Resumo do capítulo Capítulo 8 - Karen de O Príncipe do Oriente
Neste capítulo de destaque do romance Romance O Príncipe do Oriente, Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Para chegar a tal ilha de Khadija somente por iate ou barco. Mas Seth tinha os dois, então era tranquilo para ele.
A viagem foi levemente enjoativa, mas o calor ajudava bastante nisso, ainda mais para mim que estava coberta. Tentei colocar uma roupa mais fresca e uma cor mais clara, mas o calor ainda assim pinicava e fazia minha pele suar.
Coloquei um hijab rosa, meu preferido. Era rosa bebê, não queimava minha pele nem esquentava tanto. Agnes decidiu apenas jogar um véu branco sob o cabelo e colocar um vestido comprido até os pés, mas de meia manga, bem fresquinho se comparado ao meu.
― Aqui é tão agradável… ― Disse uma senhora que andava ao nosso lado. Estávamos indo até uma parte da ilha que tinha sido arrumada já para a ocasião. Como esperado, a realeza já estava ali toda presente.
Havia muitos guarda sóis e cadeiras reclináveis e brancas espalhadas pela ilha. Uma mesa havia sido montada com guarnições e uma geladeira parecia estar ligada a um painel fotoelétrico com as bebidas. A maioria das coisas de comer eram geladas para acompanhar o calor que estava se fazendo e a maioria das mesas já estavam certas sobre quem sentaria em qual.
Alguns homens já tinham se livrado de toda a elegância e estavam com roupas de surfistas que iam até os braços e as pernas, de cor preta, nadando e aproveitando a água gelada. A brisa já me era suficiente, o cheiro característico de maresia encontrando meu nariz, o sol que pinicava levemente a pele. A natureza em seu resplendor ainda pouco tocada.
Nos aproximamos de Omar, Aisha e Karim. O casal estava elegante, ele com uma blusa social e larga branca com calças também da mesma cor e chinelos de couro. Aisha estava magnífica com um vestido salmão solto e leve que parecia balançar junto do vento e um hijab branco sob o cabelo. Estava linda.
Eu não queria ter notado Karim, mas a verdade é que notei. Ele estava com uma túnica branca que ia até os joelhos e uma Cirwal por baixo com as mesmas tiras de couro no pé igual ao irmão. Os olhos verdes pareciam acentuar-se ainda mais no rosto e eu virei o meu rosto antes que ele percebesse que estava o notando.
― Oh! Vocês vieram! ― Aisha nos cumprimentou, cada uma de nós com um beijo cálido no rosto e uma vênia de respeito a Seth ao lado de Agnes.
― Não podíamos deixar de fazer parte do seu noivado. ― Disse Agnes cortês. Eles sorriram.
― Sintam-se à vontade. A mesa de vocês é a número três. Os homens estão reunidos para lá próximo do mar e as mulheres estão por aqui mesmo. ― Disse Omar. Havia esse costume na maioria das festas. Então isso não era novidade alguma.
― Obrigado. ― Disse Seth. Como esperado, Seth deu um beijo na testa de Agnes e nos deixou no grupinho de mulheres enquanto saia de encontro ao grupo dos homens.
As mulheres já conversavam sobre assuntos chatos como doenças ou qual a melhor joia para combinar com determinada roupa. Fiquei aspirando o cheiro da praia, sentindo como se minhas células se recuperassem e eu ficasse melhor. Agnes, mais rápido do que eu, pareceu se cansar daquelas convenções. Ela não gostava desses assuntos. Talvez por isso as mulheres a julgassem tanto e não quisessem ficar próximo dela.
― Vamos explorar um pouco a ilha? ― Ela me perguntou. Abri um pequeno sorriso.
― Vamos. ― Então nos levantamos e começamos a andar por floresta adentro.
Não era uma ilha muito grande, o que muito ajudava. Havia uma pequena lagoa com água doce, aparentemente perene, já que ela era bem pequena. Além disso, bem próximo da areia havia uma minúscula casinha que parecia ser usada para guardar coisas básicas. Nem eu e nem Agnes quisemos explorar aquela mini casa que parecia ter dois cômodos só. Continuamos andando pelo mato.
Havia muitas árvores grandes e algumas plantas pequenas, algumas que até pareciam comestíveis. O terreno não era dos melhores, um pouco íngreme, esburacado e cheio de raízes tortas que tínhamos que pular para continuar andando. E as raízes se mostraram ainda mais traiçoeiras quando o azar de Agnes deu por dar as caras e ela conseguiu fazer a destreza de prender o pé entre uma delas.
― Argh. Raiz idiota! Me larga! Eu preciso sair daqui. ― Ela revirou os olhos.
― Quer ajuda? ― Perguntei.
― Por favor! Me puxe daqui. ― Sorri e me abaixei para analisar. O pé de Agnes realmente tinha se enroscado na raiz, mas com um pouco de jeito e o puxão certo na direção certa, eu conseguiria tirar o pé dela dali.
Encostei em seu tornozelo e agachada comecei a puxar a perna dela na direção apropriada para sair da raiz traiçoeira. Ela começou a me ajudar a puxar seu pé dali até que tudo aconteceu rápido demais: Agnes conseguiu tirar o pé da raiz e eu me desequilibrei, estando agachada, rolando de bunda pela descida íngreme enquanto tentava me agarrar a alguma coisa para que meu traseiro já não ardesse mais do que estava ardendo.
Nessa, acabei me agarrando em alguma coisa, arrastando meu joelho pela relva pedregulha do terreno e tentando parar minha queda abrupta. Quando finalmente consegui, respirei agradecida por não ter me machucado mais do que tinha machucado: Minha abaya estava rasgada na altura do joelho e meu joelho estava sangrando, mas isso não era nada.
Os olhares de espanto estavam todos virados para mim quando ele me colocou debaixo de um guarda sol onde estava uma cadeira reclinável. Omar e Aisha chegaram no mesmo segundo querendo saber o que havia acontecido. Odiava ser o centro das atenções e por isso abaixei a minha cabeça, tomada de vergonha. Não queria que um monte de olhares curiosos se virassem na minha direção, tomados de várias emoções, querendo saber o que havia acontecido, ou reprovando o fato de eu ter me machucado.
― Eu cuido disso. Só traga a maleta de primeiros socorros. ― Disse Karim para ninguém em especial. Aisha e Omar saíram juntos atrás da tal da maleta e as pessoas pareceram entender que isso era um dispersar, por favor, ficando somente Karim e Agnes próximo de mim.
Aisha e Omar não demoraram para entregar a maleta, mas se sentaram na cadeira reclinável ao lado, sem quererem fazer muita pressão. Olhei Agnes que mais parecia desesperada do que pensando ao ponto de entender que eu preferia que ela me ajudasse do que Karim me tocando. Mas ela olhava fixadamente para o machucado, como se só esperasse que ele fizesse logo o que tinha que fazer. Tinha me esquecido por um momento da fobia de Agnes por sangue.
Karim pegou um algodão e embebedou no frasquinho de álcool. Olhou a abaya rasgada que tampava de mal jeito o joelho e então voltou sua atenção para mim.
― Posso? ― Ele perguntou apontando para a abaya. Se tivesse como perder toda a cor do rosto, era aquele o momento. Balancei a cabeça negando, porque onde já se viu ele levantar a minha abaya até o joelho!? Ele suspirou e ajeitou a abaya sob o joelho. Noutro segundo arregalei os olhos quando suas mãos abriram um pouco mais a abaya para dar para ver o joelho todo.
― Ninguém vai ficar vendo, não se preocupe. Vou fazer um curativo e ninguém vai ver o seu joelho mais. ― Ele disse como se estivesse lendo meus pensamentos. Pensei ainda em falar alguma coisa, mas ele encostou o algodão no ferimento e eu tive que apertar um lábio sob o outro para aguentar a dor violenta que percorria cada mísera célula do meu joelho com aquele álcool maldito.
― Uh. ― Disse na tentativa de segurar a dor. Karim parecia alheio a minha dor, embora tenha tirado o algodão do ferimento, passando uma pomada e então começando o tal do curativo que ele disse que ia fazer.
Suas mãos trabalhavam rápido e ele colocou uma gaze no machucado fechando o machucado rapidamente para que não fosse mais visto. A abaya continuaria rasgada, mas o machucado ao menos estava tratado.
― Pronto. ― Ele disse descendo a mão displicentemente do joelho pela perna e só as retirando de mim ao terminar de passar pelo calcanhar. Minha pele arrepiou-se com o toque parecendo esquecer por dois segundos que o joelho estava machucado. Fechei a cara. Se Karim percebeu como eu tinha reagido, percebia agora também como eu estava com raiva dele ter me tocado assim.
A ousadia dele era tão grande que antes de se afastar de mim, ele ainda fez questão de piscar! Piscar! Como se me tocar não tivesse sido suficiente, ele queria me fazer corar!
Era o cúmulo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Príncipe do Oriente
Poxa Diana amei seus dois livros do sheikh apesar do Matheus,mais as cenas de sexo do Karin no segundo capitulo me deprimiram,decidi não ler o livro do principe,pediria que você fosse mais sutil e humana no futuro.....