Resumo de 46 – Capítulo essencial de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira
O capítulo 46 é um dos momentos mais intensos da obra Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, escrita por Célia Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
O dia do julgamento havia chegado, eu estava bem melhor, e os roxos já estavam mais claros em minha pele, mas não haviam desaparecido ainda, estava feliz que Oliver e Saulo cuidaram tanto desse caso, que fez o julgamento acontecer tão rápido.
— Que tal uma maquiagem no rosto?
— Nem pensar, Denise, quero que todos vejam o que aquele sem escrúpulos fez comigo.
— Sua mãe te procurou de novo?
— Não, não tive mais notícias dela.
— Você está tensa?
— Um pouco, mas estou confiante que Sandro pegue uma boa pena, estou apenas preocupada com o destino de minha irmã.
— Se sua mãe não quiser a responsabilidade de cuidar dela, você pede a guarda.
— Como eu queria isso Denise, mas aonde vou criá-la, se moro no meu emprego e cuido de Noah em tempo integral.
— O senhor Oliver não faria questão disso, tenho absoluta certeza.
— Já chega das suas ideias absurdas, Denise, eu já causei problemas demais, não colocaria mais um para a conta do Oliver.
— Não estou te dando ideias de problemas, estou dando a solução!
Denise saiu rindo do quarto, achando que o que ela falara tinha total sentido, mas as coisas eram mais difíceis do que parecia, eu não podia depender do Oliver para resolver todos os meus problemas.
— Está pronta?
A voz grossa e imponente de Oliver ecoou pelo quatro, ele estava impecavelmente perfeito num terno preto, eu não havia visto-o pelos restos dos últimos dias, ele andava numa correria entre reuniões, sobre a feira agropecuária e também estava com Saulo ajudando-o a colher depoimentos para o julgamento.
— Estou sim!
Se aproximou de mim, ficando tão perto que me envolveu com aquele perfume delicioso.
— Está nervosa?
— Um pouco.
— Não se preocupa, vou está lá com você, e você não precisará se preocupar com nada, apenas contar a verdade.
— Farei isso. — Oliver passou a mão pelos meus cabelos, que estavam soltos.
— Você fica linda com o cabelo assim, me faz lembrar aquele dia que estava correndo na praia. — Fiquei toda sem graça e não sabia o que responder. — Quando o julgamento acabar, quero te levar num lugar legal para comer, que tal?
— Você está sendo tão bom para mim, que te negar algo seria ingratidão.
A feição de Oliver logo mudou, ele tirou a mão dos meus cabelos e se afastou.
— Com licença, o Saulo está esperando vocês no carro.
Denise apareceu com Noah no colo, Oliver deu um beijo nele e saiu do quarto, não falou mais nada.
— Aconteceu alguma coisa? — Denise perguntou.
— Não por quê?
Um sentimento de alívio se apossou de mim, Sandro nunca mais tentaria algo contra mim ou contra qualquer outra mulher, as meninas que ele havia molestado antes, passarão por apoios psicológicos e receberão uma indenização, que será paga com a venda de todos seus imóveis, divididos entre elas e uma pensão para minha irmã até completar 18 anos.
Após sairmos da sala, Oliver conversava com Saulo e alguns homens, eu estava sentada e vi minha mãe de longe, por mais que havia acontecido tudo aquilo, ainda sentia pena dela, agora ela estava sozinha com minha irmã, sem emprego, sem casa, seria muito difícil para ela recomeçar, então um sentimento se apossou de mim, eu queria ajudá-la a se encontrar de novo, então fui em direção a ela para conversarmos.
— Mãe! — Chamei sua atenção, seu semblante era pálido e perdido.
— Aurora. — Respondeu assustada. — Viu o que você fez?
— Mãe, ele que fez que isso acontecesse, o único culpado é ele por seguir este caminho.
— O que será de mim agora? Você não entende, que nem casa para morar eu tenho?
— Mãe, deixa eu te ajudar, eu posso tentar arrumar uma casa para você e Alice, também posso tentar te arrumar um emprego na fazenda.
— Você acha que vou ficar esfregando chão, ou trabalhando no sol para alguém? Acha mesmo que quero voltar para a vida miserável que eu tinha, igual quando seu pai morreu?
— Poderei ver com meu patrão, um serviço para a senhora.
— Patrão? Que patrão? Você não trabalha Aurora, você é prostituta de homem rico!
Dizem que, quando você estiver disposto a ajudar alguém, deverá estar preparado para receber a ingratidão.
Ouvir as palavras saírem da boca da minha mãe me doeram, então percebi, que tudo que eu podia e sonhava fazer por ela, já havia sido feito, nunca mais deixaria ela me machucar com suas palavras.
— Mãe, a partir de hoje, eu corto meu vínculo com a senhora, tudo que eu sempre quis, foi te dar uma vida digna, mas a senhora escolheu outro lado para viver, não permitirei que me insulte ou calunie outra vez, adeus mãe!
Virei as costas e sai em direção a porta do fórum, estava triste, não pela minha mãe, mas agora por saber que eu não veria mais a minha irmãzinha, infelizmente o destino estava sendo cruel comigo, desde o dia que meu pai foi embora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Os capítulos 73. 74 estão faltando ai ñ da para compreender e ficamos perdidas...
Alguém tem esse livro em PDF ?...
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...