O Príncipe do Oriente romance Capítulo 17

Seus lábios puxam os meus com veemência e uma trilha de beijos quentes aquece minha pele molhada conforme ele vai beijando os pedaços mais remotos da minha pele. Minha bochecha alcança um formigamento fervente e sua língua começa a descer pelo meu pescoço me deixando ainda mais arrepiada.

Suas mãos continuam me mantendo firme, mas uma delas enlaça minha cintura me puxando na sua direção. Nossos corpos estão mais unidos, ainda que pareça que estamos longe de estarmos unidos ainda. Quase recobro a consciência ao sentir a ereção de Karim encostando em mim, mas sua boca mordisca a ponta da minha orelha e me vejo me esfregando descaradamente sob ele sentindo como se isso talvez não fosse o suficiente. Não, não era o suficiente… Mas porque havia alguma coisa na minha cabeça me alertando para recobrar a consciência?

O pensamento sumiu novamente quando senti outra mordidinha no queixo enquanto o movimento de Karim parecia ficar como o meu, acompanhando a minha virilha em chamas. Minhas mãos tremiam ainda mais e eu não sabia dizer o que diabos era aquele misto de emoções gigantescas! Só sabia que eu latejava tanto lá embaixo e estava apertando tão efusivamente em contrações volumosas e fortes que eu sentia como se estivesse na porta do paraíso quase entrando lá.

― Karen… ― A voz de Karim era grave no meu ouvido e parecia fazer com que meu corpo se desfalecesse ainda mais sobre seu toque. Senti como se um espasmo percorresse todo o meu corpo, uma onda tão forte, que me fez tremer dos pés a cabeça apertando e soltando tudo numa velocidade tão vertiginosa que minhas mãos apoiadas no corpo de Karim abraçaram-no pelo pescoço tentando sobreviver ao misto de emoções. Karim continuou me mantendo em pé, nos seus braços até que a sensação parasse. Ele sorriu.

― Eu percebi agora que não. ― Franzi o cenho sem entender do que diabos Karim estava falando, mas, antes que eu conseguisse tomar qualquer pensamento como racional, sua língua voltou a invadir a minha boca, a buscar espaço dentro de mim e eu me vi aceitando só para ter um pouco mais do misto de sentimentos outrora sentidos.

Karim parou para tomar um ar e sorriu enquanto se explicava:

― Eu percebi agora que sou a sua primeira experiência, Karen. Você sabe o que você teve…? ― Arregalei os olhos percebendo onde Karim queria chegar. Comecei a empurrá-lo para longe de mim, ainda que ele parecesse uma estátua na minha frente. Ele voltou a beijar-me, dessa vez no ombro, retirando a pequena trave que eu tentava fazer, arrepiando a minha pele exposta.

Seus lábios foram novamente aceitos por mim e eu me perdi naquele beijo longo e agradável. Meus braços tremiam, minhas pernas eram gelatina, mas a sensação continuava tão intensa que eu simplesmente não conseguia parar. Céus, era isso que era beijar alguém?

No entanto, a razão me atingiu em cheio quando os lábios de Karim tentaram avançar por sobre meu sutiã, beijando o tecido por fora e automaticamente entumescendo todo ele por dentro. Com força que nem sei de onde consegui, empurrei Karim para longe de mim, mas acabei esquecendo que era ele que me mantinha sobrevivendo na água, começando a afogar e engolir água ao tentar voltar a superfície.

Então começou a loucura de mãos e pernas e a tentativa de que eu não me afogasse mais. Comecei a bater meus pés e braços tentando chegar a superfície, ao mesmo tempo que Karim tentava me trazer de volta à superfície gritando alguma coisa que eu não conseguia entender.

― Karen! Pare com isso Karen! Você vai se afogar! Me deixe ao menos levá-la para a superfície! Prometo que não vou mais atacá-la. ― Ouvi Karim gritando e acabei aceitando enquanto Karim acaba logo com tudo me puxando para a superfície e logo em seguida para a praia.

Se havia alguma coisa que eu me sentia, naquele momento, era humilhada. Por mim mesma. Por ter me deixado levar. Por esquecer da razão. Por ter ficado exposta assim a Karim. Por ter chegado na minha primeira, primeira vez com Karim! Que nem noivo ou coisa parecida minha era! Me sentia humilhada por ter me deixado ser levada pelas sensações do momento e… Pior… Por ter gostado das sensações do momento!

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