Ivy Hunter –
Mais um dia havia chegado e mais uma vez, Christian me deu um beijo no topo da minha cabeça, saindo mais cedo.
Me levantei da cama com um sorriso nos lábios; eu não sabia explicar, mas eu estava me sentindo mais confiante do que nunca. Talvez ouvir Christian com aquelas sinceras palavras, me fez muito bem.
Caminhei até o closet e peguei um conjunto de saia e Blazer social para vestir e ir para a empresa, mas antes, eu tinha uma consulta.
Me arrumei e desci as escadas, vendo Meire colocar a mesa.
—Bom dia! – Falei a vendo me estender um copo de suco e sorrir.
—Bom dia querida. Fiz o seu preferido, laranja e acerola. Aproveita e pega uma maça, está fresca.
Virei o copo de suco rapidamente na boca e mordi um pedaço do bolo de leite que estava em cima da mesa.
—Hmm, que delícia, você realmente é a melhor! – Falei a fazendo sorrir e então, peguei a maça, fazendo menção de sair, mas antes de dar um passo, ela me chamou.
—Ivy! – Disse ela, me fazendo frear os pés no chão, me virando para a olhar.— Aposto que sua mãe iria adorar te ver assim, tão radiante. Você está linda!
—Obrigada! - Falei a exibindo um sorriso, saindo apressada em seguida.
Assim que cheguei na porta, o carro já estava me esperando. Entrei dentro dele me ajeitando no banco, vendo o motorista ajeitar o retrovisor interno.
—Para onde vamos hoje, senhora?
—Para a clínica, por favor! – Respondi simplista, dando um leve sorriso.
Enquanto ele dirigia, levei meus olhos para a vista na janela e de repente, meu celular tocou dentro da bolsa, me chamando a ateção. Era um número desconhecido.
—Ivy? Ivy é você?
—O que houve? Por que está me ligando depois de tudo? – Perguntei ouvindo a voz da minha madrasta.
—Ivy querida, nos ajude só dessa vez. Seu pai não está muito bem e tivemos que hipotecar a casa.
Meu peito se apertou.
E de repente, as lembranças do momento em que fui expulsa de casa vieram em minha mente. Eu então, respirei fundo e a respondi.
—Sinto muito. Nos tornamos estranhos quando me colocaram para fora. Deveria pedir ajuda para Linda.
—Você sabe bem que Linda não pode trabalhar. Ela é frágil de saúde. Você quem deveria estar nos ajudando financeiramente, a final, se casou com um partidão e tem que nos pagar por todos esses anos.
—O quê? – Perguntei soltando um riso desacreditada, —Fala, de quanto precisa?
—Não dá para conversarmos por telefone. – Disse ela, desligando a ligação em seguida, me deixando confusa.
Respirei fundo, decidindo que nada, absolutamente nada, atrapalharia o meu dia.
Finalmente cheguei na empresa e fui direto para o elevador sem parar para nada. Minhas mãos estava suadas e meu ventre formigava só de pensar em como ele receberia a notícia.
Assim que o elevador chegou no andar e eu ameacei sair, Bianca esbarrou-se em mim propositalmente, me empurrando, fazendo desequilibrar e cair no chão.
A minha primeira reação foi tocar meu ventre e ao levantar os olhos para ela, um sorriso surgiu em seus lábios.
—Olha se não é a queridinha do chefe. – Disse ela me estendendo a mão. —Desculpa, eu não te vi, me deixe te ajudar.
Assim que estendi a mão para ela, um riso surgiu nos lábios dela e então, ela retirou a mão, me dando as costas.
—Ivy? – A voz de Christian soou por todo corredor, chamando a atenção de todos.
Ele derrubou os papeis e correu até mim, me pegando no colo.
—Christian...- Chamei baixo, mas ele não parecia querer me ouvir.
Christian se virou para Bianca a encarando friamente, ignorando os demais.
—Você tem noção do que acabou de fazer? – Perguntou ele entre dentes, fazendo ela se assustar.
—Senhor...foi sem...- Ele a interrompeu, mostrando-se furioso.
—Cale-se! Eu não te autorizei falar. – Disse ele, deixando sua voz soar voraz como um rugido. —Pegue as suas coisas e saia daqui antes que eu faça algo grave com você. Eu jamais vou aturar esse tipo de comportamento na minha empresa, ainda mais com a minha esposa!

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