— Preso? Como assim?
— Recebemos uma denúncia e temos aqui um mandado de prisão. Por favor, não resista, o senhor tem o direito de ficar calado, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal.
Os policiais iam algemando o Oliver.
— Não precisa disso, eu vou acompanhar vocês. Aurora, ligue para o Saulo imediatamente e diga que estou indo para a delegacia da capital.
— Sim, Oliver. — Respondi mais que depressa, pegando meu celular.
— Tudo bem, por favor, entre no carro, senhor Oliver.
— Eu já disse que irei acompanhá-los, mas irei dirigindo meu carro.
— O senhor não pode fazer isso!
— Ah, é? Quem de vocês vai me impedir? Quem tentar tocar em mim levará um processo tão grande, que ficarão até sem a roupa do corpo!
Os policiais se entreolharam, mas nenhum teve coragem de tocar no Oliver, ele pegou seu casaco e as chaves do carro.
— Não se preocupe, eu vou resolver isso e logo volto para você.
— Oliver, por favor, se cuide e me mantenha informada.
Então ele saiu em seu carro e os policiais saíram o escoltando, liguei para Saulo imediatamente.
— Alô!
— Saulo é a Aurora, por favor, vá para a delegacia da capital, Oliver acabou de ser preso.
— É o quê? Como assim?
— Os policiais vieram aqui e falaram que receberam uma denúncia da Liana, ela disse que o Oliver a agrediu e tentou matá-la, vá imediatamente!
— Que mulherzinha safada. Tudo bem, irei imediatamente.
— Por favor, qualquer coisa me avise.
Lúcia estava tão desesperada quanto eu.
— Como ela fez uma acusação horrível e mentirosa quanto essa? Oliver nunca levantou a mão para ela, ou para mulher alguma! — Estava indignada.
— Eu não entendo, Lúcia, o que ela está tentando fazer? Que cobra! Estou com tanta raiva. Estou quase indo lá quebrar a cara dela de verdade!
— Não faz isso filha, acalme-se. Essa situação será resolvida, o Saulo com certeza ajudará o senhor Oliver a resolver esse mal-entendido.
— Ai, Lúcia, como é horrível ficar de mãos atadas.
— Vamos, sente-se, termine de comer, logo receberemos notícias.
— Comer como? Não passa nada nessa minha garganta, a única coisa que estou com vontade nesse momento é de ir até à fazenda e esganar aquela mulher.
— Você não é assim, Aurora. Estamos do lado certo, se fizermos isso, é o mesmo de dar pano para a manga, ela irá querer se passar por vítima.
— Eu sabia que essa mulher aparecendo aqui não era coisa boa, essa bruxa, mentiu desde o começo.
Ficamos sentadas por um tempo, esperando alguma novidade. Meu telefone tocou e vi se tratar de Denise.
— Denise, onde você está?
— Aurora, me escuta, tira o Noah daí agora, a Liana está indo aí com um oficial de justiça e quer pegar o bebê.
— O quê?
— Ela acabou de sair daqui, por favor, seja rápida.
Desliguei o telefone imediatamente e falei para Lúcia.
— Vamos levá-lo para minha casa.
— Esse é um assunto entre seu patrão e a noiva.
— Ela não é noiva do Oliver! — falei num tom mais alterado.
O oficial ia falar algo mais, entretanto, Liana levantou sua mão, como sinal para ele ficar em silêncio.
— Então você é a Aurora… — Me olhou de cima a baixo. — Não fomos apresentadas pessoalmente. — Estendeu sua mão, que deixei no vácuo. Ela fingiu constrangimento e se recompôs. — Fico muito feliz em saber que você cuidou tão bem do meu filho em minha ausência.
Eu estava com tanta raiva, pelo cinismo dessa mulher, que estava quase a pular em seu pescoço. Eu queria fazê-la pagar por todas as coisas que fez a Oliver desde o início, até o momento.
— Cuidei do Noah, a pedido do Oliver, o qual é um ótimo pai e não mede esforço em nada pelo filho.
— Aurora, eu creio que você talvez tenha algum tipo de problema comigo, por coisas que as pessoas falaram, não por me conhecer. Se você soubesse o que passei e sofri nesse tempo longe do meu filho, jamais me julgaria.
— Eu não acredito em uma só palavra que sai da sua boca, então poupe-as.
— Fui sequestrada no dia do parto, fui levada para longe do meu filho, e agora que volto, Oliver esconde o menino de mim, sem ter o direito de conhecê-lo. Se você se colocasse no meu lugar, estaria do meu lado. Sou uma mãe que não tem o direito de tocar no filho, de beijar, abraçar, pôr para dormir. Sofro todos os segundos longe dele, Oliver não tem o direito de deixá-lo longe de mim, eu sou a mãe do Noah!
— Liana, já te disse para poupar suas palavras, seu papel de mãe injustiçada não cola comigo, fala logo a verdade, sobre o que você quer do Oliver, o que seria mais correto a ser resolvido, pois o Noah só sai daqui, por cima do meu cadáver.
— Quero o meu filho!
— Você não está aqui pelo menino, pois se fosse, teria um modo correto de correr atrás dos seus direitos e não precisaria inventar falsas acusações contra Oliver. Fale logo o que você quer realmente!
— Senhor oficial. — Falou, olhando para o homem ao seu lado. — Pode nos dar um minuto para nos falarmos a sós? É uma conversa entre mulheres, por favor, não me leve a mal.
Tudo bem, senhorita Liana, estarei no carro caso precise de algo.
— Obrigada!
O oficial entrou no carro e começou a mexer no celular, logo, Liana se voltou para mim, com um sorriso diabólico.
— Aurora, você quer saber realmente o que quero? Então vamos lá.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda
Os capítulos 73. 74 estão faltando ai ñ da para compreender e ficamos perdidas...
Alguém tem esse livro em PDF ?...
Do capítulo 70 em diante não se entende mais nada, pulou a história lá pra frente… um fiasco de edição!!!...
A partir do capítulo 10, vira uma bagunça, duplicaram a numeração dos capítulos, para entender é preciso ler apenas os lançados em outubro de 2023, capítulo 37 está faltando, a rolagem automática não funciona, então fica bem difícil a leitura! Uma revisão antes de publicar não faria mal viu!!!...
Nossa tudo em pe nem cabeça, tufo misturado, não acaba estórias e mistura com outro, meu Deus...
Lindo demais...