O Príncipe do Oriente romance Capítulo 13

Resumo de Capítulo 13 - Karen: O Príncipe do Oriente

Resumo de Capítulo 13 - Karen – Capítulo essencial de O Príncipe do Oriente por Diana

O capítulo Capítulo 13 - Karen é um dos momentos mais intensos da obra O Príncipe do Oriente, escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Acordo e fico surpresa ao não ver Karim na cabana. O calor ali dentro já está insuportável e decido sair para procurá-lo. Sorrio ao encontrá-lo sentado numa pedra na orla da praia. Me aproximo a passos curtos, afundando meus pés na areia que já está esquentando e tento ver o que ele está fazendo ali tão no alto.

Logo descubro. Karim parece ter achado uma varinha de pescar rudimentar e parece esperar encontrar algum peixe desavisado que possa vir a servir de alimento para nós. Uma proteína, já que ficaremos um tempo na ilha, esperando alguém nos encontrar.

― Como subo aí? ― Grito para Karim que volta sua atenção para baixo sorrindo. Seus olhos estão apertados por causa do sol e seu sorriso continua de tirar o fôlego.

― Eu te ajudo. ― Ele então me estende a mão. Fico olhando-a pensando se nós dois não cairíamos e nos desequilibraríamos ou coisa do tipo, mas decido aceitar. Já estou aqui mesmo, vamos lá. Me surpreendo com a força de Karim que me puxa num instante para onde ele está.

Não permito que fiquemos com as mãos juntas mais do que esses poucos segundos. Rapidamente me sento ao lado dele que volta a pescar despreocupadamente.

O sol já está forte e tenho certeza que vamos ficar com o corpo e rosto mais amorenados, mas não ligo. No momento, desfruto da companhia da única pessoa que existe na ilha, mesmo que para isso eu tenha que pegar um pouco de sol.

― Hoje a gente vai comer peixe, eu prometo. ― Karim disse piscando e eu sorri.

― Não prometa o que não vai cumprir.

― Não precisa citar o profeta não, mocinha, eu vou cumprir, sim! ― Ele disse com um sorriso bobo nos lábios.

O silêncio se manteve por alguns minutos. Eu não queria interromper Karim, reflexivo, esperando um peixe aparecer e aproveitei para orar para que Deus não esquecesse de nós, ali. Depois de alguns minutos nesse silêncio, acabei lembrando de uma dúvida que muito me tiraram o sono no dia anterior.

― Você acha que eles vão procurar por nós? ― Estava ali uma dúvida que eu tinha e atormentava minha mente. Fiquei ainda mais alarmada quando Karim suspirou antes de me responder:

― A verdade? Acho que não. Tio Aziz, o sucessor do trono, nunca gostou de nós. Para ele, o trono deveria ser dele e ponto final. A gente tinha estragado tudo. ― Refleti sobre o que Karim falara. Era triste ter parentes assim, mas pior ainda a ideia de que ninguém procuraria por nós.

― Mas e o Seth… e a Agnes? E-E…? ― Tentei lembrar de mais alguém que poderia nos procurar, mas meus pensamentos desorganizados não conseguiam achar mais ninguém na minha seleta lista de pessoas que sentiriam a minha falta.

― Eles sentiriam… ― Disse Karim vagamente voltando sua atenção para o sol a pino. Suas mechas de cabelo escuras tomando um tom mais acastanhado, mas o melhor mesmo eram seus olhos brilhando ainda mais como bilhas verdes.

A verdade era um peso que eu não queria carregar. Eu ia morrer na ilha. Eu não constituiria uma família como queria. Não teria filhos. Não investiria nas minhas próprias roupas e designers que eu fazia. Não. Eu seria apagada da Terra no fim das contas.

Talvez esse fosse o castigo de Deus por eu ter caído em pecado.

― Não se preocupe, Karen. É certeza que você vai para o céu… Já eu… ― E antes que Karim continuasse falando, ele agarrou a vara que puxou em um ímpeto de força. Um sorriso logo se fez no canto dos lábios. ― Nosso peixe! ― Ele bradou. Sorri. Naquele momento, afastei brevemente as ideias anteriores, doloridas, que ocupavam o meu cérebro e me concentrei unicamente no que aparentemente seria nossa próxima refeição.

― Oba! ― Disse enquanto via Karim fazer força e parar de puxar a vara soltando um pouco a linha, como se esperasse o peixe cansar também. Talvez fosse realmente isso, já que eu não conhecia muito bem de pesca. De qualquer forma, sua tática deu certo, pois foi com enorme satisfação que vimos o peixe que serviria para nossa refeição sair da água.

Karim pediu a benção de Alá para nossa refeição enquanto matava o peixe de uma vez para que ele não ficasse agonizando nas nossas mãos. Fui atrás de alguns condimentos na floresta e decidi que agora era a parte que me cabia: Cozinhar.

Faria o melhor peixe para comermos possível. Se era para sofrer com a incerteza da minha vida naquela ilha, que fosse levando um dia de cada vez. Um pouquinho cada dia. Senão eu piraria com todas as ideias que queriam me atormentar. No momento, a primeira ideia era cozinhar o peixe e comer feliz. Depois eu me preocupava com outras coisas mais.

Como a ideia terrível de que eu morreria ali.

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