John
No escritório, John revisava os últimos relatórios da parceria entre o Grupo Walker e o Grupo White enquanto aguardava o representante do Grupo White.
A parceria que estavam prestes a finalizar seria um marco na área de logística, pois integraria Inteligência Artificial a todo o processo de distribuição, transporte e gestão de estoque. Com isso, ambos os grupos ampliariam suas áreas de atuação e diminuiriam custos operacionais drasticamente.
Seria um avanço não apenas para os negócios, mas para todo o setor no país e no futuro, mundial. John estava completamente absorto em seu trabalho e isso evitava pensar no caos de sua vida particular.
Dois toques suaves na porta interromperam sua concentração. Anne abriu a porta com discrição.
— Senhor, a representante do Grupo White chegou.
John ergueu a sobrancelha ao notar o artigo usado por Anne: “a” representante.
— Pode mandar entrar. - Disse já desconfiando de quem seria.
Pouco depois Pamela White entrou no escritório exibindo a segurança de uma empresária bem-sucedida. Vestia um tailleur bege elegante, cabelos presos num coque impecável, maquiagem neutra, postura ereta.
“Então ela está de volta.” Por um instante, John quase duvidou que fosse a mesma mulher que vira tantas vezes em festas, sempre exageradamente sensual e fútil, uma verdadeira herdeira mimada de um magnata..
— Bom dia, John — disse ela com uma voz propositalmente suave tentando adotar um ar mais sério mas o andar que misturava firmeza e sedução, seu ponto forte.
“Foi o que eu pensei”, refletiu John, observando-a com um sorriso frio. A roupa não faz a pessoa.
— Bom dia — respondeu, levantando-se como mandava o protocolo ao receber um parceiro de negócios.
Estendeu a mão para cumprimentá-la de maneira profissional, mas, para sua surpresa, Pamela contornou a mesa e o abraçou com intimidade, pousando a mão em seu peito de forma a demonstrar que eram íntimos. John, instintivamente, afastou-se, desconfortável com a ousadia de Pamela, principalmente na frente de sua secretária.
Anne, que permanecia à porta aguardando ordens, ficou visivelmente constrangida. Geralmente, seu chefe perguntava se a visita queria algo ou já lhe pedia café e água. Mas aquela cena a deixou sem ação por alguns segundos. Afinal seu chefe era um homem casado e aquela mulher deveria saber.
Pamela, no entanto, parecia absolutamente à vontade com um leve sorriso nos lábios, desta vez em tom nude.
— Quer beber alguma coisa? — perguntou John, retomando o tom profissional ao se afastar dela.
— Pode ser um café — respondeu ela, voltando-se para sentar à frente John. Cruzou as pernas lentamente e ajeitou a saia sem pressa, enquanto o observava com olhos que tentavam ler cada detalhe de sua expressão.
John voltou a se sentar, o semblante impassível.
— Anne, traga dois cafés e água. — Sua voz era fria e firme.
— Sim, senhor — disse ela, desviando o olhar e saindo rapidamente para disfarçar o constrangimento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
Olá, quero deixar aqui meus sinceros parabéns por essa linda história, eu amei. Que Deus abençoe vc e toda a sua família...
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...