Christian Müller –
Beijar Ivy estava virando um vício. Um vício no qual eu não queria mais saber qual era a cura. Minha intenção era me perder por completo nela.
O gosto dela me prendeu quando nossos lábios se tocaram. Ivy não me afastou, não recuou. Pelo contrário, ela se moldou a mim, cedendo sem nem perceber o quanto isso me inflamava.
Eu estava enlouquecendo.
Minhas mãos deslizaram pela cintura dela com firmeza, passando por cada parte de forma possessiva.
Eu sentia o corpo dela quente sob meus tatos, enquanto as nossas respirações erronias se misturavam e meu subconsciente gritava dentro de mim para que eu a tivesse, mais uma vez.
Porra, eu estava perdendo a cabeça, mas eu me segurei.
E nem sabia por que diabos eu estava fazendo isso. É da minha natureza agir por instintos, querer do meu jeito e no meu tempo, mas ela era...Era a Ivy.
Me afastei apenas o suficiente para prender seu queixo entre os dedos, a forçando me olhar. Os olhos dela estavam em um misto de desejo e medo. E isso me conquistava.
Me fazia sentir como um predador prestes a engolir a minha presa, mas na verdade, ali, eu quem era a presa.
— Você é muito perigosa, Ivy. – Falei a olhando nos olhos, mas ela parecia não entender aquelas palavras.
— Eu? — ela sussurrou, respirando com dificuldade.
Soltei um riso curto. Aquele tipo de riso que vem quando se está à beira de perder o controle.
— Sim. Porque me faz querer quebrar minhas próprias regras. – Falei firme a olhando fixamente como se eu pudesse desvendá-la por completo.
Ivy passou os dedos pelos meus braços, me tocando sem perceber o que estava fazendo comigo. Ou será que ela sabia?
— E quais são elas? Quais são suas regras, Christian?
Droga. O que ela estava tentando fazer?
Meu maxilar travou e antes que eu pudesse decidir se deveria responder, minhas mãos já estavam em suas pernas, subindo devagar, sentindo sua pele quente sob meus dedos.
— Eu nunca perco o controle. Nunca me deixo envolver com ninguém. - Falei vendo os olhos dela brilharam sob a luz suave do quarto e naquele instante, algo dentro de mim se retorceu.
O que ela tinha que me fazia perder a racionalidade dessa forma?
Apertei minha mão contra a coxa de Ivy, subindo um pouco mais.
— Mas com você… — deixei escapar, com a minha respiração saindo pesada contra sua pele. — Com você, eu tenho vontade de esquecer todas elas.
E era verdade.
Cada. M*****a. Palavra.
Os olhos dela estavam fixos nos meus e o silêncio que se instalou entre nós era carregado de algo denso, pulsante.
Ivy não disse nada, mas a forma como ela respirava, como sua pele queimava sob meus dedos, me dizia tudo o que eu precisava saber.
Ela também me queria e isso me deixava louco.
A mão dela deslizou pelo meu peito nu, hesitante no início, mas logo ganhando firmeza. Fechei os olhos por um instante, sentindo seu toque e sabendo o quanto aquilo me deixava no limite.
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