Cap.44
Talita ajeitou os cabelos atrás da orelha, ainda com o olhar marejado, e encarou Brenda com firmeza.
— Ele era a única pessoa pra quem eu podia ligar agora… — disse num tom quase desculposo. — Se tinha alguém que poderia ajudar você, era ele.
Brenda virou-se para Gabriel, sem jeito, os olhos úmidos e o peito apertado.
— Me desculpa, Gabriel… eu não queria te envolver nisso.
Ele balançou a cabeça suavemente, dando um meio sorriso.
— Não tem com o que se desculpar. Estou aqui. — E, ao abrir os braços num gesto instintivo, ela se deixou levar, chorando contra o peito dele. Gabriel a segurou firme, sem dizer mais nada, apenas transmitindo calma.
Depois de alguns instantes, ele sussurrou:
— Você pode vir pra minha casa. Minha tia não vai se importar.
Brenda ergueu o rosto, hesitante, mas acabou assentindo. Foi Talita quem puxou o ar frio da noite de volta à conversa:
— Então vão logo, está começando a esfriar demais. — Talyta disse com pressa esfregando os próprios braços em sinal de frio.
Brenda a olhou, preocupada.
— E você? Vai pra onde? Sua mãe mora do outro lado da cidade, é quase mais de uma hora daqui e o transporte a essa hora... — Brenda murmurou apreensiva.
Talita deu um sorriso cansado.
— Não se preocupe comigo. Dou um jeito, preciso ir agora, então vocês podem ir para casa. Obrigada por cuidar dela, Gabriel. — ela finalizou recuando pronta para ir embora.
— Você também vem.
Ela piscou, surpresa.
— Não, não… não quero incomodar, além disso... eu posso me virar,
— Não é incômodo. — Ele rebateu, firme. — Tem espaço de sobra, e… vai ser mais confortável pra Brenda se você estiver junto. Mesmo com minha tia em casa, eu ainda sou um homem e ela nunca esteve em uma situação assim, certo? Então como mais velha você não é responsável por ela?
Talita abriu a boca para recusar de novo, mas encontrou os olhos determinados dele. Por fim, suspirou e assentiu.
— Está bem… se você tem tanta certeza assim que posso? Além disso sendo você não tem com o que se preocupar, já que você tem se mostrado alguém de confiança.
— apenas nos acompanhe.
Seguiram juntos até a casa de Gabriel. No portão, tia Magda, os aguardava de braços cruzados e expressão desconfiada.
Ao ver o sobrinho voltando acompanhado de duas jovens, arregalou os olhos, sem reação imediata, já que ele só tinha saído as pressas sem lhe dizer ao menos para onde estava indo.
— Gabriel…? — ela começou, franzindo a testa.
Ele coçou a nuca, um pouco sem graça.
— Tia, elas… vão ficar aqui em casa.
— Elas? — repetiu Magda, olhando de Brenda para Talyta, depois de volta para Gabriel.
Ele apenas assentiu, como se fosse a coisa mais natural do mundo em seguida com o toque no omrbo da tia, como se dissesse silenciosamente qe estava tudo bem.
Magda suspirou, balançando a cabeça, mas ao mesmo tempo sorriu para Brenda num gesto educado.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.