Resumo de 20 – Capítulo essencial de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira
O capítulo 20 é um dos momentos mais intensos da obra Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, escrita por Célia Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
O homem da ponte tinha a mesma estatura de Oliver, e sua voz também se pareceu a dele, eu não posso acreditar, não mesmo, isso não seria verdade, não podia ser ele, de modo algum! Como não o reconheci no primeiro dia? Talvez por está cheia de medo e enfrentando meus próprios problemas, não pude focar em sua verdadeira identidade, ainda mais depois da notícia da morte do outro homem, acreditei fielmente que se tratava da mesma pessoa, que coincidência estranha.
Lembrei do que Denise disse.
— Ele tentou tirar a própria vida, mas na hora algo aconteceu e o fez pensar melhor voltando para casa.
Seria possível o homem da ponte e Oliver serem a mesma pessoa? Mas será que ele também não havia me reconhecido no outro dia?
A interrogação da minha cabeça durou a Madrugada toda, eu não dormi nem um segundo, pela manhã, me lembrei de algo. O homem daquela noite tinha um carro esportivo vermelho, que tinha um cavalo como símbolo, e lembrei também que, quando cheguei a primeira vez aqui, vi que na garagem tinha um carro coberto com uma capa preta, iria até à garagem e tiraria a capa do carro, o olharia, aí sim, confirmaria minha suspeita.
Eram 5 da manhã, quando desci para a garagem, ainda estava escuro, a névoa pairava lá fora, parecia até cena de filme de terror, Noah havia acabado de dormir outra vez, fui com muito cuidado e silêncio também, não queria que Oliver visse o que iria fazer. Entrei na garagem e logo vi o carro que Joaquim dirigia, ao lado, num canto, estava o outro carro coberto, já fui em direção a ele, quando a voz de Oliver estrondou no ambiente.
— O que está fazendo aqui? — O mini infarto veio na hora, Oliver era profissional em testar a força e utilidade do meu coração.
Esse homem parecia está em todo o lugar.
— Ah, bom dia, senhor, eu vim... — Pensei numa desculpa rápida. — Vim ver se uma coisa que comprei ontem, caiu por aqui no chão, ou até mesmo dentro do carro.
— Que coisa?
Esse homem também não dava uma trégua, fazia com que colocasse minha imaginação para funcionar 100 quilômetros por hora, e inventar uma mentira atrás da outra, já estava me incomodando muito, eu não era assim, a Aurora verdadeira não era desse jeito, não tinha segredos ou escondia algo, tentava ser o mais transparente possível.
— Ah, um brinco. — Continuei. — Fui olhar minhas sacolas, e não o achei, talvez tenha caído no interior do carro, ou aqui na garagem quando desci.
Oliver me olhava desconfiado, mas mesmo assim acreditou na minha história.
— O carro está trancado, espera que abro para você olhar.
Ele abriu a porta, e comecei a fazer minha cena de procurar por algo que nunca acharia, já que nem brinco havia comprado, porque nem as orelhas furadas eu tinha. Olhei em todos os cantos do carro, após alguns minutos, mostrei minha melhor cara de frustração.
— Não está aqui, provavelmente eu o tenha esquecido na loja. — Fiz uma cara triste.
Não era fácil mentir toda hora, Oliver estava a todos os momentos me sondando, eu realmente não queria isso, mas estava tão curiosa para descobrir a verdade, que quase soltei minha dúvida para ele.
— Estou indo para a capital agora, se quiser aproveitar a carona, se arrume rápido e assim você os busca.
— Ah, não precisa, era um brinco simplesinho, bijuteria, sabe? — Tirei meu corpo fora.
A história do brinco já estava rendendo demais.
— Foi tão baratinho, que nem vale a pena ir atrás.
— Hum! Então volta para dentro da casa, está muito frio aqui fora.
Eu já ia saindo e voltando para o quarto, Oliver entrou no carro e fechou a porta, dando partida. Eu poderia esperar que ele saísse e voltaria a espionar, para tirar minhas dúvidas, mas algo me tocou, para que perguntasse a ele mesmo diretamente. Bati no vidro do carro e ele o desceu, me encarando e esperando que falasse algo.
— Senhor Oliver.
Sei que estava sendo muito impertinente, mas seria sincera dessa vez, acho que o Oliver já ouviu muitas mentiras ultimamente, eu falaria a verdade, de agora para frente, por mais que minha vida estivesse de cabeça para baixo, não queria perder minha essência, nunca!
— O que foi? — Respondeu impaciente.
— Eu não vim aqui procurar brinco nenhum. — Ele continuou me olhando sério — Na verdade, eu vim para tirar uma dúvida que está no meu pensamento, e que gostaria muito de tirar. — Desligou as chaves e parou para prestar a atenção no que eu iria falar. — Que cor é aquele carro que está coberto ali?
Eu ainda estava em estado de choque, acabei literalmente salvando a vida de um homem, que na frente seria meu patrão, a pessoa que querendo ou não, me acolheu quando precisei, um sorriso tímido surgiu dos meus lábios, estava feliz em saber que Oliver era o homem da ponte, eu sabia dos seus motivos para não querer mais a vida, e não o julgava.
Mas que bom que ele não chegou a fazer tal ato, ainda tinha muito para viver pela frente, e tinha um filho para cuidar, apesar de não se aproximar do Noah no momento, não deixava nada faltar para ele, era só questão de tempo para as coisas se organizarem em sua cabeça, para que eles criassem vínculos.
— Estou feliz em saber que está bem, desde que cheguei aqui, não parava de pensar no que tinha acontecido com você, me preocupava de verdade, quando li aquela notícia, pensei que tinha interferido na vida de um monstro, mas não! Você é uma boa pessoa, com um lindo filho que precisa muito de você. — sorri meu sorriso mais sincero.
Ele arregalou os olhos, parecendo filtrar tudo o que acabara de ouvir, talvez não achasse que era isso que eu iria dizer, então percebendo que ainda me segurava, soltou meu braço e continuou mudo.
Cobri de novo o carro.
— Estou entrando.
Virei as costas e ia saindo da garagem, Oliver entrou no carro dando partida.
Me lembrei de fazer mais uma pergunta.
— Oliver! — Me olhou assustado. — Você sabia quem eu era quando cheguei aqui?
— Você é bem lerdinha mesmo em? Eu sabia que era você, desde que te vi deitada nua no feno.
Sua cara de chacota havia voltado, logo subiu o vidro do carro e acelerou saindo do meu campo de visão, e eu fiquei ali, com a cara o chão, ele me viu pelada?
Entrei na casa morrendo de vergonha alheia, como eu olharia em seus olhos outra vez?
Tomei um café com torradas, enquanto olhava Noah pela babá eletrônica, quando fui lavar meu copo, vi um pote no escorredor, igual ao que guardei o restante da sopa na noite passada, então me lembrei de tirá-la da geladeira e deixar descongelar do lado de fora, para a minha surpresa, ele não estava mais lá, então percebi que o pote no escorredor era o mesmo usado por mim. Oliver havia comido a sopa que eu havia guardado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Os capítulos 73. 74 estão faltando ai ñ da para compreender e ficamos perdidas...
Alguém tem esse livro em PDF ?...
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...