O Acordo Perfeito(Completo) romance Capítulo 44

Resumo de Capítulo 44: O Acordo Perfeito(Completo)

Resumo de Capítulo 44 – Uma virada em O Acordo Perfeito(Completo) de Diana

Capítulo 44 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Acordo Perfeito(Completo), escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

― Ela está bem. Era bom fazer uma tomografia, então não se acanhe de levá-la ao hospital se ela apresentar quadros de vômitos e náuseas, por exemplo. Por enquanto, não aparenta nenhum dano neurológico, encontra-se dentro das normalidades. Apenas desmaiou pelo choque do momento, mas está bem. ― Ouvi uma voz arranhada falar e me admirei que estivesse entendendo tudo o que o homem estava falando. Não devia estar falando em árabe?

― Muito obrigado por aparecer, doutor. Os outros médicos árabes já estão tudo encaminhados pelas esposas, não sabia se podia confiar. Muito obrigado por aparecer. ― Disse Ham e eu abri os olhos sentindo uma luz intensa alcançá-los e me fazer fechá-los novamente.

― Não tem de quê. Pode me chamar novamente, se houver necessidade. Ah, a senhorita acordou. Preciso fazer uns testes rápidos. ― Disse o médico nem me dando tempo de ter minha visão novamente, tudo muito claro fazendo lágrimas escaparem dos meus olhos.

― Hum… ― Resmungo. A região que a pedra caiu está bem sensível, mas não reclamo da dor.

― Qual o seu nome?

Quase brinco fingindo me chamar Grace Stuart, mas seria um péssimo nome, o nome de uma pessoa má.

― Pâmela Farias.

― Quantos anos?

― Vinte.

― De onde és?

― Brasil.

― Onde estás?

― Espero que ainda em Dubai. ― O médico deu um pequeno sorriso de canto dos lábios. Finalmente, a minha visão se ajustava e eu conseguia enxergar um homem na casa dos sessenta anos, de cabelos bem brancos e uma maleta na mão. Parecia nitidamente o clássico médico.

― Quem são aquelas pessoas? ― Franzo o cenho encarando Grace ao lado de Ham.

― Isso é realmente necessário? ― Não sei porque tenho que falar o nome da babaca que me fez receber uma pedrada na cabeça e fez o seu namorido achar que eu fiz ela sofrer.

― Sim. ― Diz o médico categórico. Suspiro.

― Grace Mocreia Stuart e Ham. ― Digo fazendo Grace revirar os olhos como se eu fosse uma criança. Antes criança, do que uma mentirosa de carteirinha que podia ter me matado.

― Ótimo! ― O senhor junta as mãos numa palma e se levanta devagar da cadeira de frente ao sofá no qual estou deitada. Ele então volta sua atenção para Ham e Grace e aparentemente decidido com algumas ideias na cabeça, decide falar:

― Vou te dar uma sugestão, senhor Riaz. Acho que seria bom o senhor tentar apaziguar a mídia assumindo a moça aí e deixando a senhorita Pâmela sem aparecer nas ruas por, pelo menos, uma semana até que as coisas se acalmem. Seu restaurante deve sofrer com esvaziamento, de qualquer forma, nos próximos dias, por pelo menos uma semana mesmo se você fizer isso, mas se não… Vai ficar às moscas por mais do que uma semana, pois considerarão que sendo um péssimo marido, és também um péssimo chef. ― Ham estava tão irritado como eu.

― Eu não estou casad…

― Pois deveria. ― Cortou o senhor suspirando, como se aquele fosse um discurso desgastante para ele e que ele só havia falado para tirar o peso da própria consciência. Depois, abrindo um gentil sorriso que me fez gostar dele no mesmo segundo, falou:

― Aproveita para colocar as séries em dia, minha filha. Que Alá a proteja. ― E acho que até o médico estava vendo que eu precisava da ajuda da divindade para não morrer nos próximos dias, porque não estava fácil não. Suspirei.

― Que assim seja. ― Disse baixinho para ver se assim Deus me ajudava.

O médico mal saiu do apartamento, minha cabeça começou a explodir, porque Ham aumentou a voz para falar:

― O que você ganha com isso? ― Finalmente ouço Ham falar. Grace, para minha surpresa, dá de ombros, como se pouco se importasse.

― Em nenhum momento disse que vou usar tudo isso, mas não se atrevam a brincar comigo ou com o meu bebê. Pois se fizerem… Podem ter certeza de que não ousarei em usar todas as armas ao meu alcance. ― Disse.

O silêncio ficou ainda por alguns segundos no apartamento enquanto tentávamos ruminar todo o tipo de informação que Grace nos despejava como se a realidade aceitável fosse apenas essa e o jogo fosse unicamente decidido por ela.

― Então, Ham e Pam, o que vocês me falam? ― Franzo o cenho e Ham faz o mesmo sem entender.

― Kyle ou Mary vão ter uma ótima vida, tudo pago por Ham. Eu vou viver com meu bebê em outro país, Ham obviamente me dá permissão para isso. Ele é criado com a pensão de Ham por mim e por Jason e vocês dois trastes podem finalmente ter o final nojento e feliz de vocês. O que acham? ― Nem eu nem Ham respondemos. Não queremos dar à cobra a minha frente mais sorrisos do que ela estampa na face nojenta.

Como a gente não enxerga determinadas máscaras de outras pessoas?

― Não sejam tão duros comigo. Se coloquem no meu lugar. ― Grace abre um pequeno sorriso. ― Tenho apenas dezoito anos e mamã e papá iriam me expulsar de casa se soubessem que eu engravidei de Jason em vez desse traste. ― Ela aponta para Ham. ― Não leve a mal, mas não tem química. Você não é para mim. Não rola química. Me sinto como se tivesse que transar com um porco. ― E vendo a cara de Ham, vermelha e fechada, não me atrevo nem a pensar no quão ofendido ele se sente. ― É, é assim mesmo que me sinto. Do jeito que você está agora. Por outro lado… ― Grace suspira. ― Sou e sempre fui apaixonada por Jason e ele por mim. Tanto que como vocês perceberam, ele faz qualquer coisa por mim, entendem? ― Ela piscou como se fosse um segredinho nosso e que ficaria assim mesmo. O fato de o babaca ter sequestrado o meu irmão. ― Só que meu bebê não pode vir ao mundo assim. Não trabalho, Jason ganha mal. A gente colocaria uma criança no mundo para morrer de fome. Agora… Se há pessoas ricas que podem nos ajudar, porque não pedir essa ajuda? ― Ham trinca os dentes.

― Você não precisava fazer esse showzinho todo se queria apenas dinheiro! Eu te dava e você me deixava em paz! ― Brada. Grace nem se move do seu lugar.

― Ah é? ― O tom dela é de deboche completo. ― E você realmente quer que eu acredite nisso? ― Ela ri. ― Depois da ceninha que teve aqui, você realmente ia me dar dinheiro, quando viu Jason me comendo na sua frente? ― Também não sabia dizer de onde tinha vindo a boca suja de Grace, mas eu estava assustada. Muito assustada.

Ham não responde. Nem precisa. Grace pensou em tudo. Grace sabia literalmente de tudo. Até como deixar eu e Ham comendo na mão dela. Claro que ela teve sorte também, como o fato de meu irmão ter aparecido e facilitado o trabalho dela, mas eu não duvidava que ela me sequestrasse e deixasse eu num porão fétido até que Ham cumprisse com a parte do trato dele. Não, isso era muito típico dela.

― Viu só? Meu bebê ganha uma boa quantia de dinheiro, a Pam ganha o irmão dela de volta e Ham aumenta a quantidade de clientes ao descobrirem como ele é um bom pai. ― Grace pisca. Não há qualquer esboço de emoção pela minha parte e pela parte de Ham. Ainda assim, ela fecha com chave de ouro:

― É ou não é um acordo perfeito?

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