O Príncipe do Oriente romance Capítulo 31

Resumo de Capítulo 31 - Karen: O Príncipe do Oriente

Resumo do capítulo Capítulo 31 - Karen de O Príncipe do Oriente

Neste capítulo de destaque do romance Romance O Príncipe do Oriente, Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Aquela seria a primeira vez que eu ouviria o coração do bebê que ocupava espaço não só dentro da minha barriga, mas agora também no meu coração.

Num primeiro momento, o baque de ser mãe solteira foi gigantesco e tirou a sensação indescritível que agora eu sentia de ter alguém com quem compartilhar meus momentos de solidão. De repente, mesmo estando sozinha no ateliê, eu não me sentia assim mais tão sozinha. Havia o nenê – como eu agora carinhosamente o chamava – que estava dentro de mim. Fruto de um amor que foi bonito enquanto durou e que foi muito amado e muito sortudo, pois eu e o pai dele só havíamos ficado juntos por um único dia.

Talvez já fosse predestinado, tentei pensar assim.

Como fosse, já era amado com todo o meu coração. Não havia nada que pudesse descrever a sensação que toma parte da sua alma quando você realmente se dá conta que há um bebê fruto de amor dentro de você, tampouco de como você realmente quer o amar e o dar o melhor que você consegue. Não há nada que consiga descrever isso com palavras, porque só quem é mãe entende o sentimento genuíno de amar algo que é do tamanho de um broto e que tem um coração batendo firme e forte e que te faz ficar cheio de lágrimas enquanto ouve.

― Esse é o coração dele? ― Doutor Saji assentiu sorrindo levemente.

― Bate rápido e forte assim mesmo? ― Saji riu.

― Será uma criança muito forte e saudável, Senhorita Karen. ― Assenti enquanto olhava o ultrassom. Ainda não era possível ver uma forma que pudesse ser compreensível, mas a sensação era indescritível, afagando o meu peito e dando um alento que eu não sabia explicar. A simples ideia de que mesmo diante de tantos intempéries teria um bebê forte e saudável que havia passado, junto comigo, por todas essas adversidades, era muito para que eu pudesse aguentar.

― Pode ir agora naquele banheiro se trocar, Senhorita Karen. A enfermeira está me chamando para um caso urgente, mas volto daqui a pouco. ― Assenti seguindo para o banheiro e me trocando.

Olhei para o espelho afagando a minha barriga que ainda nem tinha sinais de estufamento ou coisa parecida. Havia um sorriso genuíno que não conseguia escapar dos meus lábios. Era de felicidade, era de alegria, era de algo mais que eu não sabia tipificar.

Suspirei enquanto me trocava. O doutor Saji colocaria agora um esparadrapo que mentiria sobre um ferro na veia falso que eu não havia feito e eu partiria em segurança com o motorista que a Agnes havia deixado me esperando assim que eu saísse do hospital.

Estava fazendo o pré-natal bem a noite, para que não levantasse suspeitas, já que aquele não era um horário normal de ter mulheres grávidas o fazendo. Já também começara a andar com roupas largas para que quando a barriga crescesse eu não parecesse estranha andando com essas roupas. Já havia me precavido de algumas coisas. Exceto de uma única coisa realmente drástica.

― Karen! Karen! VOCÊ! ― Um dedo indicador apontou em riste para mim e eu paralisei enquanto encarava a imagem inusitada a minha frente.

― Vamos conversar, agora! ― O Doutor Saji veio em meu socorro.

― O senhor não pode agir assim, vossa majestade. ― Karim parecia transtornado.

Diria que enfurecido até.

― Desculpe, vossa majestade. O senhor não pode tratar assim as senhoritas do seu povo. Elas precisam estar acompanhadas de uma outra mulher para falarem com o senhor, já que o senhor não é médico. ― Karim bufou mais irritado ainda.

― E quem é você para achar que pode falar assim comigo? ― Ele então voltou a atenção para o meu pulso que fiz questão de puxar rapidamente da mão do médico e então pareceu juntar os pauzinhos errados abrindo um largo sorriso no rosto. ― Está com ele? ― Perguntou diretamente para mim.

― Está com esse babaquinha desse médico? Está noiva de outro? Está dando para ele, é isso? ― Senti minhas bochechas corarem de vergonha e fiz a única coisa que não me imaginava fazendo na frente de tanta gente e principalmente de tanta mulher cochichando junto. Dei um tapa no rosto de Karim. Dei um tapa no rosto do príncipe, futuro Rei de Omã!

Com o rosto virado para o lado e ainda se recuperando do baque, Karim não acreditou no que fiz, coisa que já tinha feito antes por conta das investidas dele. Me sentindo já humilhada o suficiente, já que agora todas aquelas mulheres deviam pensar que eu era uma qualquer uma sai correndo de frente de todas aquelas pessoas e tentei desaparecer da vista de todos.

Mesmo que eu estivesse saindo com o doutor Saji, Karim não tinha o direito de me tratar como me tratara. Não tinha o direito de achar que podia mandar na minha vida e em quem eu saía. Mesmo que eu tivesse dando para o médico, a gente já não tinha mais nada para que ele achasse que podia mandar assim em mim.

Quando já estava quase alcançando as portas de saída do hospital rumo ao carro do motorista Saul, sinto-me sendo puxada e sou esmagada junto ao peitoral de Karim. Ainda que eu lembre como gosto de ficar ali, não quero ficar. Não depois de tudo o que Karim disse e como me tratou.

― Por favor, só cinco minutos. Preciso falar contigo. ― Ele pede e tonta e burra como eu sou, de coração mole demais, assinto aspirando o cheiro de hortelã de Karim que inebria cada uma das minhas células me fazendo ter dificuldade de pensar direito e aceitando que ele me guie até o carro dele sem muito pensar. Espero que ele peça desculpas pela forma como me tratou. É o mínimo depois de todo o escândalo que ele fez no hospital.

Olho uma vez para trás somente para voltar a olhar para frente quando quase sou pega por uma enfermeira idiota que está tirando foto daquilo tudo. Se minha fama estava ruim e se eu achara que conseguiria cumprir com a promessa que eu tinha feito para Alisha, eu estava muito enganada. Muito enganada.

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