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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 614

~ BIANCA ~

O jantar aconteceu no espaço que tínhamos preparado para os jantares ao pôr do sol.

A mesa longa de madeira estava coberta com uma toalha de linho branco simples, decorada com arranjos pequenos de flores silvestres que Bella tinha ajudado a colher mais cedo. Velas em suportes de ferro fundido espalhadas estrategicamente, criando aquela iluminação suave e acolhedora quando o sol finalmente se pôs completamente.

Nada extravagante. Nada pretensioso. Apenas bonito de forma honesta e genuína.

Martina tinha superado a si mesma. A entrada foi uma seleção de antepasti tradicionais — queijos locais, presunto curado, azeitonas marinadas, pães crocantes ainda quentes. O prato principal foi ossobuco alla milanese com risotto açafrão, a carne tão macia que praticamente desmanchava no garfo.

— Meu Deus — disse Zoey depois da primeira garfada, fechando os olhos. — Martina, isso está divino. Sério. Melhor que muito restaurante que já fui.

Martina corou visivelmente, claramente encantada.

— É receita da minha avó — explicou com orgulho. — Passou de geração em geração. O segredo está no tempo de cozimento e nas ervas frescas do jardim.

Christian tomou um gole do vinho que Nico tinha escolhido da adega.

— Excelente harmonização — comentou. — Este Barolo complementa perfeitamente a riqueza do ossobuco.

Nico relaxou visivelmente com o elogio.

A conversa fluía naturalmente. Mia contava sobre Florença, sobre os melhores lugares escondidos que turistas nunca encontravam. Dante fazia piadas que deixavam até Paola escondendo sorrisos relutantes. Bella conversava animadamente com Zoey sobre brigadeiros e quando exatamente fariam juntas.

— Então — disse Nico em certo momento, se virando para Christian — Bianca mencionou que você mora no Brasil agora. O que te levou para tão longe?

Vi Christian hesitar apenas uma fração de segundo antes de responder.

— Trabalho principalmente — disse com aquele tom casual praticado. — Cuido dos negócios da família lá. Alguns investimentos. E, bem... ter conhecido a Zoey me fez querer ficar.

Dei uma cutucada discreta nele por baixo da mesa, enquanto Paola elogiava o italiano da Zoey e ela agradecia, rindo, dizendo que no começo mal conseguia pedir pão na padaria, mas vinha treinando.

Christian me olhou de soslaio mas manteve a expressão neutra.

Ele sabia exatamente por que eu o tinha cutucado. Para a família de Nico, só o fato do meu irmão morar no Brasil e poder vir para a Europa regularmente já o colocava em um patamar de vida confortável. Não precisavam imaginar além disso. Não precisavam saber sobre impérios vinícolas e fortunas de gerações.

— Deve ser fascinante — disse Martina interessada. — Brasil é tão diferente da Itália.

— É — concordou Zoey. — Mas tem semelhanças também. A importância da família. As refeições longas. A paixão por vinho e comida boa.

— E futebol — acrescentou Dante. — Não esqueça o futebol.

— Obviamente futebol — concordou Christian rindo.

— Papai — disse Bella de repente — conta aquela história engraçada para a tia Zoey!

Nico arregalou os olhos.

— Qual história, princesa?

— Aquela que a nonna sempre conta — especificou Bella. — Da galinha.

Martina já começou a rir antes mesmo de abrir a boca.

— Ah, essa é ótima — disse, se inclinando para a frente de maneira conspiratória. — Nico devia ter uns seis, sete anos. Tínhamos galinhas aqui na propriedade ainda. E, naquela semana, choveu sem parar. Temporal, vento, trovão…

— Mamma… — alertou Nico, já ficando vermelho.

— Deixa eu contar — insistiu Martina, divertidíssima. — Ele decidiu que as galinhas iam morrer de medo lá fora. Então, no meio da madrugada, pegou uma lanterna, saiu escondido de pijama e começou a carregar as galinhas pro quarto dele. Uma por uma.

Zoey já estava sorrindo, antecipando o desastre.

— Quando eu acordei com aquele barulho estranho, fui ver o que era — continuou Martina. — Abri a porta do quarto e encontrei doze galinhas empoleiradas em tudo: na cama, na cômoda, na cadeira… e o Nico tentando convencê-las a ficarem quietas porque “lá dentro era mais seguro”.

Mia levou a mão à boca, rindo.

— Não.

— Sim — confirmou Martina. — A casa inteira acordou. As galinhas entraram em pânico, começaram a voar, a derrubar tudo. Seu avô escorregou nas penas no corredor e quase quebrou o braço. E o Nico, no meio do caos, chorando e gritando que era culpa da gente porque ninguém se importava com o medo delas.

Bella gargalhou, batendo palmas.

— E vocês brigaram com ele? — perguntou, ainda rindo.

Capítulo 614 1

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