O Príncipe do Oriente romance Capítulo 10

Resumo de Capítulo 10 - Karim: O Príncipe do Oriente

Resumo de Capítulo 10 - Karim – O Príncipe do Oriente por Diana

Em Capítulo 10 - Karim, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O Príncipe do Oriente, escrito por Diana, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O Príncipe do Oriente.

A imagem era tão nítida que Karim se sentia perdido no mundo.

Seu irmão morto era algo inconcebível para ele. O tanto que Omar havia lutado para viver, cheio de doenças por grande parte da vida. Sempre foi uma pessoa gentil e era, sem dúvida, o melhor governante que Omã poderia ter. Ao menos, a pessoa mais justa pela qual o povo ansiava.

Karim nunca se compararia com o irmão, mesmo com todos os treinamentos do mundo. Nunca seria gentil como Omar. Nunca seria uma pessoa que acreditava no bem de todos, tampouco seria infiel a Aisha se casasse com ela. Omar tinha muito mais qualidades.

Karim nunca havia sido treinado o suficiente para ser Rei. Seu papel como príncipe era bem definido. Ele seria o braço direito do irmão e por vezes não tinha se preparado bem nem para isso, pois sabia que Omar nem disso precisaria dele. Seu irmão seria ótimo como Rei.

Mas agora tudo isso tinha sumido por causa da vadia. Ela tinha o matado sem um pingo de piedade. Deixando-o morrer aos poucos afogando com aquela faca enfiada no peito. Ela tinha matado parte de Karim e deixado que essa parte morresse sozinha no mar.

Quando ouviu ela pedir por ajuda, ignorou qualquer grito. Seu lado mal disse que o melhor era que ela se afogasse e morresse mesmo. Que tivesse seu acerto de contas por todo o mal feito. Sem piedade, deixou que o mar engolisse-a. Apenas se preocupou em salvar Karen. Ela não merecia estar no meio de toda a briga da realeza. Ela não merecia morrer. Era uma inocente naquele conflito todo.

Colocou- a na areia da praia e esperou. Depois que cuspiu bastante água e conseguiu se sentar ainda meio tonta, ela parecia paralisada de medo, como se, tal como ele, estivesse tentando analisar tudo e tomar sentido. Karim havia perdido as forças nos braços de tanto nadar ao encontro de alguma areia. Por sorte havia conseguido chegar na ilha de Khadija. No entanto, provavelmente demorariam a procurar na ilha, escavando o mar primeiro atrás dos restos mortais de algum desaparecido.

Viu quando Karen levantou-se de súbito da areia e tocou a cabeça procurando alguma coisa e gritando assustada. Demorou a perceber que ela procurava torpemente o seu hijab, chorando e reclamando porque um homem que não era da sua família, tampouco casado com ela, a via com os cabelos de fora. Karim só conseguiu bufar.

Ele estava tão anestesiado com a morte do irmão, que não ligou para o cabelo molhado da garota, tampouco para a cor dele. Achava aquilo tanto supérfluo depois de ter perdido o irmão que a sua maior preocupação era se eles sobreviveriam. A dor havia anestesiado qualquer outro sentimento que ele ousasse ter. A sensação era de que ele ainda afundava no mar inóspito e escuro sem chances de voltar a superfície, sem chances de ver o que quer que fosse que não a escuridão sem precedentes o seduzindo como uma sereia a voltar para o mar e terminar com qualquer trabalho de lutar pela sua vida.

― Isso não é importante agora. ― Limitou-se a falar. O céu deixava escapar gotículas de chuva sobre a ilha.

Olhou o céu escuro e inspirou o cheiro característico de terra molhada. Aparentemente, até o céu estava chorando pela perda do seu irmão.

Karim levantou-se da areia sabendo que eles precisavam se abrigar para não se resfriarem, mesmo que ele não tivesse forças sequer para mover um único músculo.

Ele já a achava linda antes mesmo de saber qual era a cor de cabelo dela, mas agora, vendo o vermelho acobreado, ele a achava mais linda ainda. A cor era tão fantástica e combinava tanto com Karen que ele passou a analisar outros padrões além do cabelo dela.

Os olhos fechados tinham os cílios cheios e a sobrancelha era levemente clara. O nariz pequeno muito combinava com a menina. Se viu pensando quanto ela talvez tivesse de altura. Duvidasse que fosse mais que 1,55 de altura. Era pequena, mas todas as proporções eram corretas para isso. Os seios eram pequenos e delicados, as mãos parecendo pequeninamente angelicais. Dormindo assim, ela parecia um anjo.

Um anjo que se pudesse ele preservaria somente para si.

― Oh, meu irmão… Ao menos você conheceu a garota que talvez me tirasse do caminho do pecado para uma vida digna na fé como você seguia… ― Disse Karim em voz alta. As lágrimas foram derrubadas em silêncio entre as pausas que ele fazia cuidando de uma Karen febril.

Em algum momento, a febre começou a baixar e Karim suspirou aliviado. O sono já era algo presente e ele sentia as pálpebras pesadas lutando contra o sono enquanto salvava a menina. Com alguma sorte, ela acordaria bem no dia seguinte.

Foi o que ele pensou, por fim, quando encostou na parede na tentativa de só dormir um pouquinho, porque dormir sentado o faria acordar mais rápido. Só seria um rápido cochilo…

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