Resumo de Capítulo 9 – Uma virada em O Acordo Perfeito(Completo) de Diana
Capítulo 9 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Acordo Perfeito(Completo), escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Quando a gente está imerso no caos e nos problemas, as simples sutilezas da vida demoram a aparecer, mas outros problemas, é fato, sempre aparecem. Problema parece que atrai problema e eu já tinha certeza disso quando Grace continuou:
― Nas nossas fichas está escrito, eles perguntam. Mas para confirmar, eles entraram nas nossas redes sociais e conseguiram ter acesso a amigos, possíveis contatinhos, essas coisas. Então eles realmente sabem que a gente… ― Engoli em seco concordando com a cabeça.
Mais um problema para a minha vida. Mais um. Porque diabos eu só me via imersas em problemas? Porque minha mãe não me disse que tinha colocado se eu era… Argh.
Eu não tinha tido namorados na minha vida, mas havia tido um peguete. Com duração de exatamente 11 meses. E sei lá… Uma coisa acabou levando a outra… E um dia os dois bêbados… Eu acabei ficando com ele. É engraçado que foi aí que a gente terminou. Ele queria algo sério, eu não poderia dar. Estava feliz, pois sabia que não morreria virgem – já que eu meio que tinha como certo que viveria a minha vida toda e de bom agrado – para pagar as dívidas de papai. E ponto. Mas minha mãe… Eu nunca contei para ela, mas também não saberia que precisaria de algo assim para por numa ficha e…
― Você também não é virgem? ― Me perguntou Grace e eu a encarei tomada de susto. Como assim nós? Eu havia dito alguma coisa em voz alta?
― Eu contei para Ham que não sou mais. Disse que minha mãe mentiu. Ele ficou chateado, mas entendeu. Eu acho que é bom a gente contar antes que isso vire uma bola de neve e a gente seja pega na mentira, Pamy. ― Disse Grace pegando a minha mão nas suas mãos. Não sabia o que dizer, preferi ficar em silêncio. Nada do que eu dissesse conseguiria me livrar da raiva que eu estava de minha mãe não ter me falado sobre uma informação crucial como essa. Grace, por sua vez, continuou falando:
― Ah, Pamy. Preciso te contar como foi hoje. Por favor? ― Revirei os olhos já não querendo ouvir muito agora que sabia desse pequeno detalhe, mas dei de ombros esperando que Grace falasse logo.
― Nós começamos indo passear no parque, sabe? Nos filmaram enquanto caminhávamos, num primeiro momento sem conversarmos muito. Ele então me comprou um sorvete, eu escolhi o de chocolate, meu favorito, ele já escolheu o de limão. Eu contei para ele sobre a minha vida, sobre a minha família. Ele ouviu atentamente e até fez perguntas sobre papai, mamãe, meus primos. Enfim. Sobre tudo. ― Grace suspirou como se lembrar do dia na presença de Hamzaf fosse tão bom como uma noite de sexo.
Ótimo. Agora essa palavra não conseguia sair da minha cabeça. Pelo contrário, estava entrando sorrateiramente em todos os pensamentos que eu estava tendo.
― Ele então me falou sobre a família dele. Quer ouvir? ― Querer eu não queria, mas sabia que precisava ter o máximo de informações possíveis sobre o homem idiota que poderia me salvar com o dinheiro dele. Muito mesquinho da minha parte, mas realístico. Eu não era uma menina daquelas séries idiotas que tem um amor a primeira vista e mentem dizendo que foi só isso que elas viram no cara. No momento, eu só via grosseria por parte de Hamzaf, seguido do dinheiro dele salvador.
― Sim.
― Ele tem dois irmãos mais novos, um deles, inclusive, trabalha com ele na cozinha e mora no andar superior ao nosso. ― Esclareceu Grace.
Deixe-me explicar melhor sobre onde estávamos. O restaurante de Hamzaf tinha dois ambientes, o primeiro andar, para todos aqueles que buscavam uma refeição rápida. Geralmente isso acontecia na hora do almoço. E o segundo andar, que era como se fosse várias salinhas a parte para os ricaços que queriam aproveitar de uma boa refeição sem olhares interrogadores dos outros. Por fim, havia o terceiro andar, no qual ficava o apartamento onde estávamos, o quarto andar, que eu descobria agora ser do irmão de Ham e o quinto e sexto andar que pareciam servir como uma espécie de depósito porque eu nunca tinha visto nenhum morador por lá.
Para variar, todo o mini prédio era de Hamzaf. E por ser um prédio acolhedor, com uma linda visão de um parque a frente, numa área rica da cidade, todos os ricaços queriam desfrutar de uma refeição ali, vendo o parque a frente pelas grandes vidraças e suspirar com um pouco de comida. Ao menos, Hamzaf tinha uma estrela michelin. Acho que ele devia saber o que está fazendo com a comida.
― E qual o nome do irmão dele? ― Perguntei como quem não quer nada.
― Rashid. Mas não sei como é. Ele logo mudou de assunto. Disse que família é algo muito importante para ele. Pela família, devemos sempre tentar fazer tudo. ― Rá! Ali estava. Aquela frase seria muito bem usada, obrigada, por mim. Era como eu poderia conseguir o dinheiro famigerado. Hamzaf não conseguiria ir contra as próprias palavras. Tratei de gravá-las por hora. Usaria no momento adequado.
― E então ele me contou um pouco sobre os negócios dele, a estrela michelin e um outro problema que, de repente, começou a fazer com que os clientes dele sumisse. ― Arregalei os olhos.
― Sumissem? ― Grace assentiu com a cabeça.
Fazia sentido. Hamzaf não parecia muito inclinado a se casar e talvez por isso tivesse decidido a escolher qualquer uma que não seguisse os padrões da religião dele. Normalmente, ocidentais aceitavam um casamento de aparências muito mais facilmente do que as jovens muçulmanas que já quereriam um filho dele. Faz sentido.
― Mas mesmo assim, a mãe dele até aceitou que fosse uma estrangeira, mas insistiu para ele que ele tentasse escolher uma virgem. E foi aí que eu tive que contá-lo que eu não era. Depois desse desabafo todo dele, seria muito feio da minha parte se eu não fosse sincera. ― Concordei enquanto tentava respirar novamente.
Era muita informação que Grace havia conseguido. Algumas informações muito sérias, como Hamzaf ter chances de falir com o restaurante se não casasse logo. Por isso que ele também estava sendo rápido nas escolhas, por isso que só havia Grace e eu.
Nesse momento, me perdi completamente do relato de Grace que me disse que logo foram almoçar e depois fazer alguma outra coisa. Ela continuou falando, e muito, mas nada que envolvesse Hamzaf. Começou, na verdade, a falar da própria vida, o que realmente me fez desligar de tudo enquanto meus neurônios tentavam funcionar.
Hamzaf parecia uma incógnita que cada vez mais próxima de ser desvendada, se revelava para mim. As coisas pareciam finalmente fazer sentido. Hamzaf estava sendo tão mesquinho como nós. Na verdade, como eu. Enquanto minha intenção básica era ganhar dinheiro para ajudar papai, a intenção de Hamzaf era não perder o seu restaurante por nada nesse mundo nem que para isso ele precisasse casar.
Não sei quanto tempo fiquei pensando, mas sei que fiz as coisas no automático. Fiz pipoca no automático, comi no automático, me despedi de Grace que de novo foi dormir mais cedo do que eu, no automático. Fui fazendo tudo sem pensar direito, porque agora um novo túnel se abria a minha frente.
Suspirei em dado momento me sentando de frente ao piano que ficava na sala de Hamzaf. Eu nunca havia me sentado na frente de um piano, mas se servia de consolo para mim, eu sabia tocar apenas com a mão direita e o início de Fur Elise no teclado. Não devia ser muito diferente, tentei me consolar.
Comecei a dedilhar a música sem muita vontade. O som era agradável, parecia tirar um peso há muito opressor dentro do meu peito. Suspirei enquanto continuava dedilhando as notas, sentindo que uma lágrima queria irromper, mas eu não deixei. Talvez tivesse aprendido isso com mamãe, mas não me deixava cair em lágrimas. Precisava ser forte, como pudesse ser.
― É linda essa música. ― Hamzaf murmurou me pegando completamente de surpresa me fazendo parar de tocar. Voltei minha atenção para ele e acabei me focando em seus detalhes. Tinha ficado quase um dia inteiro sem o ver, os detalhes dele já tinham há muito fugido da minha memória.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Acordo Perfeito(Completo)
Diana minha querida autora,tenho feito algumas reclamações de seus livros mais confesso que amei alguns deles,o acordo perfeito,e os dois do sheik gostei demais,so o do príncipe que me desagradou por causa dele usar as mulheres sem humanidade alguma,afinal de drama basta minha vida,busco ler romances para sonhar e viver emoções que a realidade me impossibilita de viver!!!Parabéns pelos seus trabalhos!...
Poxa autora num de seus livros voce exagera nas cenas de sexo e nesse voce nos priva e deixa a desejar não nos dando a noite de nupcias deles.......
Gostei e pelo menos teve um final...