Christian Müller -
Aproveitei o horário do almoço que os corredores estavam mais vazios e fiz uma reunião através de um vídeo conferência. A reunião foi mais longa do que eu esperava. O conselho tinha o costume irritante de se alongar em detalhes irrelevantes, enquanto eu apenas queria que as decisões fossem tomadas com eficiência.
soltei um suspiro discreto, massageando minhas têmporas e assim que dispersei o olhar por um instante, eu o vi.
Meu avô estava do outro lado do vidro da sala, segurando sua bengala e mantendo sua postura firme e impecável de sempre.
Eu então, voltei a atenção para a tela do notebook.
—Certo, o que resolverem discutiremos na próxima vez. - Falei encerrando a chamada, fechando a tela do eletrônico em seguida.
Me levantei e respirei fundo, caminhando até a porta para o receber, mas antes de tocar na maçaneta ele já estava abrindo a porta.
—Vovô. - Falei o vendo passar por ela com seu semblante emburrado de sempre.
— Christian. Precisamos conversar. - Disse ele com sua voz ríspida.
Ele caminhou com passos calculados até o meio da sala, e eu o segui com os olhos, fechando a porta atrás de mim.
— Você sabe por que estou aqui, não sabe? - Perguntou ele, batendo a ponta a bengala no chão, virando-se para me olhar.
— Tenho um palpite. - Falei o vendo arquear as sobrancelhas, mostrando-se claramente impaciente.
— Então me diga, Christian. O que pretende fazer? Seu prazo não é tão longo mais.
— Ainda tenho tempo vovô, para que a pressa? - Perguntei sustentando seu olhar sobre os meus.
— Não tanto quanto pensa. Eu já sou velho e não vou viver muito! - Disse ele, virando o rosto para tossir.
Soltei um suspiro pesado e me sentei atrás da mesa, inclinando-me ligeiramente para frente.
— Vovô, eu não sou uma criança. Sei da condição e estou lidando com isso.
Ele soltou uma risada curta, sem humor.
— Porque até agora não vi nenhum progresso? Acha que pode simplesmente ignorar minha exigência e que vou aceitar?
Firmei a mandíbula ao ouvi-lo.
— Não é isso. Eu apenas não quero me casar com qualquer uma só por obrigação.
— Christian, teu irmão já está um passo à frente. Se ele se adiantar eu darei a empresa para ele,
Minha paciência estava se esgotando. Eu não poderia o desrespeitar, mas não era fácil ouvir aquelas palavras duras e ficar calado.
— Vovô, eu sou o único comprometido com essa empresa. Sempre fui. - Ele então cerrou os dentes e me intrometeu.
— Então prove! - Disse ele com sua voz impaciente.
— Já disse que vou resolver. Ainda tenho um mês. - Respondi o vendo voltar a sentar, mas mantendo seu olhar ríspido sobre mim.
— Não tem mais. Eu já resolvi isso para você.
Ao ouvi-lo, minha expressão endureceu.
— O que quer dizer com isso? - Perguntei o encarando confuso.


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