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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 126

Elizabeth

Elizabeth saiu cedo para ir à igreja. Na volta, passou pelo restaurante, onde havia marcado uma reunião com o arquiteto, George Brown, sobre os detalhes finais do restaurante.

Após acertarem os últimos detalhes, Elizabeth sorriu satisfeita.

— Acredito que ficará incrível.

Após se despedir do arquiteto, e dar orientações para Bryan, Elizabeth seguiu até o mercado. Queria comprar alguns ingredientes, tinha em mente testar uma nova receita que vinha elaborando há dias.

Comprou ingredientes frescos que provavelmente acrescentariam mais sabor à sua nova receita. Saiu do mercado com a sacola cheia e foi caminhando até em casa.

Ao chegar no pequeno e bem cuidado jardim de onde morava, a senhora Philips estava cuidando de umas flores quando a viu.

— Bom dia, Elizabeth.

— Bom dia, senhora Philips. Como via a senhora?

— Muito bem querida. Você está diferente hoje, parece mais radiante.

A senhora Philips lembrava dos primeiros dias que Elizabeth mudou para o apartamento de cima. Ela quase não falava e não saia de casa, a jovem parecia triste e trazia sofrimento no semblante e vê-la agora.

— Acabei de passar pelo restaurante e está ficando incrível, faltando só os detalhes finais e a entrega de alguns utensílios.

— Que bom querida. Fico feliz por você. Receita nova? — Perguntou ao ver a sacola que ela trazia.

— Sim. Estou testando uma receita e ainda não consegui o sabor e textura certo.

— Tenho certeza que ficará maravilhoso como sempre.

Elizabeth sorriu e após se despedir da senhora Philips subiu as escadas de seu apartamento.

John

As reuniões de diretoria, antes temidas por todos os executivos devido à pressão e cobranças constantes, haviam se transformado em encontros rápidos e objetivos, focados apenas na apresentação de resultados.

John Walker, o presidente exigente que nunca parecia satisfeito e sempre demandava mais, agora apenas ouvia em silêncio, aprovava relatórios com um aceno e encerrava a reunião.

Quando Bruce entrou na sala de reunião com um semblante ansioso, John encerrou a reunião imediatamente.

- Acabamos por hora. - Disse ele e levantando, saiu apressado.

O grupo de diretores ficaram surpresos, eles estavam no meio de uma discussão sobre a nova estratégia para ganhar mais mercado amplificado.

John irrompeu seu escritório visivelmente apreensivo.

— Nós o pegamos! — anunciou Bruce, com um sorriso de triunfo. — O senhor Saints finalmente nos deu uma boa pista.

— O que aconteceu? — perguntou John, os olhos tomados pela ansiedade.

— O senhor Saints assinou um contrato de locação de um restaurante numa pequena cidade turística nas montanhas — revelou Bruce, quase eufórico, coisa rara em seu comportamento contido.

— Um restaurante...? — John franziu o cenho, lembrando-se de uma conversa antiga com Elizabeth, quando ela confidenciou que queria ter o próprio restaurante.

— Por que um médico investiria em um restaurante numa cidade pequena? — questionou Bruce, insinuando a óbvia ligação com Elizabeth.

— Aquele desgraçado... — John murmurou, já ligando os pontos. — Ele está ajudando Elizabeth a abrir um restaurante. E não é no litoral. Ele realmente nos desviou do foco.

— O contrato foi registrado ontem às quinze horas e quatro minutos. Acreditamos que ele e a noiva usavam uma tática para despistar nossos homens: chegavam ao hospital e saíam pouco depois em outro carro. Devem ter feito isso durante todo o tempo.

John soltou uma risada abafada, balançando a cabeça, incrédulo.

— Saints... tenho que admitir, você foi muito esperto.

Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro, energizado pela descoberta.

— Você tem algum compromisso nos próximos dias?

Deus o abençoe,

Adeus, Elizabeth

John recostou a cabeça no encosto da cadeira e fechou os olhos como que querendo memorizar cada palavra.

— Elizabeth... finalmente vou te encontrar. Espero que me perdoe... e volte pra mim.

*****

Bruce

Bruce irrompeu na sala de Inteligência, com expressão séria.

— Bom trabalho, senhor Carlson — cumprimentou, apertando firmemente a mão do homem de meia-idade, que liderava aquela equipe há anos.

— Obrigado. Quais são as novas ordens? — perguntou Carlson.

— Envie uma equipe imediatamente para a cidade. Vocês ficarão hospedados em um hotel da região. Amanhã pela manhã, eu e o senhor Walker estaremos lá. Quero um relatório completo de tudo que conseguirem assim que chegarmos. Informações, movimentos, qualquer coisa.

— Sim, senhor. Providenciarei agora mesmo. — Carlson confirmou.

Bruce assentiu brevemente e saiu apressado. Havia tarefas pela frente e cada segundo era precioso.

Assim que a porta se fechou, Carlson virou-se para sua equipe, batendo palmas para chamar a atenção. Sua voz, firme e cheia de autoridade, ecoou pelo ambiente.

— Atenção, pessoal! Esqueçam qualquer plano para hoje. Ninguém vai pra casa. Avisem esposas, namoradas, mães, filhos, cachorro, papagaio, quem for! Nossa missão é montar uma base de monitoramento em um hotel na região serrana. Quero que parte da equipe esteja pronta em uma hora.

Ninguém respondeu. Apenas trocaram olhares rápidos e determinados. O som das cadeiras sendo arrastadas. Cada um entrou em ação imediatamente, avisando suas famílias enquanto organizavam equipamentos, carregavam maletas, ajustavam e testavam sistemas.

Todos sabiam que quando uma ordem vinha direto do presidente da corporação, não era uma missão qualquer, principalmente porque envolvia a esposa do presidente.

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