― De verdade? ― Perguntei e Hamzaf assentiu. ― Sim. ― Respondi sentindo minhas bochechas corarem imediatamente, porque a cena do dia anterior repassava na minha mente como que lembrando do quanto eu havia gostado de cada toque de Hamzaf.
Hamzaf não disse nada, mas nem precisou, antes que eu pudesse refletir sobre qualquer coisa, estava completamente perdida dentro do seu olhar e da sensação de calor que tomava o meu corpo ao olhá-lo. Hamzaf estendeu a mão até o meu lábio inferior percorrendo-o entre seus dedos e eu acabei fechando os olhos sem conseguir respondê-lo de outra maneira que não fosse essa: sentindo.
Hamzaf estava tão próximo que eu sentia o seu hálito quente em baforadas no meu rosto, causando arrepios e formigamentos difíceis de explicar. Dessa vez, contudo, tomei a iniciativa e avancei fechando o espaço entre nós beijando-o. Meu coração deu uma pulada ameaçando escapar do peito. Hamzaf não tardou a colocar a mão nos meus cabelos me puxando mais para perto dele. Minha mão passou pela sua barba macia, pelo seu cabelo sedoso e foi e até a base do pescoço de Hamzaf enquanto ele me beijava já encontrando a minha língua e brincando com ela.
Nossos suspiros vieram quase ao mesmo tempo enquanto Hamzaf apertava a pele da minha cintura, já logo adentrando a blusa larga e percorrendo a minha pele com os dedos. A sensação era como se um formigamento seguido de um arrepio percorresse cada parte da minha cintura que era tocada pelos seus dedos e eu me vi desejando que ele avançasse mais, que ele mandasse os princípios dele para o inferno e que me beijasse mais profundamente ali. De repente, me vi querendo de Hamzaf coisas que nunca antes quis.
Hamzaf escorregou os lábios pela minha bochecha descendo pelo queixo e alastrando uma sensação quente que rapidamente se concentrou no meu baixo ventre. Sua mão trazia uma sensação de prazer para a minha pele que já pedia mais por ele. Instintivamente, minha mão também avançou pela camisa social de Hamzaf encontrando seus músculos costais arqueados e os sentindo entre as pontas dos meus dedos enquanto a sensação era de que eu queria sentir ainda mais.
Sua língua avançou pela minha boca me tirando brevemente o ar e seus lábios repuxaram o meu lábio inferior brevemente enviando uma onda de calor ainda maior. Tentei me aproximar ainda mais de Hamzaf sentindo que minha virilha queimava procurando por alguma coisa que queimasse junto dela, querendo diminuir a distância que eu tinha de Hamzaf, que parecia ser grande ainda, grande demais.
― Pam, eu… ― E Hamzaf engoliu qualquer pedido entre beijos. Nossas línguas continuaram na sua dança própria por mais alguns segundos ainda antes que Hamzaf respirasse profundamente tirando um controle de sabe se lá onde para organizar os pensamentos.
― Pam, vamos… com calma. ― Ele disse me puxando num tranco pelos ombros para que eu me afastasse dele. Senti minhas bochechas vermelhas, ainda mais ao ver o mini sorriso que despontava nos lábios de Hamzaf. Ele também estava respirando profundamente, parecendo procurar um controle que estava na linha tênue de acabar, mas ainda me encarando nos olhos como se estivesse memorizando a cena toda. Virei o meu rosto para o lado. Não queria que ele visse o quanto estava desapontada por querer continuar algo que ele não ia me dar. Não naquele momento.
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