O Acordo Perfeito(Completo) romance Capítulo 12

Resumo de Capítulo 12: O Acordo Perfeito(Completo)

Resumo de Capítulo 12 – Capítulo essencial de O Acordo Perfeito(Completo) por Diana

O capítulo Capítulo 12 é um dos momentos mais intensos da obra O Acordo Perfeito(Completo), escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

O carro rapidamente pegou velocidade enquanto Hamzaf o dirigia.

Grace estava na frente e eu atrás. Por alguma razão, achei que nós duas iríamos atrás, mas, ao perceber que eu estava atrás, Grace achou que isso era um incentivo para que ela fosse na frente, o que me deixou ainda mais frustrada por praticamente ser apagada de fosse qual fosse o maldito passeio.

Hamzaf parecia tranquilo enquanto ouvia uma música que eu conhecia. Grace não parecia prestar atenção, mas a recordação da minha infância veio com tanta velocidade que eu logo gritei:

― Colors of the Wind! ― Hamzaf não disse nada, apenas um sorriso de presunção nos lábios. Grace pareceu acordar do torpor dela, falando:

― Quem? ― Aquilo me ofendeu.

― A música! Pocahontas! ― Disse sonhadora, mas Grace continuou parecendo uma jovem sem infância, porque murmurou:

― Nunca assisti.

― Nunca assistiu? Menina, você é do país da Disney e nunca assistiu ao filme mais lindo do mundo? Só perde para a Bela e a Fera e a Pequena Sereia. ― Suspirei. Estava me sentindo toda a romântica falando.

― Hm… Só porque sou do país da Disney, não preciso assistir todos os filmes. Você já assistiu, Hamzaf? ― Ela perguntou.

― Já. ― Ele respondeu curto. Grace sorriu.

― Poderíamos os três assistir juntos, o que acham? ― Dei de ombros. Gostava de maratonar os filmes da disney mesmo, então não via problema algum.

― Pode ser. ― Ele disse. A música já estava no fim.

― You can own the earth and still All you'll own is earth until You can paint with all the colours of the wind… ― Cantei com o fim dela suspirando pelas memórias que pareciam muitas…

Não demorou para que a música mudasse e voltamos a um silêncio no carro. Só voltou a ser preenchido com algum som quando Grace decidiu falar:

― Para onde vamos? ― Hamzaf deu um pequeno sorriso no canto dos lábios.

― Para um zoológico marinho. ― Ele esclareceu. Bufei.

― Eu queria conhecer aquele prédio grande que tem aqui em Dubai. ― Segredei. Hamzaf revirou os olhos e Grace parecia surpresa:

― Você não tem medo de altura? ― Dei de ombros.

― Não muito. Acho que deve valer a experiência. Ao menos, deve ser mais legal que ver os animais enjaulados, me dá pena. ― Grace parece ruminar minhas palavras, Mas Hamzaf foi categórico:

― Não. Vamos para o zoológico. ― Grace acaba decidindo que a melhor opinião é sempre a de Hamzaf.

― É, acho que deve ser melhor, Pamy. Fora que como é seu primeiro encontro… ― Ela não termina seja lá o que ela quer falar, o que só me deixa curiosa, de sobrancelha franzida esperando as palavras que não vem.

― E…? ― Pergunto não vendo relação alguma, mas Grace não termina.

― Você vai gostar. Chegamos. ― Diz Hamzaf e eu bufo novamente. Duvido que vá gostar, mas acabo acompanhando-os saindo do carro. Acho que é o melhor.

*

Eu sabia que não seria legal. Já estava ciente disso, mas agora tinha certeza. Bufei enquanto via Hamzaf caminhando pelo corredor lotado de gente. Me sentia como se eu fosse uma sardinha enlatada enquanto via os aquários gigantescos ao redor de nós, tomados de animais de todos os tipos. É claro que essa não era a única parte do zoológico, mas ali era onde mais gente estava aglomerada, com crianças gritando quando viam tubarões e adultos tirando várias fotos e selfies com os animais entediados.

― Eu gosto muito daqui, principalmente de onde trabalho. Claro, é difícil falar em inglês e fico muito feliz que esteja me entendendo. Os americanos falam que costumo falar com muito sotaque, mas a verdade é que gosto de conhecer pessoas novas e, sério, você vai gostar do show que vai acontecer daqui a pouco. ― Balanço a cabeça num gesto afirmativo. Não tenho tanta certeza assim de que vou gostar do tal show.

― Acredite, você não fala mal. ― Eu poderia dizer que Hamzaf falava pior, mas sabia que também mentiria. Hamzaf também falava bem, ao menos para que eu entendesse. Grace as vezes precisava fazer um esforço para entender o que o inglês arabiezado – não sei nem se isso existe – queria dizer. Talvez porque eu falava o inglês aportuguesado e estivéssemos todos no mesmo barco, talvez por isso, eu entendia bem Hamzaf.

― Obrigado, é muita gentileza da sua parte. ― Ele sorriu novamente. ― Mas e aí? Do que gostas de fazer? ― Não sabia porque Shaudi estava me fazendo uma pergunta daquelas, mas dei de ombros. Acho que ele só estava tentando ser simpático, ainda que invasivo.

― Ah… Cozinhar. ― E eu não estava mentindo. Sentia falta de estar numa cozinha, mexendo com as panelas, sentindo o calor das panelas, o vapor dos caldos, o cheiro dos temperos. Suspirei. Era tanta saudade da minha cozinha no Brasil que não pude deixar de pensar como que será que o Ale e a Sara deveriam estar naquele exato momento. Provavelmente felizes, provavelmente com um sorriso no rosto. Sorri. Provavelmente, aquela mesma energia positiva que havia na cozinha deles que tanto me encantava. Um completava o outro quando cozinhavam e era lindo de ver.

Eu comecei a trabalhar para eles quando eles já estavam casados, mas alguns funcionários mais antigos me contavam que a história deles dois nem sempre foi um mar de maravilha como víamos agora e que eles tiveram sim seus altos e baixos. Ao que falavam – quando os chefes não estavam lá, obviamente – é que Sara ia ser a chefe da cozinha, mas brigou feio com Ale ― ninguém sabe exatamente porque ― todos acham que ele pisou na bola e Ale literalmente surtou com a possibilidade de ficar longe dela.

Não conseguia acreditar, mesmo que me falassem, que Ale havia recebido um tiro por Sara! E salvado a vida dela e pedido uma chance para amá-la eternamente. Era algo que parecia novela para mim, de outro mundo, mas que, por isso mesmo, me fazia amá-los ainda mais. Eles eram especiais. E agora já juntos na cozinha, essa história realmente tinha ficado no passado. Eles mostravam tanta garra e entrosamento cozinhando que parecia que o amor deles já era um amor de mais de dez anos e não de um ano de casamento, ao que me contavam.

Mesmo assim, eu me via sonhando em um dia encontrar alguém assim para mim. Que me completasse na cozinha, que entrosasse comigo, que me amasse - porque não? - enquanto estávamos juntos. Um sonho que agora eu não poderia mais cultivar, porque a minha realidade era outra e o objetivo da minha vida agora também. Não, eu não queria um amor. Não mais do que o meu pai vivo, pelo menos.

― Uh! Cozinhas bem então? ― Concordei balançando a cabeça e Shaudi sorriu. ― Poderia cozinhar para mim. Eu ia adorar. ― E ele mal disse isso, senti minhas bochechas corando imediatamente enquanto tentava afugentar da mente de que ele estava só me tratando como uma amiga e não parecendo um louco varrido que despencava em cima de mim. Era isso, só podia.

― Ah… Um dia quando eu tiver um restaurante, quem sabe. ― Tentei sair do assunto pela tangente. Shaudi pareceu notar.

― Você teria algum preconceito se eu chamasse você para sair? É que o seu sotaque é muito lindo e você também é linda. Me apaixonei a primeira vista. ― Disse Shaudi e, para minha surpresa, sua mão encostou na minha bochecha e seguiu até um fio rebelde que estava próximo da mesma, alcançando o fio e o colocando para trás da minha orelha.

Eu ainda estava paralisada e sem forças para reagir àquela investida, ainda que eu soubesse o que tinha que fazer. Tinha que contá-lo que estava numa espécie de reality para saber se seria escolhida como esposa e que não poderia corresponder a qualquer sentimento… ou melhor, insinuação.

Mas antes que eu consiga dizer alguma coisa, ouço a voz de Hamzaf gritando alguma coisa para Shaudi. Para minha surpresa, Shaudi se levanta do meu lado e também grita em árabe alguma coisa para Hamzaf me apontando e ralhando alguma coisa. Confusa, mas agora já dona das minhas próprias ações, observo o rosto de Hamzaf avermelhar-se de raiva e ele agitar-se para cima de Shaudi o pegando pelo colarinho. Eu quase pedi aos céus que me desse um google tradutor naquele momento para que eu entendesse o que diabos estava acontecendo.

E talvez se eu soubesse o que eles dois falavam em árabe, eu poderia muito bem entender porque as coisas avançaram, tornando-se ainda piores.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Acordo Perfeito(Completo)