Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 60

Christian Müller –

Já se passavam das quatro e eu ia me atrasar para a reunião.

Peguei meu celular, ligando para Ivy na intenção de a avisar. Foram uma, duas, três e nada dela me atender.

Mas eu não desisti.

— Aqui está sua encomenda, senhor Müller! — Disse a atendente me entregando a sacola.

— Obrigado. – Falei saindo rapidamente de lá.

Eu estava em um joalheria; espero que a minha tentativa de surpreender Ivy não seja em vã.

Respirei fundo olhando para a sacola de papel em minhas mãos, tentando imaginar o sorriso dela ao me ver.

Caminhei até o carro e ao tentar novamente, o telefone nem chamou dessa vez.

Desligado!

Um peso se instalou no meu peito. Algo não parecia certo. Ivy não era assim.

Sem pensar duas vezes, liguei para Mark no mesmo instante, ansioso para que ele me atendesse logo.

— Fala, Christian. – Disse ele com seu jeito descontraído. Ao menos era assim que ele me tratava na maioria das vezes.

— Você está na empresa? — Falei indo direto ao ponto.

— Sim. Algum problema? – Perguntou ele mostrando-se preocupado, mas a minha preocupação na verdade era outra.

— Você viu a Ivy?

Do outro lado da linha, Mark hesitou.

— Vi, sim... – Ao ouvi-lo, meu corpo se enrijeceu por completo.

— E?

— Não sei exatamente o que aconteceu, mas ela parecia estranha. Saiu sem falar nada, com uma expressão péssima.

Ao ouvi-lo, minha respiração ficou pesada e a minha mente martelava sobre o que poderia ter acontecido.

Algo sério aconteceu. E o fato de ela não querer falar comigo apenas confirmava isso.

Fora que, eu nunca havia a visto Ivy nesse estado. Ela sempre era flexível e fazia de tudo para entender o que estava acontecendo antes de tomar uma atitude precipitada.

Mas parece não ser o caso agora.

— Para onde será que ela foi? – Perguntei como um pensamento alto, ouvindo Mark responder.

— Não faço ideia, cara. Ela simplesmente saiu.

Apertei o volante com força, sentindo a frustração crescer dentro de mim.

— Certo.

Desliguei sem dizer mais nada.

E sem pensar duas vezes, liguei o carro e fui direto para casa.

Ela estaria lá. Tinha que estar.

Dirigi até chegar em casa e assim que passei pela porta, havia somente o silêncio e as oisas de Ivy no seu devido lugar.

Caminhei pelos cômodos, esperando ouvir um som, ver um movimento, qualquer coisa que indicasse que Ivy estava ali.

Nada.

Até eu cairia nessa se fosse comigo, como eu poderia a julgar? Seja quem foi que armou isso, iria pagar caro por isso, porque de alguma forma, conseguiu.

Soube certinho como balançar a confiança de Ivy.

Peguei meu celular e sai de casa irritado, entrando dentro do carro.

Assim que comecei a dirigir, liguei para Mark, que dessa vez, já estava por dentro do que estava acontecendo.

—Christian, o último sinal dela foi... Na praia.

—Na praia? – Perguntei já sabendo onde ela estaria. Ivy era muito mais inteligente do que eu esperava.

Acelerei o carro, dirigindo apressado. Eu ainda tinha duas horas até o lugar, se eu me apressar.

Peguei a pista seguindo o mar e algumas áreas de vegetação, sentindo meu peito explodir. Eu queria poder me teletransportar, poder piscar e estar ao lado dela.

Aquilo fazia uma enorme culpa me consumir por dentro.

Cheguei na casa de praia. Eu mesmo apresentei para ela como uma rota de fuga e foi exatamente o que ela fez.

Desci do carro respirando fundo, levando comigo a sacola.

Segui o caminho de areia até a entrada, sentindo o cheiro da brisa do mar me invadir e já começar a acalmar meus pensamentos.

As luzes não estavam todas acesas, mas boa parte estava, me fazendo ter um pouco de esperança. Me moti até a porta, toquei a maçaneta e assim que eu a abri, lá estava ela.

—Ivy! – Soltei um suspiro a vendo me olhar com seriedade. —Não era eu. Eu jamais faria isso com você. Eu estava atrás disso...

Falei a estendendo a sacola.

—Eu sei. – Disse ela com um timbre mais baixo e então, ficamos nos olhando por um instante, até que eu fui até ela e a abracei com força.

—Ivy, eu quase enlouqueci por medo de te perder.