O Príncipe do Oriente romance Capítulo 26

Resumo de Capítulo 26 - Karen: O Príncipe do Oriente

Resumo do capítulo Capítulo 26 - Karen de O Príncipe do Oriente

Neste capítulo de destaque do romance Romance O Príncipe do Oriente, Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Suspirei dentro do camarim. Tinha tomado um chá de tâmaras que a emissora havia me oferecido e estava esperando o motorista que a minha amiga Agnes havia designado especificamente para me levar para casa. Só aguardava que o carro estacionasse ali perto para finalmente sair.

Aproveitei para tirar o hijab um pouco por conta do calor que sentia, ao menos para respirar parcamente. Meu peito doía, talvez por ter visto Karim hoje. Acreditava fielmente que depois da entrevista de hoje, não veria o príncipe, futuro rei, nunca mais na minha vida. Ao menos era no que eu queria acreditar.

Uma batida na porta me assustou e eu olhei para a porta no exato momento que ela se abriu e rapidamente se fechou com Karim ali adentrando. Me levantei abruptamente e bem nervosa de que nos vissem juntos ou o que quer que Karim tinha ido fazer ali. Abri os lábios para falar, mas minha mente parecia anuviada.

No outro momento, o susto foi ainda maior quando uma das mãos de Karim encontrou a minha nuca e me puxou com força na sua direção selando o nosso encontro com um beijo. Instintivamente, fechei os olhos sem conseguir tomar muito do meu controle quando a língua de Karim avançou pela minha boca tomando espaço e arrepiando minha pele por conseguinte.

Sua outra mão, possessiva, apertou a minha abaya entre os dedos como se assim eu não fosse escapar. Inspirei profundamente sentindo que meu corpo, que dele sentia falta, se entregava sem muitos protestos. Nossas línguas brincavam torpes, como que a se encontrarem por mais alguns segundos de desejo e prazer. Suspirei sentindo seus dedos passearem pela pele do meu pescoço até que nossas respirações, ofegantes, pudessem por fim ao beijo arrebatador e eu pudesse respirar novamente enquanto nossas testas ficavam coladas, uma muito próxima da outra.

Não tinha muito senso agora do que estava fazendo, muito embora uma vozinha lá no fundo da minha cabeça me acusava de que eu precisava acordar rápido. Ainda assim, eu só conseguia avistar os olhos de Karim, absorver os pontinhos pretos que povoavam a íris verde, enxergando as sobrancelhas espessas e escuras muito próximas de mim, seus lábios convidativos e seu cheiro que ainda era totalmente reconhecível pelo meu corpo.

― Você me aparece tão linda e perfeita assim para mim… E ainda sonha que eu não te ataque… ― A voz de Karim era profunda, como se estivesse vindo das profundezas da alma. Senti minha pele se arrepiar imediatamente enquanto eu tentava recuperar o meu senso para saber falar.

― Se queria me provocar, conseguistes. ― Engoli em seco. A frase de Karim da entrevista parecia martelar ainda mais na minha cabeça agora que ele tinha invadido o camarim. ― Se pudesse a teria aqui agora mesmo… ― Era o desejo dele falando alto. Eu conhecia Karim. Sabia que de certa forma ele não aceitava fácil quando lhe diziam não. Contudo, eu também me conhecia bem o suficiente para saber que ouvi-lo falar que me queria ter ali mesmo me machucava bastante, porque só me atestava que Karim só me via como alguém com quem ele poderia transar e somente isso.

― É tão lindo… Como pude esquecer? ― Fiquei sem fala. Se tinha que falar alguma coisa depois disso, não tinha condição alguma de o fazer.

Ouvimos um barulho do lado de fora que nos fez nos afastar instintivamente. Karim tinha quase dado um salto para longe de mim e sequer ousou olhar para trás enquanto se levantava e saía do camarim como se nada tivesse acontecido. Quando ele fechou a porta, pude finalmente respirar e olhar para mim mais uma vez.

A realidade nem sempre era algo fácil. Fantasias de conto de fadas só existiam nas histórias de crianças. Seria fácil se eu encontrasse o meu príncipe encantado que pudesse lutar contra o mundo, com as relações de poder e ser só meu. No entanto, isso seria impossível. Não só porque Karim não era o meu príncipe de contos de fadas, mas porque, principalmente, eu não era uma princesa ou uma donzela dos contos infantis.

Eu só era eu mesma tentando me reerguer enquanto continuava tentando viver.

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