Resumo do capítulo Capítulo 23 - Karen do livro O Príncipe do Oriente de Diana
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 23 - Karen, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Príncipe do Oriente. Com a escrita envolvente de Diana, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
— Karen! — Ouvi a voz reconhecidíssma como de minha amiga Agnes que viera a me abraçar com efusão e lágrimas que derrubava de saudades do que por um momento achou que eu estivera morta. Não conseguia acreditar que estava me vendo, ali, viva. Parecia muito para seus olhos.
— Agnes… — Eu também não conseguia acreditar que estava vendo minha amiga depois de tanto tempo sem contato com outros seres humanos. Meus olhos enchiam-se de lágrimas e quando vi estava a apertando entre meus braços trêmulos, pedindo para que Deus nunca me tirasse a minha amiga de perto de mim.
— Como você está? Está se sentindo bem? Céus… Muito obrigada, Deus! Muito obrigada! — Me assustei ao ver Agnes ajoelhando-se no chão e fazendo uma reverência para Deus, o que mais me emocionou enquanto eu tentava fazê-la levantar novamente.
— Estou, estou… Levante-se Agnes. — E ela acabou o fazendo, ainda que fungando.
Não demorou para que colocássemos o papo em dia. Contei resumidamente sobre o meu tempo na ilha, o medo de que morrêssemos e a sensação de gostar de Karim que aumentara dia após dia para mim. Agnes ficou quieta, me ouvindo, até quando eu disse que não achava certo prender Karim por uma coisa que eu que tinha me decidido. Em nenhum momento, Agnes abriu a boca para dar pitaco sobre o que achava da minha decisão, o que de certa forma me consolou, porque eu estava com medo de que ela viesse a desaprovar minha escolha. Era melhor que ela não dissesse nada, do que falasse que discordava da minha escolha. Já estava bom eu lidando com as consequências do meu ato sem julgamentos.
— Obrigada por tudo, Agnes.
— Você nunca mais faça isso comigo, a não ser que você me queira morta! — Bradou Agnes me fazendo rir ao seu lado enquanto assentia.
— Você está realmente diferente mesmo, Karen… Não sei explicar… Mas a ilha… Ela realmente te mudou. — Concordei meneando a cabeça e voltando minha atenção para a janela. Eu também me sentia mudada, mas acho que os traumas fazem isso conosco. Nos transformam, seja para o bem, seja para o mal.
Eu havia crescido com muita coisa que havia aprendido durante minha temporada na ilha e tinha certeza de uma coisa só: Colocaria tudo o que aprendera na ilha em prática, a começar pelo meu grande desejo de viver.
*
Já na mansão, tendo que descansar de qualquer possível trabalho doméstico, uso meu tempo para desenhar. Lindos vestidos que parecem vir com maior inspiração agora que decidi guardar com carinho na memória as lembranças que tive da ilha, as lembranças que tive com Karim. Ficam ali no cantinho do meu coração que se contentou com as lembranças, já que eu o proibi de ter Karim para mim.
Passo os dias costurando e desenhando como posso. Meu coração ainda dói lembrando de momentos de carinho e dos toques carinhosos, mas aos poucos eles aceitam ficar assim, apenas na memória, o que não deixa de doer, mas já é um alento para meu coração.
— Acho melhor você se arrumar, Karen. Vossa majestade está aqui. — Arregalei os olhos diante da fala de Agnes e ainda mais por Karim está ali. Achei que tinha deixado bem claro que a gente não tinha mais nada e que havia o desonerado de qualquer missão.
— Obrigada, Ag. Já estou descendo. — Ela assentiu.
Busquei um hijab azul claro para combinar com minha roupa e suspirei. Já havia passado mais de uma semana desde que tudo havia acontecido. A mídia ainda fazia um estardalhaço completo com a nossa sobrevivência e pareciam ainda mais maravilhadas com o casal sobrevivente. Por um momento, até cogitaram sonhar com Karim casando com a jovem sem nome (como eu era representada ao lado de Karim), mas tudo isso rapidamente sumiu quando Alisha apareceu fingindo sofrimento e paixão por quem teoricamente continuaria sendo o seu noivo.
Eu rapidamente desapareci dos olhos da mídia.
Percebi que Karim também me encarava como se quisesse gravar os meus traços novamente e comparar com os traços que havia visto durante a estadia na ilha. Pensar nisso fez eu corar imediatamente enquanto esperava, de verdade, que ele não estivesse pensando na minha cintura ou nos meus seios. Balancei a cabeça em negativa. Acho que não era o caso. Ainda assim, Karim encarava bastante o meu hijab azul e eu bem sabia o porquê.
Ele havia visto a cor dos meus cabelos, rubros, marcantes, completamente escondidos agora. Olhando-me assim, de véu, ele não conseguiria nunca dizer que minha cor de cabelo era tão marcante. Mas ele sabia que era e mais, sabia que nunca mais os veria novamente. Com o passar do tempo, pensava eu, era capaz até mesmo dele esquecer por completo a cor verdadeira, tornando-se uma imagem borrada na vaga memória. Era o que eu mais pedia para Deus que acontecesse.
— Senhorita Karen… — Ele disse cortês.
— Vossa Majestade, príncipe Karim… — Disse tentando fazer uma mesura desengonçada. Por sorte, antes que o clima ficasse estranho, Agnes apareceu no mesmo segundo, cumprimentando o futuro Rei.
— Vossa Majestade, príncipe Karim. Não esperava sua presença. Hã… Vou trazer alguma coisa para o senhor comer. Gosta de chá? Já experimentou chá de erva cidreira? Acho que vocês vão precisar. — Ela olhou para mim e depois para Karim. — É um chá um pouco calmante. Especialidade da minha terra. Vou trazer. Já volto. Conversem enquanto isso. Isso. Conversem. — Agnes falava muito rápido, mas eu sabia também que isso era uma característica muito típica da minha amiga. Ela não conseguia ficar quieta, não conseguia não deixar claro que já sabia da história toda. Mas ela era minha amiga e Karim estava redondamente errado se achava que eu não contaria algo assim para minha amiga!
Tão logo terminou de falar, Agnes saiu, o que daria alguns minutos de tempo para que eu ficasse apenas na companhia de Karim e mais ninguém.
Agnes sabia que isso não era costume daqui, mas também sabia que precisávamos ficar sozinhos por um tempo para resolver nossos problemas.
— Você está diferente… — Ele disse completando o espaço do silêncio.
Eu não sabia o que falar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Príncipe do Oriente
Poxa Diana amei seus dois livros do sheikh apesar do Matheus,mais as cenas de sexo do Karin no segundo capitulo me deprimiram,decidi não ler o livro do principe,pediria que você fosse mais sutil e humana no futuro.....