou, já ligando os pontos. — Ele está ajudando Elizabeth a abrir um restaurante. E não é no litoral. Ele realmente nos desviou do foco.
— O contrato foi registrado ontem às quinze horas e quatro minutos. Acreditamos que ele e a noiva usavam uma tática para despistar nossos homens: chegavam ao hospital e saíam pouco depois em outro carro. Devem ter feito isso durante todo o tempo.
John soltou uma risada abafada, balançando a cabeça, incrédulo.
— Saints... tenho que admitir, você foi muito esperto.
Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro, energizado pela descoberta.
— Você tem algum compromisso nos próximos dias?
Deus o abençoe,
Adeus, Elizabeth
John recostou a cabeça no encosto da cadeira e fechou os olhos como que querendo memorizar cada palavra.
— Elizabeth... finalmente vou te encontrar. Espero que me perdoe... e volte pra mim.
*****
Bruce
Bruce irrompeu na sala de Inteligência, com expressão séria.
— Bom trabalho, senhor Carlson — cumprimentou, apertando firmemente a mão do homem de meia-idade, que liderava aquela equipe há anos.
— Obrigado. Quais são as novas ordens? — perguntou Carlson.
— Envie uma equipe imediatamente para a cidade. Vocês ficarão hospedados em um hotel da região. Amanhã pela manhã, eu e o senhor Walker estaremos lá. Quero um relatório completo de tudo que conseguirem assim que chegarmos. Informações, movimentos, qualquer coisa.
— Sim, senhor. Providenciarei agora mesmo. — Carlson confirmou.
Bruce assentiu brevemente e saiu apressado. Havia tarefas pela frente e cada segundo era precioso.
Assim que a porta se fechou, Carlson virou-se para sua equipe, batendo palmas para chamar a atenção. Sua voz, firme e cheia de autoridade, ecoou pelo ambiente.
— Atenção, pessoal! Esqueçam qualquer plano para hoje. Ninguém vai pra casa. Avisem esposas, namoradas, mães, filhos, cachorro, papagaio, quem for! Nossa missão é montar uma base de monitoramento em um hotel na região serrana. Quero que parte da equipe esteja pronta em uma hora.
Ninguém respondeu. Apenas trocaram olhares rápidos e determinados. O som das cadeiras sendo arrastadas. Cada um entrou em ação imediatamente, avisando suas famílias enquanto organizavam equipamentos, carregavam maletas, ajustavam e testavam sistemas.
Todos sabiam que quando uma ordem vinha direto do presidente da corporação, não era uma missão qualquer, principalmente porque envolvia a esposa do presidente.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...