Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 93

— Eu não estou acreditando! — Falava, enquanto era abraçada fortemente pelos braços de quem tive tanta saudade. Dos meus olhos, escorriam lágrimas e notei que ele começou a chorar também. — Estava com tanta saudade de você.

— Não mais do que eu. — Respondeu me soltando do abraço, e me olhou nos olhos.

— Você está bem? Cadê o Noah, como ele está?

— Ele está bem, está no hotel com a Denise e o Saulo, não se preocupe.

— Você está com alguém no carro?

— Não, eu vim sozinho.

— Por favor, entre!

Estava com medo de que a bruxa da Liana tenha o seguido.

Após passarmos pelo corredor, ele se sentou na cadeira da sala, eu estava tão nervosa, que não sabia o que falar ou fazer.

— Quer tomar alguma coisa? — Perguntei tímida.

— Estou bem, obrigado.

— Vou vestir uma blusa e já volto.

— Não, por favor, fica assim. Você está tão linda desse jeito!

— Alguém te viu vindo para cá? O Noah está seguro no hotel? — Perguntei preocupada.

— Avisei ao Saulo que viria, por que está preocupada, Aurora?

— Preciso te contar algo, tenho medo que a Liana descubra.

— Xiu… — Pôs a mão na minha boca, tapando para que eu parasse de falar. — Liana está morta, ela não vai mais te perturbar.

— Morta! Como assim? — Me assustei com a resposta.

— É uma longa história, mas, por favor, não vamos falar dela agora. Aurora, já descobri o motivo que fez você desaparecer da fazenda.

— Sinto tanto Oliver, eu me senti tão mal quando tive que deixar vocês.

— Eu não consegui imaginar o que havia acontecido, se eu soubesse dessas coisas, jamais te deixaria sofrer sozinha.

— Eu quis falar, eu juro que quis, mas ela ameaçou sumir com o Noah, antes que você saísse da prisão, ela fez tanta pressão que acabaria com você, eu não pude te deixar atrás das grades, sabendo que podia fazer algo para impedir, eu contava que, você estando livre, poderia lutar contra ela.

— Ei, eu não te julgo, eu faria o mesmo por você, mesmo que isso custasse a minha felicidade.

— E me custou, você não imagina o quanto sofri, ficando longe de todos, eu me senti tão vulnerável sem poder fazer ou falar nada. — Chorava.

— Por que não me procurou de outro jeito?

— Porque eu tinha medo, fui covarde, eu confesso. — Fiquei sem jeito, mas deveria falar a verdade.

— Você não foi covarde, o que você fez foi sinal de uma pessoa muito corajosa.

Oliver levantou-se da cadeira onde estava e ajoelhou-se perto de mim, ficando na mesma altura que eu, sentada. Ele tocou no meu rosto. Como estava com saudade disso.

— Há uns meses, eu voltei para a fazenda e procurei por você. Uma funcionária que eu não conheço me contou que você e Liana haviam saído de férias.

— O quê? — Falou surpreso.

— Ela disse que você e a esposa haviam saído de férias com o Noah.

— Minha nossa, eu não acredito nisso. Tem uma menina nova trabalhando lá, ela pensava que eu e Liana éramos casados, só depois da víbora falecer que ela veio saber da nossa real situação.

— O motivo de ter ido há alguns meses na fazenda, foi para te falar pessoalmente.

— O quê? Por favor, fala o que estou desejando muito ouvir.

— Tem dois menininhos aqui, que estão muito felizes, em ouvir a voz do papai pela primeira vez.

— Sério? Sério mesmo? — Oliver sorria, em meio as lágrimas de emoção.

Então, ele pôs a mão em minha barriga e começou a acariciá-la.

— Dois meninos, meu Deus, o Noah vai ficar tão feliz. — Beijou minha barriga.

— E você, ficou feliz?

— Eu? Pelos céus, Aurora, minha vontade é de gritar para o mundo inteiro que sou o homem mais feliz do mundo, por encontrar você!

Após conversarmos bastante, Oliver começou a notar minha casa.

— Bem que o Saulo falou que você sabia se virar, hein?

— Você está zombando da minha residência? — Brinquei.

— Não, claro que não! Estou te parabenizando, por conseguir tudo isso, em tão pouco tempo.

— Vem ver as coisas que comprei para nossos anjinhos.

Puxei Oliver para meu quarto, onde já estava montado o berço e uma cômoda onde havia guardado as roupinhas do bebê. Eu havia desenhado dois ursinhos na parede.

Oliver sentou-se na minha cama, enquanto observava tudo que eu ia tirando da gaveta, algumas roupinhas que havia ganhado, outras que fiz questão de comprar, como a saída maternidade. Seus olhos brilhavam, então falou carinhosamente.

— Se com toda a dificuldade financeira você está sendo tão caprichosa, mal posso esperar para ver como vai ficar o quarto deles na fazenda. Arruma suas coisas, dona barriguda, eu vou te levar comigo!

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