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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 154

Laura Müller -

Eu voltava para o quarto de Christian quando algo me chamou a atenção no corredor.

Uma enfermeira passou apressada, com os saltos tilintando contra o piso de porcelanato branco. Algo nela não parecia certo. A postura tensa, o olhar esquivo… Como se estivesse fugindo de alguma coisa.

Franzi o cenho, parando no meio do caminho. Ela saiu da sala de medicação. Em seguida, outra enfermeira apareceu, empurrando uma bandeja de metal com medicamentos organizados em seringas e frascos.

Segui seus passos sem hesitar, minha intuição gritando dentro de mim.

Ela entrou no quarto de Christian sem sequer bater na porta. E assim que eu atravessei a entrada, a vi preste a aplicar algo na veia de Christian.

— NÃO! — Gritei correndo até lá.

Em um impulso, alcancei a bandeja e a derrubei no chão. Todos no quarto me olharam surpresos e então eu a ameacei.

— Você não vai aplicar nada nele! — cuspi as palavras, apontando para a enfermeira.

Mark deu um passo à frente, mantendo os olhos afiados sobre mim.

— Laura, o que está acontecendo?

A enfermeira se encolheu, com as mãos tremendo.

— Senhora, eu só estou fazendo o meu trabalho…

— O que exatamente você ia injetar no meu marido?! — Falei com firmeza.

A porta se abriu novamente e outras enfermeiras entraram apressadas.

Uma delas usava um uniforme diferente, a identificação indicava que era a responsável pelo turno. Ela olhou para o chão, depois para mim e para Christian, claramente confusa com a confusão.

— O que está acontecendo aqui?

Mark cruzou os braços, analisando a situação em silêncio, enquanto Christian me olhava com as sobrancelhas franzidas.

A enfermeira responsável pegou a ficha de Christian e examinou o que estava prescrito.

— É apenas um antibiótico, senhora. Algo necessário para evitar uma infecção.

Christian desviou o olhar para mim, agora visivelmente desconfiado.

Mas eu não recuei.

Balancei a cabeça em negação, sentindo um frio na espinha. Algo estava errado.

— Amor, você não vai tomar isso.

— Laura… — Ele me chamou, com o tom baixo, mas carregado de tensão.

A enfermeira-chefe me encarou cruzando os braços.

— Nosso dever é garantir que o senhor Müller não desenvolva uma infecção generalizada depois do que passou. Se sua esposa não permitir que ele receba o medicamento, teremos que chamar a segurança.

— Laura… o que você acha que está acontecendo aqui? – Perguntou Christian, confuso.

Eu respirei fundo, sentindo meu estômago revirar.

— Eu não sei… Mas alguma coisa me diz que essa injeção não é só um antibiótico.

A enfermeira-chefe pareceu hesitar, mas se manteve firme.

— Senhor Müller, se recusar o medicamento pode colocar sua vida em risco.

— Então eu só tomo quando tiver certeza do que estão tentando injetar em mim.

O silêncio no quarto era pesado.

A enfermeira mordeu o lábio, claramente contrariada, mas não insistiu.

— Senhor, é apenas um antibiótico — ela insistiu, erguendo a ficha como se aquilo fosse o bastante para me convencer. — Está prescrito aqui.

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