Laura Stevens –
Mesmo com todo aquele caos, ainda estávamos em clima de festa, por termos conseguido chegar a algum lugar com o nosso plano. E para comemorarmos, decidimos as três, fazermos um jantar especial, mas não tinha nada nos armários de casa.
Decidimos então, irmos ao mercado.
Elas me vestiram de forma disfarçada para que eu não chamasse atenção, mantendo minhas roupas pretas e o boné e então, fomos dar uma volta com Nathan.
Fomos ao mercado no centro da cidade, que ficava dentro do shopping; Amanda gostava muito de ir nesse lugar.
Eu ajeitei a bolsa no ombro enquanto observava Amanda empurrar o carrinho com as compras pelos corredores do mercado. Sophie, como sempre, comentava alto sobre as frutas mais frescas, enquanto meu pequeno sorria, empolgado com o brinquedo novo que elas tinham acabado de lhe dar.
— Mamãe, olha! — Nathan chamou, segurando o bonequinho nas mãos, girando-o no ar como se voasse.
Sorri, balançando a cabeça.
— Só não corre muito, filho.
Mas era tarde demais. Lá foi Nathan, com o boneco voando na frente, correndo pelo corredor como se estivesse em uma missão importante.
Me distraí por alguns segundos, escolhendo algumas maçãs na banca. Quando de repente ouvi o choro alto e desesperado de Nathan.
— Ai!
Meu coração gelou.
Larguei o que estava nas mãos e virei em direção ao som, vendo meu pequeno sendo segurado com força por uma mulher mais velha, com um olhar cruel no rosto.
Nathan tentava se soltar, mas sem chances.
— Não te ensinaram a olhar por onde anda, moleque? — Disse a mulher mais velha, sacudindo o braço do meu filho.
Ao lado dela, estava uma mulher grávida. Ela acariciava a barriga com arrogância, olhando para Nathan com desprezo.
— Mãe, cuidado... Se essa praga encosta em mim de novo, posso perder o herdeiro legítimo do maior grupo empresarial dessa cidade.
O sangue subiu inteiro à minha cabeça. Primeiro por estarem maltratando o meu filho e segundo, porque eu as reconheceria em qualquer lugar. Era Linda e Solange, sua mãe.
— Soltem o meu filho agora! — Gritei dando um tapa no braço de Solange a fazendo dar um passo para trás, assustada.
— O moleque deveria aprender a não esbarrar em qualquer um. A mãe dele não o deu educação? — Ela disse, estalando a língua, cheia de arrogância, apontando o dedo para o meu filho. —Ajoelhe e peça desculpas para a minha filha!
Nathan se soltou e correu para os meus braços, se agarrando em mim mostrando-se completamente assustado.
Eu então o agarrei e afanei seus cabelos.
— Querido... — falei, olhando para ele com doçura, mas alto o suficiente para que elas ouvissem. — Deveria tomar mais cuidado por onde anda. Não saia por aí esbarrando em qualquer coisa.
Os olhos de Solange se arregalaram levemente, mas ela manteve o tom superior.
— Veja como fala, garota. Está me chamando de qualquer coisa? — Ela deu um passo para frente, com o dedo em riste, apontado para o meu rosto.
— Estou. — Sorri de canto, ainda acariciando Nathan.


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