Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 98

Resumo de Epílogo: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo do capítulo Epílogo do livro Caminho Traçado - Uma babá na fazenda de Célia Oliveira

Descubra os acontecimentos mais importantes de Epílogo, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Caminho Traçado - Uma babá na fazenda. Com a escrita envolvente de Célia Oliveira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Após 20 dias, estávamos dentro do avião, indo de volta para a fazenda, Noah já estava bem, após o retorno com o Tácio, ele havia retirado o protetor que estava nos olhos, e estava muito empolgado no colo do Saulo, o que me deixou um pouco preocupada sobre Denise, já que pensei que eles estariam juntos na fazenda, mas não, apenas ela havia voltado.

Os meninos estavam com todos os exames e vacinas em dia, Gael havia nascido primeiro, ele era bem dorminhoco, enquanto Henri, vivia de olhos bem abertos e atento a tudo, Noah que ficava com carinha de que não entendia nada, só encarava os meninos e ficava querendo pegá-los.

Ao chegarmos na fazenda, senti um misto de emoções, eu estava morrendo de saudades daquele lugar, saí de lá uma pessoa, e voltei outra totalmente diferente.

Abri a porta e meu coração chegou a errar as batidas, Alice estava na sala de casa com Isa e Denise.

— Rora! — Ao me ver, ela correu em minha direção, mas parou no meio do caminho, andando bem devagarzinho e começou a falar. — A Isa falou que eu não posso pular no seu colo, porque você está com a barriga colada.

Todos na sala caíram na risada.

— Alice, meu amor. — Abracei minha irmãzinha, enquanto Denise pegava o Henri do meu colo. — Não acredito que esteja aqui. — Meus olhos começavam a encher de lágrimas.

— A mamãe deixou eu vir Rora, e advinha só, eu vou morar com você agora! — Disse animada.

— O quê? Como assim?

Olhei para Oliver e Saulo que se entreolharam.

— Depois a gente fala sobre isso, eu queria te fazer uma surpresa, ela veio com a Denise antes.

— É, só que logo abriu o berreiro e estranhou o lugar, e então tivemos que chamar sua amiga, que ela já conhecia e tinha costume para acalmá-la. — Denise já soltou o verbo, se referindo a Isa.

— Como você está Rora? — Isa se aproximou me abraçando e depois puxou minha orelha. — Se você não estivesse de resguardo, eu te bateria, só por saber de tudo que passou sozinha, sem me falar nada!

— Você estava ocupada demais com a faculdade, não poderia te atrapalhar.

— A faculdade nunca foi mais importante que a nossa amizade, dona Aurora.

— Meninas, vamos deixar essa conversa para depois? — Denise falou cortando a DR entre as amigas. — Aurora, seu quarto está pronto, vá descansar que nós cuidaremos dos meninos, você ainda não pode ficar muito tempo em pé, além disso, depois de uma viagem cansativa dessas, todos terão muito tempo para colocar as conversas em dia.

— Meu Deus, que mundo é esse em que eu resolvo concordar com a Denise pela primeira vez? — Oliver sorriu dizendo.

Notava-se no ar, a aura leve em que ele estava, toda aquela energia de cansaço e revolta saíram de seu redor, e no seu rosto, havia uma expressão leve, parecia que agora realmente ele havia deixado tudo que passou para trás.

— Eu vou acompanhar a minha mulher até o quarto e vou cuidar dela, qualquer coisa me chamem, e Denise, me avise quando as babás que me indicou chegarem para a entrevista.

— Nada de furar o resguardo viu? Já há muitas crianças por aqui! — Saulo dizia enquanto o casal ia andando pelo corredor.

E dava para se ouvir as risadinhas de todos que ficavam na sala.

— As babás? — Falei enquanto a gente andava pelo corredor.

— Qual o motivo da surpresa? Acha que a gente vai dar conta dessa criançada sozinhos? Chamei quatro para a entrevista. — Riu beijando minha bochecha.

— Quatro? — Ainda estava surpresa.

— O Noah, a Alice e os gêmeos, eu ainda acho pouco, porque temos que ver a noite e fins de semana, não quero que fiquemos tão sobrecarregados, elas não vão criar nossos filhos, elas nos ajudarão no que precisarmos.

— Eu entendi, mas eu quero está na hora da entrevista também, tudo bem? Preciso saber a que tipo de pessoa eu confiarei os meus filhos.

— Acho que não está só preocupada com os filhos... — Oliver sorriu descaradamente.

— Você é muito convencido, sabia? E quer saber de mais uma coisa? Se depois de tudo que passamos, você querer jogar tudo para o alto, entrando numa cilada de me trair, sinto muito em te dizer, que quem vai perder é você!

— Vamos cortar essa conversa por aqui! — Falou sério entrando no quarto. — Não quero que esses absurdos de conversas tenham algum rendimento, eu sou louco por você, e eu sei que eu seria o homem mais estúpido do mundo, se fizesse algo para te magoar, além disso, eu tenho meus filhos, e quero que todos cresçam tendo um exemplo de pai e homem para se espelharem, e a Alice também, que eu já considero como se fosse minha filha, quero que ela tenha uma boa lembrança de uma figura paterna, para quando ela crescer e querer se relacionar com alguém, tenha uma boa referência do que merece, um homem bom, que cuide, proteja e principalmente, a respeite em todas as suas escolhas, que ela tenha consciência de não aceitar menos que isso!

— Ainda não consigo acreditar, que conseguiu convencer minha mãe de deixar ela ficar comigo.

— Aurora... — Oliver ficou em silêncio e caminhou comigo até a cama. — Eu preciso te falar algo. — Ele continuava sério.

— O que houve? — Perguntei preocupada.

— Olha, me escuta com atenção, tudo bem? — Nos sentamos e ele me olhou nos olhos segurando a minha mão. — A sua mãe procurou o Saulo, e fez uma proposta para ele.

— O quê? Como assim, o que ela falou? — Fiquei irritada logo na primeira frase.

— Escuta primeiro, e depois eu te respondo tudo que quiser, tudo bem?

— Sim, vai fala, o que ela propôs?

— Eu pensei muito em ocultar esse assunto e deixar essa conversa apenas entre Saulo, sua mãe e eu, mas eu sou uma pessoa que odeia mentiras, então não acho certo a gente esconder algo um do outro, sua mãe pediu uma quantia em dinheiro para o Saulo, em troca de assinar todos os papéis passando a guarda da Alice para você, eu sei que tomar essa atitude sem a sua permissão foi muito errada, mas no momento, eu só pensei em você e nela, ela é uma criança que merece viver com uma boa qualidade de vida, e não falo em relação a bens materiais, e sim, em relação ao emocional e psicológico, ela merece crescer ao lado de quem a ama e sempre cuidou dela desde o primeiro dia de vida, e é você essa pessoa. Eu aceitei fazer tudo isso, pensando que aqui, ela, com os meninos, possam crescer saudáveis e longe de toda a maldade e passado ruim, que apesar de novos já passaram.

— Oliver, eu não posso dizer que não estou feliz com o que me disse, mas me preocupa saber que fez tudo isso sem conhecer do que minha mãe é capaz, ela pode retroceder, ou pedir mais dinheiro para você.

— Saulo já tratou de tudo, isso não pode acontecer, porque a lei está do nosso lado agora, Alice é nossa por direito, e sua mãe assinou todos os papéis, passando toda a responsabilidade para a gente.

— Eu não sei o que dizer, são tantas informações simultaneamente.

— Temos todo tempo do mundo para conversarmos, mas agora, quero que tome banho e descanse, você ainda está de resguardo e precisa repousar.

— Oliver... — Olhei nos seus olhos. — Me ajuda a tomar banho? — Logo um sorriso malicioso apareceu em seus lábios. — Não se atreva a pensar besteira, homem, você sabe que eu preciso descansar.

— Eu te ajudo meu amor, e não estou pensando besteiras, só estou feliz em saber que posso ser útil para esfregar suas costas.

Riu, enquanto me ajudava a tirar a roupa, eu estava feliz demais em estar de volta a fazenda, meu coração dizia que ali era o meu lar, e que estava rodeada de pessoas que amava. Eu tinha tudo o que sonhava em ter na vida.

Eu jamais reclamaria do caminho traçado para mim, e que mesmo estando totalmente louca, em sair andando sozinha numa estrada desconhecida, agradeço por cruzar meu destino, com aquele homem na ponte.

[...]

Três anos depois.

Após o casamento de Aurora e Oliver, que aconteceu dois meses depois que os gêmeos nasceram, aquela mansão ficou movimentada, afinal, uma família enorme morava ali agora.

Dentro do quarto, Aurora vestia sua roupa, havia acabado de sair do banheiro, após tomar um banho relaxante, enquanto as crianças estavam na sala brincando. Agora, em frente ao espelho, tentava vestir, um vestido que Oliver havia lhe presenteado em seu aniversário de 21 anos, mas por ter um zíper atrás, as coisas ficavam difíceis.

Hoje eles sairiam sozinhos para jantar fora, e dormiriam na capital. Aurora amava os filhos, mas, sabia que havia que tirar mais tempo para ficar com o marido. Logo a porta do quarto foi aberta, e Oliver entrou.

— Amor, você viu o Noah por aí? — Perguntou, procurando o menininho tagarela de quatro anos.

— Não o vi não, acabei de sair do banho, ele não está lá na sala com as outras crianças não?

— Não, Alice disse que ele veio em direção ao nosso quarto.

— Ele deve está aprontando alguma coisa por aí, será que não foi para o quarto dele de novo? Depois que você comprou seus materiais escolares, toda hora, ele abre aquela bolsa para mexer.

— Já olhei, ele deve está se escondendo de novo, me fazendo de besta para procurá-lo.

— Me ajuda com zíper aqui, que iremos procurar aquele toquinho de gente juntos.

Oliver se aproximou das costas da mulher.

— Como você está cheirosa. — Disse cheirando seu pescoço e sussurrando em seu ouvido. — Está ouvindo isso? — Perguntou beijando seu pescoço.

— Eu não ouço nada. — Afirmou.

— Isso mesmo, olha só o silêncio, que tal aproveitamos que estão todos lá em baixo? — Disse descendo o vestido da esposa. — Ah Aurora, se você soubesse o que quero fazer com você hoje. — Deu um tapa na bunda da esposa, e lhe jogou na cama, subindo em cima dela imediatamente.

— Sai de cima da minha mamãe!

— Como é esta história mesmo em?

A voz de Saulo ecoou pela sala, ele acabava de entrar e ouviu o que o menininho acabara de falar.

— Tio Saulo, que bom que chegou. — Noah abraçou o pescoço do tio. — O senhor também brinca de subir em cima da tia Denise na cama?

Todos os adultos ali ficaram constrangidos.

— Meu Deus, o que essa criança andou vendo por aqui mesmo em? — Fazia cara de indignado. — Vocês não trancam a porta do quarto não?

— É uma longa história, Saulo não dá corda. — Oliver se explicava.

— Noah, meu lindinho, vamos tomar um copo de leite quente? — Lúcia apaziguou a situação.

Noah acompanhou Lúcia até a cozinha.

— Vim buscar a princesa Alice.

— Eu já estou pronta, tio.

Alice estava com a bolsa do lado, ela dormiria na casa de Denise, já que as duas se davam muito bem.

— Papai Oliver, posso levar o Salaminho? — Alice perguntou em relação ao seu coelhinho de estimação, que havia ganhado do Oliver duas semanas atrás.

— Só se prometer não deixá-lo fugir, e nem roer os móveis da casa do tio Saulo. Alice se acostumou a chamar o Oliver de pai, nunca a questionaram, quanto a Aurora, ela continuava a chamar de Rora.

Como não ficou sabendo do que Sandro aprontou, ela amava o pai.

Falando no demônio, três meses após ter seus filhos, Aurora recebeu a notícia da morte de Sandro na prisão. Ele havia sido transferido para uma outra penitenciária, quando souberam de sua ficha, os detentos não deram mole, no primeiro banho de sol ele dançou.

Não iria dizer que Aurora ficou feliz com a morte de alguém, mas estava aliviada.

Sua mãe nunca mais apareceu, Aurora não teve notícias de seus rastros.

Ano passado também, Túlio foi preso, ele foi condenado por tentar desviar dinheiro de uma empresa que estava trabalhando, com as buscas que fizeram em sua casa e em seu computador, descobriram os desvios que fez na fazenda São Caetano, Oliver conseguiu recuperar uma boa quantia de volta.

— Bem, crianças, nós vamos indo.

Oliver e Aurora se despediram dos filhos.

No caminho para a capital, Oliver resolveu parar na ponte em que se conheceram. Desceu do carro junto a ela, os dois andavam de mãos dadas pelo acostamento, olhando para a água que corria forte lá em baixo.

— Um dia eu resolvi tomar uma atitude muito errada contra a minha vida, e vim aqui tentar acabar com ela, mas, acabei encontrando uma outra pessoa, que fazia algo muito errado também, caminhava sozinha numa estrada desconhecida a noite. — Abraçou Aurora. — A junção de duas pessoas irresponsáveis, fez com que elas se reencontrassem dentro de si de novo, me arrependo amargamente em pensar que tentei fazer algo contra mim, não pensando que o amanhã poderia ser diferente, mas, sou feliz por ter te encontrado.

O céu estava sem estrelas, só a lua iluminava aquele ambiente, refletindo sua luz sobre a água, o tempo estava um pouco frio, mas o casal que estava sobre a ponte queimava.

Seus corações estavam ligados mutuamente, o que os fazia ficar imunes ao clima externo, havia paz naqueles dois.

— Eu morro de medo quando penso no risco que corri, e me arrependo da minha falta de responsabilidade, mas quando me lembro que foi você, quem eu encontrei, meu coração descansa.

— Eu te amo tanto Aurora, que meu coração chega a doer, não queria outra pessoa no mundo se não fosse você, hoje consigo entender realmente o que significa a palavra amor, hoje eu consigo sentir o que essa palavra transmite.

Os dois se beijaram ali, num beijo cheio de ternura e afeto, como se fosse a primeira vez, o contato de seus lábios, selavam o amor recíproco que sentiam um pelo outro.

Quem passava por aquela ponte, sabia da história de amor que se iniciou ali, dois perdidos, que se encontraram no caminho que o destino traçou.

Um beijo, com amor @euceliaoliveira_

Conheça minhas outras histórias.😘

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