~ BIANCA ~
Domingo à noite, a Tenuta estava silenciosa.
A maioria dos hóspedes já tinha ido embora ou estava dormindo nos quartos. Os funcionários tinham encerrado o expediente há horas. Até Martina e Paola já tinham se recolhido.
Era só eu e Nico na cozinha grande, iluminada apenas pelas luzes pendentes sobre a bancada central.
— Então — disse Nico com aquele sorriso brincalhão que me desarmava completamente — depois daquela história que o Christian me contou sobre suas habilidades culinárias muito... peculiares... achei que já estava mais do que na hora de você aprender uma receita de família.
Ri, balançando a cabeça.
— Eu sabia que ele ia acabar comigo — murmurei. — Sabia que não podia confiar naquele traidor.
Nico riu, puxando uma assadeira com massa de pizza já pronta e descansada, coberta com um pano limpo.
— Não se preocupe — garantiu, ainda em tom de brincadeira. — É algo bem simples. E definitivamente não requer habilidades avançadas de corte como... um tomate.
— Minha mão agradece profundamente — retruquei, me aproximando da bancada onde ele tinha organizado todos os ingredientes com cuidado quase obsessivo.
Molho de tomate caseiro em uma tigela de cerâmica. Queijo fresco fatiado. Manjericão recém-colhido do jardim de ervas. Azeite de oliva extravirgem em uma garrafa antiga sem rótulo. Alguns outros ingredientes que reconheci vagamente.
— Essa foi a primeira coisa que ensinei para a Bella — disse Nico, estendendo a massa na assadeira com movimentos práticos e experientes. — Montar pizza.
— A montar pizza? — perguntei, genuinamente surpresa.
— É — confirmou. — Massa a gente deixa para o segundo nível de habilidade. Primeiro você aprende a não botar meio quilo de queijo em uma única borda e deixar o resto completamente vazio.
Ri da imagem mental.
— Isso parece exatamente algo que eu faria.
Ele me entregou uma colher de pau.
— Começa espalhando o molho — instruiu. — Não precisa ser perfeito. Apenas... uniforme o suficiente.
Peguei a colher, mergulhando no molho vermelho que cheirava a manjericão fresco, alho e algo que não consegui identificar, mas que me fez querer provar imediatamente.
Comecei a espalhar sobre a massa. Nico ficou ao meu lado, observando com atenção, ocasionalmente ajustando minha mão quando eu colocava muito molho em um lugar só.
Seus dedos tocavam os meus. Seu corpo estava perto o suficiente para eu sentir o calor dele.
— Agora o queijo — disse baixinho, pegando algumas fatias e colocando estrategicamente sobre o molho. — Vê? Não muito próximo das bordas. Deixa um espacinho para a massa crescer e ficar crocante.
Imitei seus movimentos, adicionando mais queijo. Nossas mãos se cruzaram novamente quando alcançamos a mesma fatia ao mesmo tempo.
Nico aproveitou para roubar um beijo rápido.
— Foca — brinquei, empurrando-o levemente com o ombro.
— Estou focado — defendeu-se com falsa inocência. — Completamente focado.
Pegou uma colher, mergulhando no molho e trazendo um pouco até minha boca.
— Prova — ofereceu. — Receita familiar.
Provei o molho, o sabor de tomate fresco, manjericão, alho e um toque de vinho tinto explodindo na língua.
— Está perfeito — disse honestamente.
Mas Nico não afastou a mão. Apenas passou o polegar no canto dos meus lábios.
— Você tem molho de tomate aqui — murmurou, seus olhos fixos na minha boca.
— Mentiroso — acusei, mas não me afastei.
Ele sorriu, se inclinando para beijar exatamente o lugar onde seu polegar tinha estado segundos antes.
— Agora não tem mais — disse contra minha pele.
Continuamos montando a pizza juntos, nossas mãos se encontrando constantemente, roubando toques, compartilhando sorrisos. Adicionamos mais ingredientes. Azeitonas pretas. Alcaparras. Um toque final de azeite por cima.
Nico colocou a assadeira no forno pré-aquecido, ajustando o timer.
— Quinze minutos — anunciou. — Tempo suficiente para...
Não terminou a frase. Apenas me puxou para seus braços, me beijando de verdade agora, sem pressa, sem interrupções.
Quando finalmente nos separamos, ambos respirando um pouco mais rápido, ele apoiou a testa na minha, ainda me segurando pela cintura.
— Sabe o que eu mais amo nessa cozinha? — murmurou ele contra meus lábios.
— O quê?
— Que agora, toda vez que eu entrar aqui, vou lembrar de você com molho de tomate no rosto.
Ri, dando um tapa leve no peito dele.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Comprei os últimos capítulos e não consigo acessar....
Cansativo liberar somente 2 capítulos por noite.... Poderia liberar pelo menos 5, né?...
Bianca e Nico ... tão bons ou melhores que Christian e Zoeh!!! Tão lindos! Mas vamos garantir pelo menos 3 capitulos por noite para deixar as leitoras felizes?...
Quando terá novos capítulos? Ansiosa...
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...
Oq esta acontecendo com os capitulos 566 e 567? Liberei as moedas mas nenhum dos dois foi liberado. E ontem tbem nao houve liberacao de capitulos novos ......
Mdss estou impactada com o plost twist mds mds, história de Maitê é a mais louca e surreal, considero a melhor....