O toque suave do colchão contra o meu corpo me trouxe de volta à realidade. Pisquei algumas vezes, meus olhos se ajustando à penumbra do quarto, até que minha visão capturou a silhueta de Christian bem perto de mim.
Ele estava se afastando, mas ainda tão próximo que eu podia sentir o calor que emanava dele.
Sem pensar, estendi a mão e segurei a dele o fazendo parar e se virar para me olhar.
— Onde você vai? — minha voz saiu baixa, quase um sussurro.
Christian me olhou por um instante antes de responder, mostrando sua voz rouca pelo cansaço.
— Preciso de um banho. Foi um dia longo e eu preciso relaxar.
Ele se inclinou e minha respiração vacilou quando seus lábios tocaram minha testa com um beijo calmo e firme.
— Descansa também — ele murmurou contra minha pele antes de se afastar.
Assenti devagar, observando-o se erguer e caminhar para fora do quarto. Meu olhar o acompanhou até a porta se fechar, e então suspirei, sentindo o cansaço pesar sobre mim novamente. Mas o sono não veio de imediato.
Na verdade, ele parecia ter se esvaído de mim junto ao meu juízo.
Meu corpo parecia inquieto, como se uma energia invisível me impulsionasse a me mover sem descanso.
Primeiro, fui até a cozinha e bebi um copo d’água, na esperança de que o líquido frio acalmasse o turbilhão dentro de mim. Depois, vaguei pela sala, observando a escuridão silenciosa ao meu redor. Mas nada ajudava.
Minha respiração estava pesada, minha cabeça girava em um conflito interno querendo com desespero apenas uma coisa. E eu sabia bem o que era. Ou melhor, quem era.
Christian.
Voltei para o quarto e tentei me convencer a deitar, mas não consegui. Minhas mãos tocaram a maçaneta da porta, e meu coração disparou. Eu sabia exatamente para onde queria ir.
Mas hesitei.
Soltei o ar lentamente e me afastei, caminhando pelos corredores na tentativa de escapar de mim mesma. No entanto, quando dei por mim, já estava de volta ao mesmo lugar: em frente à porta dele.
Pensei em ir embora de novo, mas antes que pudesse me mover, a porta se abriu de repente e uma mão firme segurou a minha antes que eu pudesse reagir.
Assim que levantei o olhar, encontrei Christian me encarando com um meio sorriso de canto.
— Você estava prestes a fazer um buraco no chão — ele disse, sua voz baixa e carregada de algo que me fez prender a respiração.
Ficamos assim por alguns segundos, apenas nos olhando. Eu queria responder, mas minha garganta estava seca.
Então, ele quebrou o silêncio...
— O que há de errado? – Perguntou Christian me vendo soltar o ar dos meus pulmões com firmeza hesitando e ele percebeu.
Sem tirar os olhos dos meus, Christian se afastou um pouco e abriu a porta por completo, me dando passagem.
— Se passar por essa porta, as coisas serão do meu jeito, pequena. — Ele avisou, deixando sua voz sair firme e carregada de significado.

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