Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 20

Após sairmos do shopping, Joaquim nos buscou e fez uma mini tour em alguns pontos turísticos da capital.

Passamos praticamente o dia fora. Quando chegamos na fazenda, já iam dar sete da noite, como era fim de semana, Denise não ficaria por lá, então cheguei na casa e encontrei tudo escuro, saí acendendo todas as luzes até chegar em meu quarto, pus Noah na cama e comecei a preparar seu banho.

Após dar banho, mamadeira, e o ninar para dormir, tomei meu banho, já ia dar mais de meia-noite, estava com fome e fui para a cozinha preparar algo para comer. Levei a babá eletrônica comigo, assim fazia as coisas de olho no Noah, fiquei preparando uma sopa na cozinha, minha fome era tanta, que um lanchinho apenas não resolveria. Eu estava comendo muito mal ultimamente, devia já ter perdido uns 5 quilos, enquanto cozinhava, pensei em tudo que Denise me falou.

Toda a conversa vinha em minha mente, eu que não tinha relação alguma com a história estava tão chateada, imagina como estaria o coração do Oliver, ao ser enganado dentro de sua própria casa.

Falando nele, não havia sinais que estava na casa, então me senti confortável por está só, mas aí, veio na mente o que Denise falou.

— Acho que ele tentou, contra a própria vida.

Na mesma hora, um calafrio subiu pela minha espinha, a casa estava quieta demais, nem Saulo parecia está por ali, e ainda mais, quando cheguei, estava tudo escuro.

— Será que ele tentou fazer alguma besteira contra a vida outra vez?

Meu Deus! Meus pensamentos ficaram me perturbando, a sopa estava cozinhando no fogão, e algo me dizia para ir atrás do Oliver, talvez ele estivesse caído no escritório, ou no quarto, talvez ele bebeu demais e teve uma overdose. Entrei em pânico, na mesma hora saí pelo corredor atrás do dono da casa, a porta de seu quarto estava fechada e não parecia ter luz acesa, fui até o escritório e encontrei a porta entreaberta, havia luz lá dentro, me encostei na porta e espiei um pouco, ele não estava na sua mesa, coloquei mais a minha cabeça para dentro, vi as duas poltronas e ele também não estava, coloquei um pouco mais meu corpo para a frente, talvez ele tivesse caído no chão ao lado da poltrona, nada dele. Quando dei um passo para entrar, levei um grande susto, ele apareceu atrás de mim.

— Você estava espionando meu escritório? — Falou sério.

Meu coração ainda estava superando o mini infarto que tive.

— Não... Não senhor, é que. — Gaguejei mais do que o esperado, esse homem tinha mania de aparecer sem ser visto, e sua abordagem era totalmente sombria.

— O que faz aqui? Responde! — Disse sem paciência.

— Vim devolver o cartão que me deu mais cedo. — Lembrei do bendito cartão na hora.

— Hum... — Me olhou desconfiado, abriu totalmente a porta do escritório e entrou, sentou-se em sua mesa e esperou que eu entrasse também. — E o que você comprou para ele?

— Ah, senhor, não comprei nada. — Comecei a falar. — Eu até vi alguns brinquedinhos, mas ele é muito pequeno ainda para usar algum deles.

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