O Acordo Perfeito(Completo) romance Capítulo 49

A noite foi salpicada por beijos carinhosos e não muito picantes, o que permitia o controle de ambos. Assistimos a algum filme que não me lembro ao certo e eu acabei adormecendo com a cabeça encostada na coxa de Ham. Acordei quase morrendo de dor de cabeça com um grito exasperado de Grace que apontou o dedo em riste para mim:

― Eu e Ham precisamos nos casar! E você precisa ser a madrinha! Vamos, me ajude a escolher um vestido. Tem que ser antes que essa barriga cresça demais. ― Arqueei a sobrancelha. O que Grace tinha fumado que estava agindo louquinha assim? Não saberia dizer.

― Onde está Ham? ― Voltei minha atenção para todas as direções a procura de Ham e estava quase me levantando do sofá e indo procurá-lo por conta própria quando vi Ham adentrando o apartamento novamente no encalço de Rashid.

― Porque diabos uma mulher e um homem tiveram que te trazer? Você sabe que não pode beber, seu idiota! ― Bradou Ham e Rashid deu de ombros bocejando. Parecia ter acordado somente agora também.

― Eu nem me lembro, na verdade. Eu só queria relaxar depois de um dia estressante como ontem. Você por acaso ficou ouvindo sua mãe e seu pai falando no seu ouvido que era seu dever de filho crescer e constituir uma família? Olha a minha idade, Ham. Você acha que quero uma mulher que seja além de trepar? ― Eu e Grace o olhamos horrorizadas pelo linguajar terrível, mas Ham é mais rápido e dá um tapa no topo da cabeça de Rashid que massageia a região reclamando absurdamente.

― Olhe como fala na frente de mulheres. ― Rashid coça a área dolorida.

― De qualquer forma, o Taiv está me chamando no escritório dele e eu vou precisar tirar o dia de folga para ver o que está acontecendo. ― Ham assente e acaba liberando Rashid que sai ainda reclamando da área dolorida.

Mal Rashid fecha a porta, Grace dispara:

― Precisamos nos casar, Ham. ― Ham gargalha imediatamente, para meu espanto como se aquela fosse uma péssima piada de mal gosto. Talvez fosse depois de termos aberto o nosso coração um para o outro.

― Eu vou levar a Pam para escolhermos um vestido e trate de escolher um terno bonito. Quero me casar esse fim de semana. ― E eu e Ham ficamos sem reação. Final de semana a gente descobre onde meu irmão está. Como se casar? Ainda assim, precisamos fingir que não estamos investigando nada e que essa talvez seja a melhor escolha.

― Beleza. ― Diz Ham, simplesmente. Suspiro. O meu pesadelo só está começando.

*

― O que acha desse? ― Me espanta que Grace seja – ou esteja – tão bipolar. Talvez sejam os hormônios da gravidez, penso. Como ela acredita na minha opinião? Ou que vou falar a verdade sobre como ela está dentro dos vestidos? Ainda assim, a parte boa que há em mim, não consegue deixar de o ser e eu acabo suspirando enquanto a respondo:

― Acho que você deveria tomar cuidado com os braços de fora, pela família de Ham, pelo menos. ― Grace dá de ombros.

― Tem razão. Uma rendinha resolve tudo. ― Ela então passa como quer o próximo vestido que quer experimentar para uma funcionária e logo completa. ― Leva a minha amiga também para escolher um vestido de madrinha para ela. Mas volte rápido, Pam. Quero sua opinião sobre o próximo vestido. ― Concordo arqueando a sobrancelha. Achar Grace estranha é o mínimo.

Sou levada para uma parte da loja com vestidos de cores variadas e de diversos tamanhos. Não queria ser madrinha de nada, mas já aceitei que a maluca será a primeira esposa e casará primeiro e terá privilégios. De alguma forma, saber que, mesmo assim, Ham não vai tocá-la e que meu amor por Ham sobrevive até mesmo contra isso, me mantém firme. Outra coisa que me mantém firme é saber que Ham vai descobrir o paradeiro do meu irmão e eu vou poder tê-lo de volta.

― Alguma cor de preferência que a noiva queira?

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