Cristian Müller -
A raiva fervia dentro de mim enquanto saía da sala, mas antes que eu pudesse ir embora, a médica veio atrás de mim.
— Senhor Müller! — ela me chamou, apressada.
Parei, respirando fundo para conter minha irritação, e me virei para ela.
— Trate Ivy adequadamente. Quero que façam tudo o que for necessário para garantir que nada aconteça a ela nem ao meu filho — ordenei, com firmeza a vendo assentir.
E sem perder mais tempo, saí pisando firme pelo hospital. Assim que cheguei ao estacionamento, peguei o telefone e liguei para um dos meus seguranças.
— Quero que façam uma varredura na casa. Procurem a governanta.
Do outro lado da linha, houve um breve silêncio antes da resposta:
— Senhor, ela saiu logo após vocês esta manhã, ela levava consigo algumas malas.
Cerrei os dentes. Eu já imaginava que havia algo errado, mas agora a certeza me atingia com força.
— Descubram para onde ela foi. Agora! — rosnei antes de encerrar a ligação.
Sem perder tempo, dirigi direto para casa. Assim que cheguei, os seguranças já estavam me esperando na entrada, posicionados um ao lado do outro.
—Senhor Müller! - Disseram em uníssono, se curvando levemente.
Eu então os olhei e travei o maxilar.
— Quero as filmagens de toda a casa nos últimos dias. Quero ver cada rastro de quem esteve aqui. E por favor, não deixem nada passar despercebido!
—Sim senhor! - Responderam todos.
Enquanto eles se organizavam para recuperar as gravações, entrei na casa com um único objetivo: encontrar as vitaminas que Ivy tomou hoje de manhã.
Vasculhei armários, prateleiras, cada canto da cozinha, mas não encontrei nada. Meu coração acelerava, a raiva queimava dentro de mim. Algo estava muito errado.
Fui até o quarto da governanta e revirei tudo. Gavetas, armários. Nada.
Saí da casa determinado e fui até as latas de lixo. Se ela tentou esconder algo, era ali que eu encontraria.
Joguei os sacos no chão e comecei a abrir um por um. No terceiro, finalmente encontrei o que procurava.
Os frascos estavam enrolados em uma peça de roupa. Meu estômago revirou ao ver aquilo.
Peguei os frascos, desembrulhei e vi os comprimidos ainda dentro. Meu maxilar se travou.
Ela tentou matar meu filho.
Enrolei os frascos novamente e os levei comigo.
Dirigi até o escritório de Mark sem pensar duas vezes. Assim que entrei, joguei os frascos sobre a mesa dele.
— Preciso de um mandado para analisar essas substâncias — falei com a minha voz carregada de fúria.
Mark arqueou as sobrancelhas, surpreso e fechou o computador, me olhando e encarando também os frascos sobre a mesa.
— O que diabos está acontecendo, Christian?

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