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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 187

Pamela

Ao receber a confirmação que seu horário no salão havia sido confirmado, Pamela deu um sorriso gélido ao se olhar no espelho. Pegou sua bolsa e saiu do quarto indo até seu esposo que lia jornal tranquilo na sala de estar.

A noite anterior havia sido um sucesso. Uma foto dele com Pamela ao lado de John com Elizabeth ressalta a importância da parceria entre os grupos Walker e Hamilton. A matéria encomendada não menciona o incidente do passado.

Ao ouvir o salto de Pamela se aproximando ele levantou o olhar.

— Vai sair?

Ela levantou as mãos com um olhar chateado.

— Quebrei as unhas. Preciso ir ao salão para consertar.

Sebastian deu um suspiro.

— Tudo bem. — Disse ele e voltou a ler seu jornal.

Pamela deu um leve sorriso.

Assim que chegou ao salão foi levada até a sala de antes. Não demorou muito Kate apareceu com um sorriso.

— Hoje iremos atendê-la na sala privada. É só seguir por aquela porta e depois do corredor a primeira à direita.

Pamela olhou para onde ela apontou e foi em direção a porta, assim que passou pela porta se viu num corredor de serviço, foi na direção que Kate havia indicado e abriu uma porta, dentro dela um homem de aparência desleixada o aguardava, assim que ela a viu se levantou.

— David Graham!?

— Senhora Hamilton, quer falar sobre John Walker? — disse, a voz rouca, carregada de sarcasmo.

— Exato. Sou alguém que pode lhe devolver uma parte da vida que ele tirou de você.

Os dois se sentaram na sala simples com uma mesa e duas cadeiras.

— Não tenho muito tempo. — Disse ela

David inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos nos braços da cadeira.

— O que você quer de mim e o que ganho?

— John Walker também arruinou os meus planos. — Pamela encarou-o fixamente. — Ele me humilhou, me reduziu a um papel que não aceito. Você quer vingança. Eu também, além de vingança, uma boa quantidade de dinheiro para recomeçar onde quiser.

David riu sem humor, um som áspero.

— Só a vingança já está bom tamanho, o resto é só um acréscimo. E qual é o seu plano? Matar John?

— Meu objetivo é Elizabeth, quero acabar com aquela mulher. E o John é todo seu.

David a olhou sério e seus olhos continham um ódio facilmente perceptível.

— Eu quero fazer o John sofrer até os últimos dias de sua vida, mas Walker é intocável. Você sabe disso.

— Ninguém é intocável. — Pamela abriu a bolsa e retirou uma pasta fina com documentos. — Tenho informações que podem abrir brechas. Dinheiro, contatos não é problema… e a frieza que você precisa para agir sem deixar rastros.

Os olhos de David brilharam com algo entre curiosidade e desejo de vingança.

— Se está falando sério, está prestes a entrar em um caminho sem volta.

Pamela inclinou-se, aproximando-se dele.

— Eu já entrei nesse caminho há muito tempo. Só preciso de um aliado à altura.

Um silêncio pesado se instalou. Então, David estendeu a mão trêmula, mas firme.

— Então, senhora Hamilton… parece que temos um acordo e tenho um plano que acho que vai satisfazer a nós dois.

Pamela sorriu, fria e triunfante.

*****

Residência dos Walkers

A manhã começou com risos cristalinos. Mary e os gêmeos, Luke e Luize, corriam pela casa em verdadeira algazarra, perseguindo Emily, que balbuciava palavras desconexas enquanto se equilibrava nos passinhos ainda vacilantes. Elizabeth, com um sorriso sereno mas atento, observava de perto ao lado das babás. Anthony surgiu logo depois, impecável em seu uniforme, com a mesma postura séria que lembrava o pai.

Era a correria matinal, rotina de todos os dias, mas que enchia a mansão de vida. Após as crianças partirem para a escola e John sair para o trabalho, Elizabeth também se preparava para sua visita semanal ao restaurante nas montanhas, hábito que mantinha para supervisionar de perto os negócios.

Foi nesse momento que Lily se aproximou. O tom de voz dela parecia quase infantil, dócil, carregado de uma melancolia ensaiada.

— Senhora Walker?

Elizabeth se virou, ajeitando um colar delicado no pescoço.

— Sim, Lily. Aconteceu alguma coisa?

Lily abaixou os olhos, mordendo o lábio inferior com aparente constrangimento.

— Será que eu poderia visitar minha tia? — disse, a voz embargada. — Ela sofreu um AVC e… está muito mal. Talvez não viva muito tempo.

A súplica foi calculada, mas o tom choroso enterneceu Elizabeth, que se aproximou sem hesitar, envolvendo as mãos frias da babá nas suas.

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